Fogos de artifício
A combinação entre fogos de artifício e crianças é extremamente perigosa e não é recomendada. A incidência de acidentes entre os adultos ao utilizarem esses produtos é grande, inclusive com amputação de partes do corpo, e com os pequenos o risco é ainda maior. “As crianças nunca devem ficar perto de locais onde há manuseio ou queima de fogos de artifício, pois os acidentes podem ser muito graves e até mesmo fatais”, finaliza o pediatra.
Especial férias: cuidados com a segurança dos pequenos é fundamental
As crianças são muito ativas e possuem bastante energia, ainda mais nas férias, que os pequenos têm mais tempo livre. Por isso, os pais precisam buscar alternativas para que as crianças não fiquem ociosas e se divirtam. No entanto, o Hospital Pequeno Príncipe alerta que esse período também exige cuidados redobrados em relação aos acidentes domésticos, afogamentos e viagens longas de carro.
Acidentes domésticos
Para o intensivista pediátrico Eduardo Gubert, do Hospital Pequeno Príncipe, durante as férias e as festas de fim de ano os acidentes domésticos aumentam consideravelmente. “Um fator que contribui para isso é a ida à casas de veraneio ou de parentes. Nesses locais não há certezas de onde estão os perigos, apesar de sabermos que a área de serviço e a cozinha são os locais com maiores riscos para as crianças. Os pais precisam estar sempre de olho nos pequenos”, explica o especialista.
Em caso de acidentes em que a criança ingira algum produto químico, veneno ou substância tóxica a recomendação é ir até o pronto-atendimento mais próximo e seguir as orientações da equipe médica. “Cabe aos pais nunca forçar o vômito nas crianças e nem oferecer chás ou remédios por conta própria tentando amenizar os sintomas da ingestão química”, alerta o pediatra.
Os episódios traumáticos envolvendo queimaduras, cortes e quedas também são comuns e exigem cuidados especiais, por isso, a recomendação é sempre procurar atendimento médico em casos de acidentes domésticos.
Afogamentos
No Brasil, os afogamentos são a segunda causa de morte acidental de crianças, segundo a ONG Criança Segura. Em média, são 2,3 óbitos por dia, de acordo com o Ministério da Saúde. Acidentes envolvendo água podem ser fatais, por isso, a principal forma de prevenir afogamentos é a supervisão de um adulto sempre que os pequenos estiverem perto de locais com água.
As crianças nunca podem ficar sozinhas perto de rios, piscinas e praias. Pequenas quantidades de água em baldes e banheiras podem ser suficientes para um afogamento. É importante que os pais alertem as crianças sobre os perigos, orientando-as a não irem sozinhas a locais com água. As boias infláveis não são recomendadas, pois oferecem uma falsa segurança e seu uso deve ser sempre supervisionado por um adulto.
Viagens com crianças
Os passeios com os pequenos são ótimas formas de ter um tempo de qualidade com os filhos, mas quando não são planejados podem ser bem estressantes. No momento de realizar uma viagem é importante que os pais não tenham pressa e entendam que imprevistos podem acontecer. “Viagens longas de carro requerem várias paradas, para hidratação, alimentação e entretenimento das crianças. Dessa forma, reduz o estresse dos pequenos e, até mesmo, do próprio motorista. Por isso, o planejamento é fundamental”, pontua Gubert.
Os itens de segurança como as cadeirinhas, os bebês confortos e os assentos de elevação são indispensáveis. “Os pais precisam usar os itens da forma adequada. Os bebês confortos nos quais as crianças ficam viradas para trás são os mais seguros. Mesmo que os pequenos fiquem agitados, os pais não devem virá-los para frente, pois os bebês já têm a cabeça maior para a proporção do restante do corpo, e pode ocorrer um efeito ‘chicote’ da cabeça em caso de acidente ou colisão com outros veículos”, explica o médico.
A alimentação adequada das crianças também é fundamental nas viagens de fim de ano. A tendência é oferecer comidas mais rápidas e sem muitos nutrientes, mas o ideal é se planejar e alimentar os meninos e meninas com alimentos saudáveis. Dessa forma, evita-se o aparecimento de alergias, prisão de ventre, intoxicação alimentar, entre outros incômodos comuns nessas épocas.