Transplante Cardíaco

O transplante cardíaco infantil é indicado no caso de algumas doenças graves, como doença coronária grave, miocardiopatia dilatada, cardiopatias congênitas e em casos nos quais as válvulas cardíacas tenham alterações graves. Entre as enfermidades e situações que muitas vezes exigem o transplante estão a hipoplasia do coração esquerdo, a anomalia de Ebstein severa, as disfunções ventriculares em pós-operatório de cardiopatias congênitas e os tumores obstrutivos não ressecáveis, sejam eles benignos ou malignos, por exemplo.

O transplante cardíaco infantil é uma cirurgia de alta complexidade que pode durar várias horas. Após o transplante do órgão compatível com o paciente, a criança ou o adolescente precisa de cuidados intensivos durante a hospitalização e depois da alta hospitalar, para evitar infecções e rejeição do órgão.

Histórico

• Na década de 1970, o médico Iseu da Costa implantou e consolidou o Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital Pequeno Príncipe. Isso ao mesmo tempo em que começaram a ser oferecidos os atendimentos na área cardiológica no então Hospital de Crianças César Pernetta, sob a responsabilidade dos médicos Paulo Franco de Oliveira e Siloá Singer.
• Na mesma época de fundação do Serviço de Cirurgia Cardíaca, formou-se, em 1973, o médico Fábio Said Sallum, que seguiu para especialização na Inglaterra e nos Estados Unidos. De volta a Curitiba, iniciou sua carreira como assistente do médico Iseu da Costa, ganhando experiência para assumir a chefia do Serviço de Cirurgia Pediátrica nos anos 1980.
• Em 1982, foi inaugurado o Centro de Cardiologia Infantil do Paraná, nas dependências do Hospital Pequeno Príncipe.
• Em 2004, o Pequeno Príncipe inaugurou uma nova sala no Centro Cirúrgico, exclusiva para realização de cirurgias cardíacas.
• Em 2004, a equipe do médico Fábio Said Sallum realizou um grande feito: o primeiro transplante de coração do Pequeno Príncipe, que foi, também, o primeiro transplante de coração pediátrico bem-sucedido no Paraná. A cirurgia durou três horas e meia e envolveu 15 profissionais liderados por Sallum.
• Em 2009, o serviço se destacou mais uma vez. A equipe do médico Leonardo Andrade Mulinari realizou com sucesso uma cirurgia extracorpórea na menor criança do Brasil, que à época tinha 13 dias de vida, pesava menos de um quilo e tinha o coração de tamanho menor do que uma moeda de R$ 1.
• Atualmente, o Serviço de Cirurgia Cardiovascular, que realiza os transplantes cardíacos, conta com duas equipes cirúrgicas e uma estrutura própria de internação, bem como uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusiva.
• Em 2022, foi realizado o primeiro transplante de coração em paciente submetido a ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea).