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Pequeno Príncipe coordena a maior pesquisa no Brasil em telepediatria e valida dispositivo para atendimento remoto
Será que medições do exame físico remoto com um dispositivo móvel são comparáveis às do exame presencial em crianças? Esse foi o desafio de um estudo conduzido pelo Hospital Pequeno Príncipe em parceria com o Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) e o Sabará Hospital Infantil, de São Paulo. A etapa do projeto que buscava verificar resultados comparativos foi concluída recentemente e publicada na JAMA Open Network, renomada revista médica que tem grande fator de impacto na comunidade científica.
Por meio do estudo foi possível comprovar que o TytoCare – pequeno aparelho portátil em que o médico consegue verificar sinais do paciente a distância – é uma ferramenta segura para a assistência em saúde de crianças e adolescentes. Mais de 650 pacientes participaram do estudo – quase 500 deles do Pequeno Príncipe. Para realizar o comparativo, as instituições prestavam atendimento remoto e presencial.
O paciente estável chegava ao pronto-atendimento e, após a classificação de risco, recebia primeiro a assistência remota com o dispositivo móvel. O médico preenchia uma ficha com os dados obtidos e, na sequência, a criança passava pela consulta convencional, na qual os exames físicos eram realizados presencialmente e registrados. Depois, os dados eram cruzados para ver se o resultado era compatível e comparável. O estudo comprovou que é possível usar a tecnologia com segurança e confiabilidade para pacientes e prestadores que realizam o teleatendimento.
Com o equipamento, pode-se medir a temperatura, aferir a frequência cardíaca, fazer ausculta do coração, pulmões e região abdominal, além de gerar imagens da garganta, do ouvido e da pele do paciente. Tudo isso de acordo com os rígidos padrões da medicina. O dispositivo é acompanhado de um aplicativo que orienta a realização dos exames em casa e transmite os dados em tempo real para uma plataforma que pode ser acessada a distância pelos médicos.
Inovação com responsabilidade
Quando se fala em inovação em saúde existe um paradigma que vem sendo discutido muito fortemente, principalmente no ramo da ética, pesquisa e bioética. Quanto se pode trazer de inovações sem estudos que validem confiabilidade e segurança para os pacientes? “Sabemos que há no mercado muitos dispositivos, que não passam por esse tipo de validação e avaliações regulatórias, o que é muito questionado. O dano pode ser grande se colocarmos uma tecnologia para cuidar de pessoas sem validação adequada”, explica a coordenadora do Serviço de Telessaúde do Pequeno Príncipe, médica Rafaela Wagner.
“Estudos como esse com o TytoCare e telessaúde do Pequeno Príncipe são muito importantes para expandir a influência, conhecimento e expertise dos nossos profissionais para além dos muros e estruturas física do Hospital. É algo a ser construído com responsabilidade, coerência e indicação. A instituição preza muito por tudo isso e como consequência alavanca uma tecnologia que agrega mais segurança na avaliação do paciente infantojuvenil”, acrescenta a profissional.
O vice-diretor de Qualidade e Pesquisa Clínica do Pequeno Príncipe, Fábio de Araújo Motta, que coordenou a pesquisa, também fala sobre a relevância desse estudo. “O Hospital Pequeno Príncipe tem o compromisso social com a segurança do paciente pediátrico e se preocupa em patrocinar pesquisas como essa que validam um dispositivo de tamanha relevância para o atendimento de crianças”, destaca.
Sobre o TytoCare
O TytoCare é uma tecnologia israelense e foi trazida ao Brasil, de forma inédita, pelo Hospital Pequeno Príncipe. As negociações tiveram início em 2018 e em 2020 começaram as pesquisas clínicas, como essa publicada recentemente. Até então, o aparelho havia sido usado somente em adultos. “É um equipamento que vai revolucionar as práticas de telemedicina”, ressalta o diretor-corporativo do Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro. “Essa tecnologia inovadora pode significar a ampliação de atendimento pediátrico de qualidade a pacientes que não têm acesso a um centro de saúde de referência”, acrescenta.
Regulamentação da telemedicina no Brasil
Essa publicação ganha ainda mais relevância, já que recentemente a lei (14.510/22) que autoriza a telemedicina no Brasil foi sancionada. A telessaúde tem como objetivo melhorar a rede básica de saúde, integrando ensino e serviço por meio de tecnologias. “Poder validar uma tecnologia como essa de telepropedêutica é algo de bastante importância não apenas no âmbito da telemedicina, mas também da telepediatria. É mais uma ferramenta que agrega valor no atendimento de telemedicina pediátrico”, finaliza Motta.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3) e Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9).