Dia de Doar: quando a generosidade transforma futuros

O Dia de Doar, celebrado no Brasil em 2 de dezembro, é uma das datas mais importantes do calendário global da solidariedade. O movimento mobiliza pessoas, empresas e organizações em torno de um gesto simples, mas capaz de mudar futuros — o ato de doar. Coordenada pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) com o apoio do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), a ação tem o propósito de fortalecer a cultura de doação.

Por que o Dia de Doar é tão importante para o Brasil?

Criado nos Estados Unidos em 2012, o movimento nasceu como contraponto a grandes datas comerciais que antecedem o Natal, como a Black Friday. Em 2013, o Brasil realizou sua primeira edição e desde 2014 faz parte oficialmente dessa mobilização global, que atualmente reúne mais de 90 países.

Dados da ABCR mostram a força dessa mobilização. No Dia de Doar 2024, foram registrados os seguintes resultados: R$ 4.632.630,00 em doações via plataformas digitais; e R$ 301.668,41 doados diretamente a organizações e campanhas.

Números como esses reforçam o que revela o Giving Report Brasil: as pessoas doam porque confiam no impacto positivo das organizações da sociedade civil, além de reconhecerem a contribuição dessas instituições para comunidades e o país.

No entanto, há alertas importantes. A Pesquisa Doação Brasil 2024, do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), mostra que o volume total de doações no país cresceu de R$ 14,8 bilhões em 2022 para R$ 24,3 bilhões em 2024. Um avanço expressivo, de fato, mas acompanhado de uma queda significativa na participação de pessoas físicas:

• na causa da saúde, a colaboração caiu de 30% em 2022 para 26% em 2024;
• na infância, de 46% para 32% no mesmo período.

Esse movimento preocupa instituições que dependem do investimento social privado para garantir atendimento gratuito à população. “Quando a população doa para a saúde, assegura a continuidade de serviços que fazem diferença imediata na vida das pessoas”, afirma Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR.

Ele destaca que as contribuições permitem ampliar leitos, modernizar equipamentos e qualificar equipes. E lembra ainda que hospitais filantrópicos são essenciais na rede de saúde, atendendo milhões de brasileiros e complementando o Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Pequeno Príncipe, por exemplo, destina 74% de seus serviços ao SUS.

A importância do apoio ao Pequeno Príncipe

Como doar via Imposto de Renda?

Contribuintes que utilizam o modelo completo da declaração podem destinar até 6% do Imposto de Renda para projetos de grande impacto social e que salvam vidas, como os do Hospital Pequeno Príncipe. Essa contribuição, que é fácil e sem custos, pode ser feita tanto por quem tem IR a pagar quanto a restituir — se tiver IR a pagar, a destinação é subtraída do valor, e se tiver IR a restituir, o valor destinado é somado à restituição. Esse ano, as destinações podem ser realizadas até 26 de dezembro, com dedução integral em 2026.

“Entregas como essas só são possíveis graças à união entre sociedade, setor privado e uma instituição que, há mais de cem anos, transforma cuidado em futuro”, enfatiza a diretora-executiva do Hospital.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Parcerias e Meios de Implementação (ODS 17).