É possível prevenir a sepse?
A sepse é a maior causa de morte evitável do mundo, levando a óbito cerca de 11 milhões de pessoas todos os anos. Esse dado é um levantamento da Universidade de Washington, publicado na revista Lancet, que estima que uma a cada cinco mortes seja causada pela sepse, sendo que crianças menores de 5 anos representam 40% dos casos. Mas alguns cuidados podem prevenir a doença, como manter a carteira de vacinação em dia, levar a criança ao pediatra para consultas periódicas, adotar cuidados básicos de higiene e não praticar a automedicação, principalmente com o uso de antibióticos.
Sepse: a detecção precoce do quadro clínico salva vidas
A sepse é gerada por uma resposta inadequada do corpo no combate a uma infecção, prejudicando o funcionamento de alguns órgãos e comprometendo a saúde. Neste 13 de setembro, Dia Mundial da Sepse, o Hospital Pequeno Príncipe reforça o papel dos pais e cuidadores, principalmente caso o quadro ocorra em uma situação fora do ambiente hospitalar, já que o tratamento, quando iniciado na primeira hora do diagnóstico, pode salvar vidas.
“Muitas pessoas acreditam que a sepse ocorre apenas em pacientes já internados em hospitais, e isso é um mito. Qualquer lesão que sofra uma penetração profunda pode gerar um quadro infeccioso que leve à sepse. Por isso, estar atento aos sinais indicativos, como febre, hipotermia, taquicardia, sonolência, confusão e fraqueza, é essencial para encaminhar a criança ao pronto-atendimento o mais rapidamente possível”, enfatiza o médico Fábio de Araújo Mota.
Qualquer pessoa pode ter a sepse caso não realize o tratamento adequado de uma infecção, mas os grupos com maiores riscos são crianças prematuras e menores de 1 ano, idosos acima de 65 anos, portadores de HIV, pacientes imunodeprimidos, usuários de álcool e drogas, e hospitalizados por longos períodos.
O Hospital Pequeno Príncipe é referência no assunto em relação a crianças e adolescentes e possui o diferencial da detecção rápida do quadro séptico, logo quando o paciente chega ao pronto-atendimento. “Além da expertise em diferenciar se é sepse ou não, a instituição conta também com uma linha de cuidado específica para a sepse, que é uma ferramenta que padroniza a conduta assistencial para maior segurança e qualidade no atendimento”, completa o médico.
Mitos e verdades
1 – Sepse ocorre apenas em hospital?
MITO. Qualquer lesão que sofra uma penetração profunda pode gerar um quadro infeccioso que leve à sepse. Ou seja, o quadro séptico não ocorre somente em pacientes que estão hospitalizados.
2 – Uma espinha pode gerar sepse?
VERDADE. Mexer em qualquer lesão sem os devidos cuidados de higiene pode favorecer a penetração de bactérias. Em casos mais graves, as bactérias caem na corrente sanguínea, causando a sepse.
3 – A detecção precoce salva vidas?
VERDADE. Por isso, estar atento aos sinais indicativos, como febre, hipotermia, taquicardia, sonolência, confusão e fraqueza, é essencial para encaminhar a criança ao pronto-atendimento o mais rapidamente possível.
4 – A sepse não tem prevenção?
MITO. É possível prevenir a sepse adotando medidas simples, como manter a carteira de vacinação em dia, levar a criança ao pediatra para consultas periódicas, adotar cuidados básicos de higiene e não praticar a automedicação, principalmente com o uso de antibióticos.