Adrenoleucodistrofia

Adrenoleucodistrofia

O que é?

A adrenoleucodistrofia ocorre devido a uma alteração no DNA, em uma parte específica do cromossomo sexual X, o gene ABCD1. A doença atinge o sistema nervoso central, causando alterações na visão e na fala, dificuldade para engolir e andar e mudanças no comportamento.

Pode haver também insuficiência adrenal (nas glândulas localizadas acima de cada rim) e acúmulo de substâncias no organismo. Os sintomas dependem do fenótipo de cada um, isto é, do tipo clínico de cada paciente, que pode ter o mesmo gene na família com sintomas diferentes.

Quando acontece a adrenoleucodistrofia?

A adrenoleucodistrofia clássica (ou infantil) é considerada a forma mais grave da doença e surge entre os 4 e 10 anos de idade. Por possuir apenas um cromossomo X, ela é mais frequente no sexo masculino. As mulheres, para desenvolverem a doença, precisam ter os dois cromossomos alterados.

Por ser uma doença genética hereditária recessiva (a criança herda dos pais), ligada ao cromossomo X (feminino), a mãe portadora da doença tem 50% de chance de ter um filho que desenvolva os sintomas.

Causas

  • Genéticas (o bebê nasce com a doença)
  • Hereditárias (herdada dos pais)

Sintomas possíveis da adrenoleucodistrofia

  • Perda da função das glândulas adrenais (cor da pele bronzeada)
  • Perda da capacidade de falar e interagir
  • Alterações do comportamento
  • Estrabismo (olhos desalinhados, apontando para direções diferentes)
  • Dificuldade para andar
  • Dificuldade para alimentar-se, podendo ser necessária a alimentação através de sonda
  • Dificuldade para engolir
  • Perda das capacidades cognitivas
  • Convulsões

Diagnóstico

O diagnóstico de adrenoleucodistrofia pode ser feito por exames, como a ressonância magnética de crânio e de medula, que permitem verificar se existem ou não lesões na substância branca cerebral e na medula espinhal. Caso haja, o médico pode pedir um exame de sangue para investigar insuficiência da suprarrenal e um exame genético do paciente, para descobrir se ele possui alteração no gene ABCD1.

Tratamento para adrenoleucodistrofia

O tratamento deve ocorrer a partir do momento em que se faz o diagnóstico, com o aconselhamento de um médico especialista na área de endocrinologia (para o tratamento das alterações hormonais), geneticista, neurologista ou um médico de um centro de transplante de medula óssea.

Quando aparecem os sintomas neurológicos ou mesmo antes de iniciar os sintomas, o paciente deve estar em avaliação com um especialista para avaliar a indicação de um transplante de medula óssea, que pode levar à cura da doença. Nos casos avançados da doença, o indicado é a medicação dos sintomas e a estimulação com fisioterapia e fonoaudiologia.

Quando devo procurar o Hospital Pequeno Príncipe?

É importante que a adrenoleucodistrofia seja identificada logo ao nascimento, principalmente se houver pessoas com o gene ABCD1 na família. Assim, é possível acompanhar o desenvolvimento do bebê e o eventual aparecimento dos sintomas da doença.

Procure um médico do Hospital Pequeno Príncipe antes que a doença se agrave. A instituição conta com uma equipe de especialistas com amplo conhecimento e experiência em doenças raras para atendimento do público infantojuvenil.

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