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ALTA COMPLEXIDADE | Serviço de Neurocirurgia é pioneiro
Durante os primeiros anos de vida de uma criança, o cérebro ainda está em desenvolvimento e amadurece à medida que ela aprende a andar e falar, por exemplo. Como as estruturas nervosas ainda não estão maduras, realizar uma neurocirurgia pediátrica não é simples, mas no Hospital Pequeno Príncipe esse serviço já é oferecido há mais de 50 anos.
O Serviço de Neurocirurgia foi o primeiro na região Sul do Brasil a ter a cirurgia endoscópica (por vídeo), um procedimento pouco invasivo que diminui riscos de complicações e facilita a recuperação da criança ou adolescente. O Hospital conta com uma equipe de sete cirurgiões e, em 2021, realizou 660 procedimentos cirúrgicos e 807 atendimentos ambulatoriais.
“Na neurocirurgia, existem diversas doenças que atingem o sistema nervoso central. Entre as doenças tratadas no Pequeno Príncipe estão cranioestenose, deformidades craniofaciais, doenças vasculares, traumatismos cranianos e vertebromedulares, epilepsia, tumores cerebrais e medulares”, explica o médico responsável pelo serviço, Adriano Keijiro Maeda.
Quando a cirurgia é necessária?
No Pequeno Príncipe você encontra atendimento para várias doenças que exigem cuidados neurológicos e que tem a cirurgia como opção de tratamento. Entre elas a epilepsia, doença caracterizada por crises convulsivas não provocadas. “Cerca de 30% dos pacientes com epilepsia não conseguem controlar as crises com remédio, e é aí que entra a neurocirurgia”, realça a médica Tatiana Von Hertwig Fernandes de Oliveira.
A doença mais frequente entre os problemas relacionados ao sistema nervoso central é a hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). Ela pode ser causada por malformações cerebrais, como a mielomeningocele, pela presença de tumores, infecções como meningites e após hemorragias em bebês. “O acúmulo de líquido aumenta a pressão intracraniana, trazendo prejuízos no desenvolvimento ou, em casos mais graves, causando coma. O tratamento é cirúrgico e pode ser aplicada a técnica de neuroendoscopia”, esclarece Maeda.
Existem ainda casos de cranioestenose (doença congênita – a criança nasce com ela – que causa deformidades no crânio), neurocirurgia endovascular (para tratar doenças circulatórias), tumores cerebrais e medulares. “No Hospital atendemos muitos casos de crianças pequenas, de 6 meses, 1 ano, que chegam com tumores malignos e de grande volume. São procedimentos complexos porque a retirada da massa tumoral é difícil, demandam tecnologia e trabalho em equipe”, frisa o médico Carlos Alberto Mattozo.
A tecnologia a serviço da saúde
O cérebro de uma criança de 4 meses pesa, em média, 400 gramas. Com 4 anos, o aumento é de 800 gramas. Na vida adulta, depois do desenvolvimento completo, o órgão tem peso de 1,4 kg. Essas e outras características, como a quantidade de sangue no corpo, tornam o procedimento cirúrgico difícil.
Por ser de alta complexidade, o uso de tecnologia é um importante aliado na neurocirurgia. O Pequeno Príncipe possui ferramentas que facilitam a realização das cirurgias, tornando os procedimentos mais precisos e possibilitando atuar em regiões profundas do cérebro com menor risco de lesões ao paciente, como o aspirador ultrassônico, o microscópio cirúrgico e o neuronavegador.