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ALTA COMPLEXIDADE | Cirurgia da cabeça e pescoço trata malformações e tumores
Muitas crianças e adolescentes precisam de cuidados cirúrgicos devido a doenças congênitas (presentes no nascimento), massas, tumores e sequelas pós-traumas, que abrangem a estrutura do crânio, face e pescoço. No Pequeno Príncipe, o Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço trabalha em conjunto com as especialidades de oncologia, otorrinolaringologia e neurocirurgia.
Três médicos especialistas realizam, por ano, uma média de 300 procedimentos cirúrgicos. Além disso, mais de cem meninas e meninos receberam atendimento nos ambulatórios do Hospital em 2022 para diagnóstico de malformações e deformidades congênitas, sequelas decorrentes de ressecção de tumores e traumas. Na instituição, o serviço é dividido em duas áreas: cirurgia craniofacial (tratando doenças na mandíbula, maxilar, face e crânio) e cirurgia de cabeça e pescoço (cuidando de doenças que afetam o pescoço e base do crânio).
A complexidade do serviço está ligada à variedade de doenças relacionadas ao desenvolvimento, o que demanda um acompanhamento longo (até a finalização do crescimento craniofacial), além da presença de um time multiprofissional com diversos especialistas (neurologistas, anestesistas, oncologistas, hematologistas, otorrinolaringologistas, entre outros) e com outros profissionais (fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, por exemplo).
“Os procedimentos cirúrgicos, que podem ser indicados em diversas idades (dias de vida até crianças maiores), necessitam não somente da excelência de técnica cirúrgica, mas também de ampla expertise das equipes de anestesiologia e de medicina intensiva, pois são procedimentos complexos, de grande porte cirúrgico e alta complexidade”, detalha uma das médicas responsáveis pela especialidade, Maria Cecília Closs Ono.
Doenças atendidas no Pequeno Príncipe
Entre as malformações congênitas tratadas cirurgicamente pela especialidade estão as cranioestenoses, caracterizadas pelo fechamento prematuro das suturas (articulações) que conectam os ossos do crânio, podendo levar à compressão do sistema nervoso central com alteração no desenvolvimento neuropsicomotor (processo em que a criança adquire habilidades como engatinhar, falar, interagir…), além de deformidades craniofaciais.
“Muitas crianças chegam com um atraso motor ou na fala importante devido ao diagnóstico tardio. A cirurgia não é estética, mas funcional, já que existe um aprisionamento do sistema nervoso central que impede o cérebro de crescer”, pontua a médica Maria, que trabalha em conjunto com o Serviço de Neurocirurgia.
O Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Pequeno Príncipe também realiza a reconstrução após ressecção de tumores e massas localizados na região da face. Os casos mais comuns na faixa pediátrica são tumores da boca e faringe, que têm origem nas amígdalas, lábios, céu da boca, entre outros. “Por ser um hospital de referência, atendemos muitos casos complexos, de tumores raros de seios da face, malformações vasculares e linfáticas mais extensas, além de processos inflamatórios em glândulas salivares”, explica a outra médica responsável pelo serviço, Marja Cristiane Reksidler.
Sequelas de traumas causados por quedas ou acidentes também são tratadas pela especialidade, que realiza a reconstrução da região afetada em crianças e adolescentes. Nesses casos de traumatismo, o procedimento cirúrgico é indicado tanto esteticamente quanto funcionalmente, garantindo um crescimento saudável da estrutura da cabeça e da face.
Sobre a especialidade de cirurgia de cabeça e pescoço
A especialidade ainda é pouco conhecida, porém essencial para tratar doenças em conjunto com os demais serviços, como Neurocirurgia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Plástica, Ortopedia, entre outros. Na rotina ambulatorial, o profissional realiza avaliação de pacientes encaminhados com indicação cirúrgica. Já durante os procedimentos, a especialidade exige técnicas que necessitam de ressecção de massas e tumores e bloqueio de lesões. No pós-operatório, o profissional trabalha diretamente com uma equipe multidisciplinar, com enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, por exemplo.