Imunodeficiências
O que são?
Imunodeficiências são desordens que causam o mau funcionamento do sistema imunológico, que é o principal responsável por combater infecções, bactérias, vírus, fungos e outros germes estranhos ao corpo.
Crianças que têm imunodeficiência correm alto risco de contrair infecções, que se repetem com mais frequência que o normal e que podem tornar-se graves, causando problemas à saúde.
Alguns casos têm causa genética e/ou hereditária (herdada dos pais), mas também é possível que o problema seja adquirido depois. Por isso, os distúrbios de imunodeficiência são classificados em:
- primários: presentes no nascimento do bebê. Os sintomas normalmente surgem cedo, mas alguns casos (como a imunodeficiência comum variável) não apresentam sinais até a idade adulta;
- secundários: geralmente se desenvolvem mais tarde, muitas vezes em função do uso de certos medicamentos ou de doenças combinadas.
Quando acontecem as imunodeficiências?
Distúrbios de imunodeficiência primários são relativamente raros, mas existem mais de cem doenças dessa categoria conhecidas. Já os distúrbios secundários são mais comuns. O diagnóstico precoce faz toda a diferença para o tratamento adequado da doença.
Causas
- Hereditárias (a criança herda dos pais)
- Mutações genéticas
- Uso de medicamentos imunossupressores (como os usados para tratar AIDS ou câncer, por exemplo)
- Diabetes
- Desnutrição
Sintomas possíveis das imunodeficiências
- Infecções respiratórias frequentes
- Infecções de ouvido
- Aparecimento recorrente de aftas na boca ou assaduras graves
- Infecções na pele difíceis de curar
- Diarreia (especialmente em bebês e crianças pequenas)
- Crescimento lento ou ganho de peso lento
- Dores de garganta
- Infecções bacterianas
- Febre e calafrios
- Perda de apetite e/ou de peso
- Dor abdominal
- Infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia)
- Doença autoimune
- Baço aumentado
- Problemas nos gânglios linfáticos e amígdalas
Diagnóstico
É importante testar recém-nascidos para imunodeficiências, para identificar e tratar precocemente. Por exemplo, um exame de sangue pode determinar a quantidade de linfócitos (tipo de célula que faz parte da defesa imediata do corpo).
Além disso, o pediatra pode pedir testes da imunidade, biópsia e testes genéticos, que podem mostrar que tipo de imunodeficiência a criança tem, para que ela receba o tratamento adequado.
Tratamento para as imunodeficiências
O tratamento depende do tipo de imunodeficiência. Existem tratamentos à base de medicação, terapia de reposição enzimática e casos que precisam de quimioterapia ou radioterapia. Em alguns tipos mais graves da doença, o indicado é o transplante de medula óssea. Esse procedimento está disponível no Pequeno Príncipe, sendo realizado por uma equipe de referência.
Importante: crianças com imunodeficiência não podem tomar vacinas sem orientação médica. Normalmente, os imunizantes contêm organismos vivos (vírus ou bactérias), que ajudam o organismo a produzir anticorpos para as doenças. Porém, em crianças com o sistema imunológico comprometido, as vacinas podem ter um efeito indesejado, provocando infecções. Converse sempre com o pediatra antes da vacinação.
Quando devo procurar o Hospital Pequeno Príncipe?
A criança com imunodeficiência corre maior risco de infecção do que uma com um sistema imunológico que funciona normalmente, além de poder desenvolver doenças relacionadas, como câncer ou doenças autoimunes.
Realize o acompanhamento com pediatra. Caso note sinais de alerta, solicite encaminhamento ao Hospital Pequeno Príncipe para avaliação e tratamento especializados.