Acompanhe os conteúdos também nas redes sociais do Pequeno Príncipe e fique por dentro de informações de qualidade – Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e YouTube
Alergia nas crianças: o que pode causar?

Qualquer alimento pode causar uma reação alérgica, no entanto os alérgenos mais comuns, representando cerca de 90%, são as proteínas do leite de vaca, ovo, amendoim, soja, trigo e frutos do mar. Neste Dia Mundial da Alergia, lembrado em 8 de julho, o Hospital Pequeno Príncipe esclarece que a reação adversa a alimentos é um termo que se aplica quando há uma resposta clínica anormal que se segue à ingestão, contato ou inalação de um alimento e seus derivados.
Considera-se uma alergia alimentar quando há uma reação adversa que envolve o mecanismo imunológico. As reações de intolerância alimentar, entretanto, não são relacionadas a mecanismos imunológicos, sendo causadas por alimentos que contenham substâncias tóxicas ou farmacológicas, contaminantes químicos ou microbianos, ou que causem reações ou doenças metabólicas.
O primeiro passo para diagnosticar a alergia alimentar é a obtenção da história clínica e o exame físico detalhados, com especial atenção à avaliação nutricional. É necessário diferenciar as manifestações alérgicas de outras causas com sintomas similares, já que o tratamento da alergia alimentar implica a identificação e exclusão de alimentos da dieta. Também podem ser realizados exames laboratoriais como a dosagem de anticorpos específicos contra os antígenos dos alimentos, mas que avaliam apenas as reações de início imediato.
“Devemos lembrar que não se faz o diagnóstico quando um teste é positivo, nem se afasta alergia alimentar quando o resultado é negativo”, ressalta o chefe do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica e Endoscopia Digestiva do Hospital Pequeno Príncipe, Mário Vieira. Os exames de endoscopia digestiva podem ser úteis nos pacientes com manifestações gastrointestinais e confirmar o diagnóstico de algumas afecções específicas.
Tratamento
A base do tratamento da alergia alimentar é a dieta de exclusão. A restrição na ingestão de alimentos não é isenta de dificuldades, portanto sua instituição deve ser considerada como uma prescrição medicamentosa, já que comporta uma determinada relação de risco-benefício. “A dieta deve ser individualizada, pois a eliminação de alimentos importantes pode levar ao risco de comprometimento nutricional. É preciso que os pais e familiares saibam claramente que mesmo uma pequena quantidade de alérgeno pode manter a doença e provocar reações adversas”, pontua o especialista.
Prevenção da alergia
“Os fatores de risco associados ao desenvolvimento das alergias são vastos e incluem aspectos genéticos e ambientais. No entanto, há poucas evidências a respeito de intervenções para diminuir o risco de doenças alérgicas”, destaca Vieira. A amamentação exclusiva com leite materno até os 6 meses e a introdução de alimentação complementar aproximadamente nesse período são recomendações que podem prevenir o desenvolvimento de alergia.
Restrições alimentares impostas à gestante não são recomendas, e a exclusão de alimentos da dieta da mãe que está amamentando deve ser considerada apenas se houver manifestação de sintomas de alergia no lactente em aleitamento materno. Considerando que a composição da microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de alergias, deve-se incentivar ainda o parto vaginal, utilizar antibióticos de forma criteriosa e evitar o uso de medicamentos inibidores de ácido utilizados para tratamento de doença do refluxo nos primeiros meses de vida.
Serviço de Gastroenterologia
O Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe é o único serviço de referência com atendimento exclusivo à especialidade no estado do Paraná e um dos principais serviços de gastroenterologia pediátrica do país. Oferece atendimento a crianças e adolescentes que estão internados, assim como aos pacientes atendidos nos ambulatórios.