Artrite idiopática juvenil
É uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. Pode aparecer em qualquer fase da vida, inclusive na infância. Os sintomas geralmente consistem em dores articulares e limitações nas funções motoras. O procedimento de infiltração nas articulações inflamadas e o uso medicamentos contínuos são possíveis tratamentos da doença. Apesar de não ter prevenção, o diagnóstico precoce de artrite pode evitar deformidades e contribuir no tratamento da enfermidade.
Paciente do Pequeno Príncipe disputará Jogos Paralímpicos
Na véspera do feriado de 7 de setembro, o país volta a viver o clima dos jogos olímpicos com a chegada da 16.ª edição da Paralimpíada. Durante 11 dias, serão disputadas 538 provas de 23 modalidades esportivas no Rio de Janeiro. A atleta Danielle Rauen, paciente do Hospital Pequeno Príncipe, representará o Brasil no tênis de mesa, e dedica a conquista para a instituição responsável por seu tratamento de saúde há 13 anos.
A mesatenista, de 18 anos, é natural de São Bento do Sul – cidade catarinense localizada a cerca de 100 quilômetros de Curitiba. Como sofre de artrite idiopática juvenil, doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés, já passou por uma série de internações no Hospital. “A minha história no Pequeno Príncipe é cheia de boas recordações. Eu sempre fui tratada com muito carinho aqui”, contou Danielle.
Os jogos
A atleta estreia na Paralimpíada no dia 8. “Eu estou começando a ficar ansiosa, mas sentir essa energia de um evento mundial é muito legal. Acompanhei os Jogos Olímpicos e a torcida estava sensacional. Espero que seja assim também nas competições que irei participar, vai me ajudar muito”, relatou a mesatenista.
Gratidão
Quando ganhou a medalha de ouro no Parapan-Americano de Toronto, no Canadá, Danielle fez um vídeo agradecendo por todo cuidado recebido no Pequeno Príncipe. O sentimento de gratidão permanece o mesmo. “Se não fosse o amor, a capacidade dos médicos e de todos os profissionais envolvidos no meu tratamento – em especial à doutora Márcia Bandeira –, eu não estaria aqui. O Hospital foi essencial na minha vida profissional e pessoal também”, destacou.
A atleta pretende usar sua história como exemplo para outros pacientes da instituição. Como forma de incentivo, deixou um recado aos colegas: “Vários dias serão difíceis na vida, mas para todos existe um amanhã melhor e cheio de positividade. Não desistam dos seus sonhos. Se vocês se doarem inteiramente para isso, um dia qualquer, essa dedicação voltará em forma de conquistas”, apontou.
Para a reumatologista pediátrica, chefe do Setor de Reumatologia no Pequeno Príncipe, e também anjo da guarda –segundo palavras da própria Danielle –, Márcia Bandeira, a atleta é um exemplo. “Apesar da doença crônica que enfrenta, nunca deixou se abalar e sempre correu atrás do seu sonho com muito esforço e dedicação. Eu tenho orgulho de fazer parte dessa luta. Estarei na torcida por ela”, afirmou.