Reumatismo: uma a cada 500 crianças é afetada pela doença

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Reumatismo: uma a cada 500 crianças é afetada por doença reumática

Neste Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo, o Pequeno Príncipe direciona a atenção para a doença no público infantojuvenil
30/10/2022
reumatismo atendimento pediatria
A queixa de dor persistente deve chamar a atenção dos responsáveis para um possível reumatismo.

Apesar de geralmente ser relacionado a uma faixa etária mais avançada, como os idosos, o reumatismo também atinge crianças e adolescentes de todas as idades. Por isso, o Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo foi criado para conscientizar, alertar e informar a população sobre a existência dessas doenças que acometem os brasileiros, incluindo o público infantojuvenil.

Ao comentar sobre reumatismo, propaga-se a errônea ideia de que se fala apenas de doenças articulares. No entanto, o termo se refere a um conjunto de mais de 150 doenças inflamatórias, que podem atingir articulações, músculos, pele, ossos e diversos órgãos. Nesse grupo, duas das enfermidades mais conhecidas são a artrite idiopática juvenil (AIJ) e a febre reumática (FR), popularmente conhecidas como reumatismo e reumatismo no sangue, respectivamente.

A chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Pequeno Príncipe, Márcia Bandeira, destaca as formas mais comuns observadas em crianças e adolescentes. “Infelizmente, no Brasil, a febre reumática continua sendo uma doença prevalente. Por ela ser uma complicação de uma infecção de garganta tratada de modo inadequada, só vai ter a doença quem tratar a infecção de forma errada.  A artrite idiopática juvenil pode atingir todas as articulações do corpo, mas em crianças a forma mais prevalente é a que afeta até quatro articulações, é a que mais observamos nesse público”, ressalta.

Diagnóstico precoce é fundamental

O tratamento das doenças reumáticas varia de acordo com o tipo de problema, idade de início e número de articulações afetadas. O tratamento deve ser individualizado, para que a criança não tenha nenhuma limitação quando comparada a crianças sem esses sintomas. Para isso, o comprometimento da família no processo é a chave do sucesso.

Para a condução correta, é necessário que os pacientes sejam avaliados de forma bem criteriosa por especialistas e a aderência ao tratamento seja seguida à risca. O uso de anti-inflamatórios, infiltração na articulação e tratamentos medicamentosos mais prolongados, com imunobiológicos de alto custo, são algumas das indicações que podem ser feitas aos afetados pelas doenças reumáticas.

Apesar das variadas opções de tratamento, uma opinião se mantém comum aos especialistas: o tratamento precoce é essencial para evitar complicações futuras. “É crucial que, ao observar os sinais de alerta, os pais procurem um atendimento com um profissional. O encaminhamento desse paciente de forma precoce vai mudar a evolução da enfermidade e evitar complicações futuras. Se a criança chega para nós em um período ideal, ela vai ficar sem nenhuma sequela, mantendo sua qualidade de vida”, finaliza a médica.

Serviço de Reumatologia

O Serviço de Reumatologia do Hospital Pequeno Príncipe é o maior exclusivamente pediátrico do Paraná e oferece atendimento global a crianças e adolescentes, diagnosticando e tratando doenças que acometem os ossos, colágenos e articulações. Apenas em 2021, 1.399 consultas foram realizadas pelo serviço, que também é o único no estado que conta com um programa de residência médica em reumatologia pediátrica.

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