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Otorrino e crianças: 6 orientações que você não deve esquecer
Ronco, rinite, adenoide, desvio de septo, surdez… Esses são apenas alguns dos problemas relatados por pais e responsáveis em consultas com otorrinolaringologistas pediátricos. E para abordar um pouco sobre esse universo, o médico e chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Pequeno Príncipe, Lauro João Lobo Alcantara, conduziu uma live sobre otorrino e crianças e esclareceu as principais dúvidas.
A seguir, confira as seis orientações que você não deve esquecer em relação ao tema:
1. Em crianças, é comum que a sinusite não ocorra sozinha
Hoje em dia usa-se muito a definição rinossinusite para todos os processos inflamatórios da mucosa de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais. Em Curitiba, onde há grande variação da temperatura, é normal encontrar casos de rinossinusite. Isso está relacionado a uma reação a algum agente físico, químico ou biológico (bacteriano, fúngico ou viral) ou alérgico. Nesses casos, é importante sempre higienizar bem o nariz, investigar possíveis alergias e consultar um otorrinolaringologista para tratamento clínico ou intervenção cirúrgica.
2. O cuidado ambiental é um dos principais tratamentos para a rinite alérgica
É importante que seja identificado o que causa essa alergia. Na maioria dos casos, é o que está mais próximo, como poeira doméstica, ácaros, fungos, saliva, pelos e penas de animais. Por isso, é necessário fazer o controle ambiental com a higienização correta do ambiente e das roupas, bem como o uso de roupa de cama antialérgica. E, em paralelo, consultar um médico otorrinolaringologista, alergista e/ou imunologista para tratar os sintomas com o uso de antialérgico oral, spray nasal ou, nos casos mais persistentes, imunoterapia por meio de vacinas específicas.
3. Não existe idade para fazer a retirada da adenoide, mas necessidade
A adenoide é um conjunto de tecidos linfáticos, localizados na região entre a garganta e o nariz, responsável pela defesa do corpo contra microrganismos. No entanto, ela pode crescer, inchar e inflamar e gerar sintomas que indiquem preocupação. Entre eles, apneia noturna, ronco frequente, dificuldade respiratória, insônia, bem como quadros de otite e rinossinusite de difícil tratamento. Nesses casos, e seguindo indicação médica, a cirurgia é aconselhada, independentemente da idade do paciente, para melhorar sua qualidade de vida.
4. O excesso de cera de ouvido pode afetar a audição
A cera de ouvido, ao ficar acumulada na região auditiva, pode pressionar a membrana do tímpano e, consequentemente, impedir que o som seja transmitido de forma eficaz, gerando a perda temporária da audição ou dificuldade de escutar. Além disso, o cerume acumulado pode aumentar o risco de infecções. No geral, não é aconselhado o uso de cotonetes em crianças pequenas, pois a cera pode ser empurrada para dentro, dificultando ainda mais a audição, ou uma movimentação brusca pode gerar uma perfuração grave. A orientação é higienizar diariamente com toalha ou papel higiênico e, se necessário, encaminhar a criança a um otorrinolaringologista para limpar de forma segura.
5. A cirurgia de desvio de septo deve ser realizada com indicação precisa em crianças
Por estarem em fase de crescimento, a cirurgia de desvio de septo precisa ser realizada com indicação precisa. Isso porque, caso se exceda na retirada de osso e cartilagem, pode ser afetado o desenvolvimento da pirâmide nasal, com problemas no formato, estética e dificuldade respiratória no futuro. Vale ressaltar que, com as tecnologias atuais, é possível uma cirurgia conservadora com resultado efetivo, sem a necessidade de um novo procedimento no futuro.
6. Chiado constante no ouvido pode ser sinal de problemas auditivos
Esse é o principal sintoma que crianças e adolescentes apresentam antes de uma possível perda de audição. Atualmente, com as aulas on-line aliadas ao maior tempo em casa, a presença dos fones de ouvido passou a ser mais constante, e esse problema se acentuou. Cuidados com o volume – que deve ser da metade para baixo da potência do aparelho – e o tempo de exposição – que deve ser de, no máximo, oito horas – ajudam a evitar os danos. Outra dica é observar se é possível ouvir o som que os fones emitem, pois é sinal de que é preciso baixar o volume do aparelho, e higienizá-los com frequência para evitar infecções de ouvido.
Confira a live na íntegra no canal do Hospital Pequeno Príncipe no YouTube: