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Pneumonia é uma das doenças respiratórias mais comuns em crianças
As baixas temperaturas e o tempo seco favorecem o aparecimento e a transmissão de pneumonia. A doença, que atinge o aparelho respiratório, ocorre quando há infecção nos pulmões. No Brasil, em 2022, 637 mil pessoas foram internadas por pneumonia e 66 mil foram a óbito, segundo o DATASUS, do Ministério da Saúde.
No Pequeno Príncipe, em 2022, os picos de casos de pneumonia ocorreram em abril e junho. Entre os 2.421 pacientes com diagnóstico da doença, que usaram antimicrobianos – medicamentos que matam ou inibem o desenvolvimento de bactérias, vírus, fungos ou protozoários – para tratamento, 96 evoluíram para pneumonia complicada. Entre esses meninos e meninas, 56% tinham até 5 anos de idade e 64% precisaram realizar algum procedimento cirúrgico, como colocação de dreno, videotoracoscopia (técnica cirúrgica que permite ao médico visualizar o interior da do tórax, para inspecionar pulmões e outros órgãos próximos) e toracotomia (abertura da cavidade torácica, com o objetivo de proporcionar acesso ao pulmão e uma largura suficiente para permitir um bom campo operatório, evitando a lesão de órgãos).
O Pequeno Príncipe é referência no atendimento infantojuvenil, por isso recebe pacientes com diversos sintomas e sem diagnóstico de pneumonia, como explica o médico pneumologista do Hospital Pequeno Príncipe, Paulo Kussek. “Muitas crianças e adolescentes chegam ao Hospital com sinais de doenças respiratórias, mas sem diagnóstico. O corpo clínico do Pequeno Príncipe, altamente capacitado para atender os meninos e meninas, assume a função de diagnosticar a pneumonia”, pontua ele, que é responsável pelo Serviço de Pneumologia da instituição.
Classificações e tipos de pneumonia
A doença é classificada em pneumonia adquirida na comunidade – quando a transmissão ocorre na escola, no bairro ou entre os familiares, por exemplo. Geralmente são pacientes saudáveis. E há também a pneumonia adquirida em ambiente hospitalar – na maioria dos casos são secundárias a procedimentos operatórios, internamentos em unidade de terapia intensiva (UTI) ou pacientes com comorbidades, imunossuprimidos ou com neoplasias, como câncer.
Os tipos mais comuns de pneumonia são divididos em viral – causada por vírus – e bacteriana – provocada por uma bactéria. “No Pequeno Príncipe, o principal agente causador da doença é a bactéria Streptococcus pneumoniae, que causa tosse, febre e gemência [ato de gemer devido a problemas respiratórios]. Muitas pessoas confundem a pneumonia com a asma, principalmente se o paciente apresentar febre”, destaca o médico. O pneumologista também alerta para o diagnóstico precoce e correto, por meio de especialistas de confiança, já que a pneumonia tem tratamento.
Os sinais de alerta são os mesmos para a pneumonia bacteriana e viral, e incluem tosse, febre, dor no peito, dificuldade para respirar, mal-estar generalizado e secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada.
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Prevenção
Tanto a pneumonia viral quanto a bacteriana são transmitidas por secreções e/ou gotículas respiratórias de pessoas contaminadas e pelo ar. Uma das principais formas de prevenção é a vacinação, fundamental para evitar formas graves da doença. A vacina pneumocócica e a da gripe são os imunizantes recomendados para prevenir a pneumonia.
“É muito comum ocorrerem infecções mistas, de bactérias e vírus, por isso as vacinas são importantes, especialmente a combinação do imunizante da pneumonia e da gripe. A proteção é mais efetiva”, ressalta o especialista. Além da imunização, bons hábitos alimentares, como a ingestão de nutrientes adequados, a higiene correta das mãos e ambientes ventilados auxiliam na prevenção da doença.
- Confira, no vídeo a seguir, tudo que você precisa saber sobre pneumonia:
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).