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Gravidez na adolescência: a prevenção começa com educação e diálogo
A integração entre família, escola, profissionais de saúde, órgãos públicos e sociedade para um diálogo franco e orientador sobre sexualidade é um dos mais importantes pilares para a prevenção da gravidez na adolescência. Abordar de forma natural as questões relativas à sexualidade, com orientação e esclarecimento das dúvidas de acordo com a fase que a criança ou o adolescente está vivendo, é fundamental para o desenvolvimento seguro.
A sexualidade é ampla, engloba inúmeros fatores e envolve todos os órgãos dos sentidos, além das dimensões psicológicas e sociais, como o afeto, o amor, o respeito, entre outros. A psicóloga e assessora da direção do Hospital Pequeno Príncipe, Thelma Alves de Oliveira, ressalta a importância de os pais e responsáveis sempre se colocarem à disposição para conversar.
“Durante o desenvolvimento da criança, ela vai ter questionamentos sobre como chegou ao mundo, sobre as mudanças no seu corpo. E abordar esses temas torna, lá na frente, uma conversa sobre a relação sexual muito mais tranquila”, pontua a especialista.
Relação sexual com responsabilidade
A primeira relação sexual acontecerá em algum momento da vida. Diversos fatores influenciam esse momento importante, e o ideal é que ele ocorra de forma segura e por decorrência de uma decisão consciente do adolescente e baseada nos valores familiares.
Antes da primeira relação sexual é muito importante marcar uma consulta com o pediatra que já acompanha o menino ou a menina. Em geral, os pais sempre acompanham seus filhos no pediatra, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante que essa consulta possa ser realizada sem o responsável e seja confidencial para tirar todas as dúvidas e também orientar sobre o melhor método contraceptivo.
O pediatra Germano Garcia de Andrade Oliveira frisa a importância da dupla proteção. “O preservativo masculino ou feminino é o único que previne as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por isso, seu uso é indispensável. Mas é importante associar a outro método que seja orientado pelo médico”, ressalta. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível ter acesso a preservativos, pílula anticoncepcional e outros métodos.
Vale destacar que não se usa mais o termo doença sexualmente transmissível, pois nem sempre a pessoa desenvolve a doença. Mas ela pode estar contaminada e infectar outras pessoas. O HPV, por exemplo, é assintomático na maioria das vezes. Entretanto, entre as mulheres, pode levar ao câncer de colo de útero. O vírus pode ser prevenido pela vacinação, que deve ser realizada em meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade e é disponibilizada gratuitamente pelo SUS.
“Após a primeira relação sexual, a menina precisa fazer o acompanhamento com um ginecologista, que vai acompanhá-la em todas as fases da vida, além de realizar o exame preventivo de câncer de colo de útero. Já o menino pode continuar o acompanhamento com o pediatra”, completa o médico.
- Veja também – Quais são os riscos da gravidez na adolescência?
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).