Paciente Sylvia Maelly Takhashi Primo
“A Sylvia pratica esportes e faz atletismo. Tudo começou quando minha filha estava perto de participar de um campeonato em Cuiabá. A Sylvia sempre foi muito espoleta e, após um dos treinos, chegou muito fraca em casa. Um dia, ela passou mal na escola, e resolvi levá-la ao pediatra em nossa cidade, Várzea Grande, município de Mato Grosso. Quando saiu o resultado do exame de sangue, a médica nos ligou e falou que tínhamos que ir ao pronto-socorro urgente. Ficamos uma semana fazendo exames, que davam sempre alterados. Até que chamaram um hematologista de Cuiabá para vê-los e nos encaminharam para um hospital da cidade. A Sylvia fez vários exames, que confirmaram o diagnóstico de leucemia. Começamos a quimioterapia em Cuiabá, mas, como não teve os resultados esperados, tivemos a indicação do transplante de medula óssea [TMO]. Desde então, já sabíamos que minha pequena poderia ser encaminhada para outra cidade via SUS, e o médico reforçava que o melhor era vir para o Pequeno Príncipe, pois a instituição é referência em TMO. Então, cheguei confiante de que aqui seria o melhor lugar, e foi. Todo o processo foi rápido e organizado. A doadora da medula foi a irmã da Sylvia. Confesso que fiquei com muito medo, mas os médicos do Hospital me deixaram mais tranquila e me explicaram o procedimento. A irmã saiu da coleta de medula andando e pulando, nem parecia que tinha ido para o Centro Cirúrgico. E a medula pegou muito rápido. Tudo no Hospital é muito maravilhoso, e os profissionais são atenciosos. Minha filha tem muita dificuldade para comer, e a equipe ficou empenhada para fazer dar certo. Nesse período, a Sylvia teve o acompanhamento de professores, que trouxeram quadros para ela desenhar, fazer telas e as tarefas da escola, pois ela gosta muito de estudar. Também tivemos o acompanhamento com psicólogos e fisioterapeutas, que usaram uma bicicleta para ela se exercitar dentro do quarto. A atividade física é algo que minha menina fazia sempre e que, mesmo no quarto, deu um jeito de manter. Ela começou no esporte com 8 anos e já estava participando de campeonatos. Eu sou doadora de sangue e doo o meu cabelo há muito tempo. Esses gestos podem fazer a diferença na vida do outro, e nós não fazemos ideia. A Sylvia precisou de muitas bolsas de sangue e de plaquetas nesse período de tratamento. Temos que divulgar cada vez mais para que as pessoas entendam a importância de ser um doador de sangue, de medula e de órgãos, que salvam vidas. Cada um pode fazer a sua parte. Desde que a minha filha mais nova descobriu que era compatível com a irmã, ela ficou perguntando quando iríamos para o Hospital para fazer a doação para a Sylvia, pois queria ver a irmã bem logo. E agora elas estão mais unidas do que nunca.”
Elinete Ribeiro Primo, mãe da paciente Sylvia Maelly Takhashi Primo. A menina, de Várzea Grande, no Mato Grosso, foi diagnosticada com leucemia e realizou o transplante de medula óssea no Pequeno Príncipe. A garota teve o suporte da equipe multiprofissional da instituição e contou com a assistência educacional do Setor de Educação e Cultura, além do atendimento dos serviços de Psicologia e Fisioterapia do Hospital.
Depoimento da paciente Sylvia Maelly
“Me cadastrei na escola para participar dos esportes. Fui ao treino de atletismo pela primeira vez e comecei a gostar. Meu maior sonho é competir em uma olímpiada. Dançar durante o internamento ajudou a me manter alongada. E eu me sinto muito bem quando faço atividades físicas, dá mais alegria e energia. Além de que faz bem para a saúde, para o fígado, e o sangue circula melhor.”
- Clique aqui e confira o vídeo da Sylvia dançando com a equipe do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Pequeno Príncipe.