Um alerta importante no Dia Nacional da Imunização
Vale um alerta especial neste 9 de junho, Dia Nacional da Imunização. Infelizmente, o Brasil tem, atualmente, baixas coberturas vacinais. Tal realidade potencializa o risco da reintrodução de algumas doenças no país.
Por conta desse problema, torna-se fundamental aprimorar a comunicação com a população para a disseminação de informações corretas e seguras sobre o assunto. Além disso, faz-se necessário criar estratégias para fortalecer o alcance das coberturas vacinais, tendo em vista o risco da não vacinação para a saúde pública.
O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância das vacinas para prevenir doenças. Nas últimas décadas, a população brasileira foi beneficiada com as ações de imunização. Por meio das vacinas, a varíola foi erradicada e a poliomielite eliminada.
Para mais informações sobre o assunto, confira a entrevista com a médica e coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) e do Serviço de Imunizações do Hospital Pequeno Príncipe, Heloísa Giamberardino:
– Neste 9 de junho, qual o principal alerta que devemos fazer aos pais e responsáveis sobre o tema?
Os pais precisam estar alertas sobre os riscos de exposição e sequelas quando seus filhos não forem vacinados contra doenças imunopreveníveis, e que a vacinação é um ato de cidadania, pois além da autoproteção, contribui na proteção de grupo. A decisão de não se vacinar contribui para reduzir a imunidade populacional, podendo resultar em surtos ou “bolsões” de infecção”. Outro aspecto fundamental é a informação da existência de legislações específicas para as vacinas, e os pais/responsáveis que porventura não vacinarem seus filhos podem ser responsabilizados por negligência por conta da omissão.
* No Brasil, a vacinação é obrigatória e regulada por Legislação Federal (Decreto n.º 78.231, de 12 de agosto de 1976)
* No Paraná : a Lei Estadual 19.534 estabelece a obrigatoriedade da apresentação da carteira vacinal no ato da matrícula ou rematrícula em escolas públicas e privadas no Paraná (11/10/2018)
– Por que há tanta dificuldade em conscientizar hoje as pessoas sobre a importância da imunização?
A ausência de memória da gravidade de epidemias anteriores associada às informações erradas e pseudocientíficas podem influenciar na tomada de decisão para a vacinação, por isso, cabe a nós médicos e profissionais de saúde o papel de esclarecimento e de fornecimento de informações suficientes à população. As vacinas são seguras e a Imunização é uma das ações mais bem-sucedidas de saúde pública de todos os tempos e, em dois séculos, as vacinas foram responsáveis pelo aumento de cerca de 30 anos na expectativa de vida no mundo.
– Que problemas já são verificados hoje por conta da falta da atenção ao calendário de vacinação?
Os problemas podem ser avaliados do ponto de vista individual e coletivo. Individualmente, a não vacinação, além de expor a um quadro infeccioso com todos os sintomas clínicos, pode evoluir com sequelas permanentes e até levar ao óbito. Coletivamente, a não vacinação é mais impactante, pois uma pessoa infectada, por exemplo, com o vírus do sarampo pode transmitir a doença para uma média de 12 a 18 pessoas não vacinadas. E vale ressaltar que entre possíveis expostos podem estar pessoas com imunossupressão, para as quais a gravidade e mesmo o risco de óbito são muito mais elevados.
O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe destaca-se por ser um espaço especializado e exclusivo para garantir atendimento integral a todas as faixas etárias, de recém-nascidos até idosos. A área oferece vacinação domiciliar, realiza campanhas de vacinações externas, orientações sobre calendários vacinais e supervisão médica integral.
Além da aplicação de vacinas, a unidade realiza avaliação pré-vacinal e também suporte nos cuidados pós-vacina da equipe médica e de enfermagem. Há destaque também na área científica, com elaboração de guias de imunização, assim como a participação em eventos científicos nacionais e internacionais.
Centro de Vacinas Pequeno Príncipe – Atendimento: das 8h às 19h (segunda a sexta-feira) / das 8h às 18h (sábado). Endereço: Rua Desembargador Motta, 913. Telefones: (41) 3310-1414 | 3310-1141