Paciente Sophia Grevinski
“A Sophia ficou nove dias internada e, além da biópsia, fez muitos exames. Após 20 dias, minha filha começou a quimioterapia. Os médicos nos informaram que ela teria que fazer uma cirurgia conhecida como frozen [“congelado”, em inglês], porque a intervenção congela o osso. A Sophia não teve nenhuma dor depois da cirurgia e está se recuperando muito bem, caminhando e fazendo fisioterapia. No começo, quando ficamos sabendo, por intuição e no momento do desespero, fomos procurar sobre o câncer na internet. Eu recomendo a não pesquisarem, pois existem muitas informações erradas e desatualizadas. Informações que não condizem com a realidade de hoje, pois a medicina está muito avançada. Indico que falem com os médicos e confiem no que eles orientam. Nós entramos no Hospital pelo SUS. Nos falaram que era muita sorte, porque pelo SUS tudo fluía rápido, principalmente no Pequeno Príncipe. E fluiu mesmo. O atendimento do Hospital é fantástico, espetacular, da hora que entramos até a hora que saímos. As pessoas são muito humanas, tratam a gente com muito respeito, e as crianças, com muito carinho. O tratamento que recebemos como responsáveis é muito bom. Eu sou de Curitiba, amo Curitiba, e nós temos a sorte em ter esse Hospital extraordinário. Nós conhecemos histórias de pessoas do Brasil todo na instituição. Conversamos com uma família de Fortaleza que veio para o Pequeno Príncipe. O filho fez o tratamento e voltou para Fortaleza curado. Estar aqui dentro nos traz segurança. Temos uma confiança tão grande nos médicos, colaboradores e na parte estrutural. Todos passam muita confiança, seriedade e carinho pelas crianças. Sentimos que o atendimento é feito com muito amor.”
Daniel Grevinski, pai da paciente Sophia Grevinski. No Hospital Pequeno Príncipe, após o diagnóstico de osteossarcoma, a menina passou por uma cirurgia que utiliza uma técnica desenvolvida no Japão que trata o câncer e evita amputações. Durante o procedimento, a parte do osso onde está o tumor é retirada. Em seguida, é mergulhada no nitrogênio líquido a -196ᵒC e sofre um congelamento. É esse congelamento que “mata” as células cancerígenas. A parte do osso então é reimplantada no paciente, evitando que o membro seja amputado. Todo o atendimento de Sophia foi realizado via Sistema Único de Saúde (SUS).
Depoimento da paciente Sophia
“Eu sentia dor na minha perna esquerda, mas não era muito forte. Era um cansaço na hora de subir a escada e fazer educação física. Minha mãe pensava que era só uma dor de crescimento ou, talvez, como eu não gostava de fazer esporte, que eu estivesse forçando muito. Um dia, eu cheguei em casa e reparei que minha perna estava inchada, como se tivesse um nódulo. Fiz um raio-X, e o ortopedista me encaminhou para o Pequeno Príncipe. Quando cheguei ao Hospital, fiz vários exames, além de ressonância, tomografia, biópsia e cintilografia. Depois de uma semana, recebi o diagnóstico de osteossarcoma. Eu nunca tinha ouvido falar sobre o câncer e decidi não pesquisar na internet para não ser pior. Após uma semana do diagnóstico, eu já estava fazendo a quimioterapia. Depois de vários exames, descobrimos que meu tumor era maligno e não havia metástase, ou seja, ele não se espalhou para nenhuma parte do meu corpo. Estava dando tudo muito certo e, mesmo antes da cirurgia, eu percebi que não tinha mais aquele nódulo na minha perna e eu não estava mais sentindo dor. O que mais me marcou aqui foi o cuidado. Os enfermeiros, médicos, equipe da higienização, fisioterapeutas, nutricionista, todos do Pequeno Príncipe são muito legais. O cuidado aqui na instituição é muito especial. Os voluntários sempre vêm aqui e perguntam se eu quero brinquedos, por exemplo. Os médicos são muito sinceros e diretos, eles não mentem. Eu gosto porque eles explicam o que vai acontecer, e isso transmite segurança, pois eu sempre soube o que eles estavam fazendo. Quando meu tratamento acabar, eu quero comer muita salada e incentivar meus primos a comerem, porque vi que comer salada previne muitos tipos de tumores e cânceres, além de ajudar na saúde.”