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Como trabalhar a autoestima da criança?
A autoestima é um elemento crucial no desenvolvimento saudável de uma criança e influencia não apenas a perspectiva que ela tem de si mesma, mas também as interações com o mundo ao seu redor. Nos pequenos, manifesta-se na forma de confiança em suas habilidades, autoaceitação, resiliência, autonomia, otimismo, senso de humor e empatia. E para ajudar os pais e responsáveis a trabalhar a autoestima da criança desde cedo, o Hospital Pequeno Príncipe aborda os principais aspectos sobre o tema.
A psicóloga Marjorie Rodrigues Wanderley, do Hospital Pequeno Príncipe, pontua que crianças confiantes em si mesmas apresentam mais probabilidade de estabelecer relações interpessoais saudáveis. “Inclusive, algumas pesquisas têm mostrado que meninas com uma autoestima saudável têm menos chance de permanecerem em relacionamentos abusivos na idade adulta”, enfatiza. Apesar de isso não ser determinante, já que com o apoio de psicoterapia é possível remodelar as relações da infância.
Além dos vínculos, a autoestima saudável pode fazer com que a criança se desenvolva melhor do ponto de vista acadêmico e profissional. E também contribui no aprendizado, na realização de atividades, no convívio com frustrações de forma positiva, em ter iniciativa e na tomada de decisões. “Esses pontos aumentam a probabilidade de levar a vida de uma forma mais leve, favorecendo sua saúde mental como um todo”, complementa a psicóloga.
O que é autoestima?
Autoestima é a avaliação que cada pessoa faz de si mesma. Embora esteja muitas vezes associada à aparência física, é algo mais amplo que isso. Inclui a leitura que se faz sobre suas habilidades, capacidades, virtudes e importância que tem para o mundo e para as outras pessoas.
E a forma como uma criança se enxerga é moldada de fora para dentro. Ou seja, um reflexo de como as pessoas que estão próximas a veem e transmitem suas percepções. Por isso, reconhecer as conquistas e habilidades dos pequenos, de maneira equilibrada e contextualizada, é fundamental para o desenvolvimento da sua autoestima.
Dicas para trabalhar a autoestima da criança
- Transmita confiança: os pais precisam ser modelos de autoestima saudável para transmitir segurança às crianças. “Pais que se sentem inseguros com frequência ou apresentam preocupação excessiva com a aparência podem transmitir para as crianças a ideia de que valores pessoais são limitados”, explica a psicóloga.
- Reconheça a evolução: é importante reconhecer o progresso e esforços da criança. “Muitas vezes, quem convive com uma criança acaba apresentando um excesso de críticas e falta de reconhecimento com a crença de que assim ela irá buscar superar suas dificuldades. O que acontece é o contrário, a criança deixa de acreditar nela mesma e passa a nem mesmo tentar fazer algumas coisas, pois já sabe que será criticada”, salienta.
- Faça elogios construtivos: em vez de dizer “você conseguiu porque é muito inteligente”, procure falar “você conseguiu porque se esforçou muito”. Dessa forma, se a criança sentir-se frustrada por não ter atingido algo, será com uma ação específica, e não com ela mesma. Além disso, a supervalorização de algumas características pode fazer com que a criança desenvolva um nível de exigência muito alto e nunca fique satisfeita com seus resultados.
- Dialogue com constância: assim como para outros aspectos da infância, a observação e o diálogo constantes são peças-chave para a manutenção de uma relação saudável. Conversas sobre autoestima, padrões de beleza e risco de comparações podem ajudar a criança a desenvolver uma compreensão crítica e saudável de si mesma e do mundo ao seu redor.
Sinais de que a autoestima não vai bem
– Falas que menosprezem as próprias capacidades.
– Insegurança constante e medo de tentar coisas novas.
– Problemas escolares com a crença de ser incapaz.
– Isolamento social e timidez excessiva.
– Comparações frequentes com outras crianças.
– Comportamentos agressivos.
Entretanto, a psicóloga reforça que os sinais nem sempre são claros, e é importante observar a criança constantemente, dando espaço para o compartilhamento de angústias. “Mudanças bruscas de comportamento sempre são sinais de alerta para a presença de algum tipo de sofrimento que precisa ser investigado”, alerta.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).