Tecnologia e inovação: uma revolução na medicina

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Tecnologia e inovação: uma revolução na medicina

Neste Dia do Médico, o nefrologista pediátrico e diretor-técnico do Hospital, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, fala sobre os impactos da transformação digital na área da saúde
18/10/2022
medicina e tecnologia
“O olhar humanizado e a equidade do cuidado precisam permanecer também na nova medicina transformada pela tecnologia e inovação” – Donizetti Dimer Giamberardino Filho

A tecnologia está modificando a sociedade ao longo dos anos, e a medicina também é impactada. A pandemia, por sua vez, acelerou ainda mais esse processo e fez com que as diferentes organizações e também nós, médicos, precisássemos nos adaptar à nova realidade. Para além da telemedicina, essa evolução nos mostrou a importância do banco de dados eficiente, da quinta geração de internet móvel sem fio, da inteligência artificial e de dispositivos portáteis e simuladores para proporcionar um acesso facilitado e seguro da população aos serviços médicos, com melhor qualidade.

A medicina sempre foi uma área que impulsionou a tecnologia e a ciência em prol de um bem maior: o ser humano. Essa evolução tecnológica, acelerada pela pandemia da COVID-19, trouxe inúmeros desafios, mas aprendizados fundamentais. A telemedicina, por exemplo, é um legado deixado por ela. Com sua regulamentação pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), os teleatendimentos se tornaram uma realidade em todas as instâncias. Uma pesquisa realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) mostrou que 92% dos médicos acreditam que a teleconsulta vai continuar a ser praticada para além da pandemia.

No Hospital Pequeno Príncipe, maior exclusivamente pediátrico do país, é nítida essa transformação digital, que busca otimizar a tecnologia em favor da assistência em saúde e garantir cada vez mais segurança aos pacientes e facilidade para todos nós. A instituição dá início a uma nova era de aplicação da ciência de dados. E, entre os inúmeros benefícios, destaco a democratização do acesso à saúde qualificada, a segurança da informação, a eficiência operacional e a redução de custos.

Com mais de sete mil atendimentos médicos a distância em 2021, o Hospital Pequeno Príncipe consolidou o Serviço de Telessaúde por meio de tecnologias da informação e inteligência artificial, de forma segura e eficaz. Tendo em vista que 60% dos atendimentos do nosso Hospital são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição beneficiou primeiramente esse público, que já fazia tratamento nos ambulatórios. Em junho, as consultas particulares foram liberadas. Em 2022, a adoção do prontuário eletrônico do paciente contribuiu para uma base de dados ainda mais eficiente e rápida, que também permite prescrever medicamentos digitalmente.

A atividade médica é milenar e foi sempre representada pela arte e pela ciência. A ciência e o conhecimento têm evoluído rapidamente, contudo a arte do relacionamento, baseada no acolhimento, respeito e solidariedade, é incomparável. Por isso, apesar dessas tecnologias garantirem a equidade de acesso e a transposição de barreiras geográficas, o método não substitui as consultas presenciais. A estratégia de unir o atendimento on-line com o presencial deve funcionar em casos específicos, sempre com a atenção individualizada do médico para cada criança e adolescente. O olhar humanizado e a equidade do cuidado precisam permanecer também na nova medicina informatizada.

Nesse sentido, é importante lembrar que um hospital não é constituído apenas pela infraestrutura, equipamentos, tecnologia e inovação, mas por pessoas que, independentemente da posição, são nossa razão de ser. Por isso, neste Dia do Médico, aproveito para parabenizar todos os médicos que atendem na nossa instituição. Ser médico é mais que uma profissão, significa um modo de viver, de olhar o mundo e encontrar nele um novo sentido de existir. Ser médico é uma opção de vida, e as recompensas são muitas, na perspectiva de cada um. Para mim, nada se compara ao olhar de gratidão.

Em qualquer profissão, incluindo a medicina, é essencial gostar do que se faz. O médico deve gostar das pessoas como vocação e não obrigação. A sensação de ter sido efetivamente útil para alguém nutre os ideais de um profissional. Desejo que cada médico, da sua forma única de ser, olhe sempre para o futuro, antecipando tendências e inovando para oferecer um tratamento cada vez melhor, também mantendo a nossa tradição de sempre estarmos atentos aos princípios de equidade, integralidade, empatia, compaixão e dignidade humana.

Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Nefrologista pediátrico e diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe

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