Fachadas do Pequeno Príncipe viram obras de arte no ano do seu centenário
Quem anda pelas ruas que cercam o Pequeno Príncipe já percebe uma novidade em suas fachadas. Sob a coordenação artística de André Mendes, o maior hospital pediátrico do Brasil recebe, no ano do seu centenário, um presente mais que especial.
Paredes dos prédios do SUS (Rua Desembargador Motta) e dos ambulatórios (Avenida Iguaçu) estão se transformando em verdadeiras obras de arte. Além de Mendes, Rimon Guimarães e Tom + Amor, respeitados artistas da cena curitibana, estão responsáveis pela missão, que faz parte do projeto “Laços”, viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura e que tem o Pequeno Príncipe como instituição beneficiada.
“Eu poderia ter escolhido muitos outros muralistas, grafiteiros e artistas em geral que teriam uma condição muito bacana, mas tratando dessa atmosfera do hospital, eu sabia que o trabalho do Tom e do Rimon tem esse alto-astral com cores fortes e desenhos lúdicos com uma linguagem que as crianças absorveriam de uma forma não só simples de perceber, mas também com uma empatia por conta do cenário de natureza”, avalia André Mendes.
Tom + Amor buscou referências na Mata Atlântica, cenário marcante que reúne riquezas da flora e fauna do Brasil, e no universo de “O Pequeno Príncipe”. “É uma honra fazer parte desse projeto e da história desse hospital que faz tão bem às nossas crianças”, diz o artista.
Rimon Guimarães também emprestou todo seu talento em prol da saúde infantojuvenil. “Tem sido muito legal fazer o trabalho e receber o feedback das crianças. Elas são muito sinceras”, fala o artista, que também buscou a natureza como inspiração para seu trabalho no Pequeno Príncipe.
Já Mendes, parceiro de outras iniciativas já realizadas em favor do hospital, buscou a obra de Antoine de Saint-Exupéry como mote para sua criação. “Não é por acaso que o hospital se chama Pequeno Príncipe, a referência em ser um hospital infantil. Eu acho que ‘O Pequeno Príncipe’ traz grandes lições de vida e de percepção de mundo. Eu tenho certeza que essa história, mesmo para as pessoas que não conhecem, traz elementos que são muito interessantes para as crianças, que são os planetas, o universo, os animais da terra, da relação de cada pessoa com cada característica que aparece nos estereótipos do livro. Mais uma vez eu trouxe a história como tema do mural, mas ao mesmo tempo ela é lúdica e abre espaço para interpretações”, reitera.
Exposição
Além dos trabalhos dos três artistas, o projeto “Laços” promoveu oficinas artísticas no Setor de Educação e Cultura do Hospital Pequeno Príncipe. As atividades, coordenadas também por André Mendes, vão ser tema de uma exposição, que deve ocupar o Museu Municipal de Arte (MuMA) a partir de junho. “Para essa exposição, assim como ocorreu na oficina, não estou conseguindo me ater simplesmente ao resultado, à ampliação dessas obras ou a mostrar o que foi feito pelos participantes. Eu quero levar ao museu um pedacinho do que foi essa experiência, além das pessoas perceberem a atmosfera do que aconteceu aqui dentro do hospital com vídeo, resultados e fragmentos dessa oficina. As pessoas também vão ter a oportunidade de ter as experiências. É uma exposição interativa e que se o público estiver preparado para fazer as propostas, vai sentir o que as pessoas sentiram durante os encontros”, avisa Mendes.
O projeto ”Laços, viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tem o Hospital Pequeno Príncipe como instituição beneficiada. Conheça as empresas apoiadoras da ação: Peróxidos, ArcelorMital Gonvarri, Klabin, Becton Dickson, Caterpillar, Eletrofrio, Grupo TBE, Sices Brasil, Ademilar, Standby Rent a Car, Laquila, ZM, Cesbe, Tratornew, Bebidas Nova Geração, Westaflex, Itambé Cimentos, Gemü Válvulas, Amann Girrbach, Stampa Food, Delta Cable.