Influenza em crianças: o que fazer e como prevenir?

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Influenza em crianças: o que fazer e como prevenir?

O aumento de casos é um alerta para pais e cuidadores, especialmente sobre a importância da vacinação a partir dos 6 meses
18/06/2025
influenza em crianças
O aumento de casos de influenza em crianças é um alerta sobre a importância da vacinação. (Foto: Complexo Pequeno Príncipe/Thiana Perusso)

Com a chegada do frio, os casos de influenza em crianças se tornam mais recorrentes, o que exige um maior cuidado com a prevenção, especialmente por meio da vacinação. Altamente contagiosa, a doença pode evoluir para quadros graves, principalmente entre grupos de risco como crianças e pessoas com comorbidades. Por isso, é preciso estar no radar de alerta de pais e cuidadores.

Qual é a diferença entre influenza e resfriado?

Influenza é uma infecção de via aérea superior. Diferentemente do resfriado, ela tem um desenvolvimento mais lento, podendo levar em torno de dez dias para que todos os sintomas apareçam. Enquanto a gripe é causada pelo vírus influenza A e B, o resfriado é gerado pelo vírus sincicial respiratório ou o rinovírus. A grande diferença entre as duas infecções é a febre elevada e a duração e intensidade dos sintomas na gripe.

Quais são os sinais da influenza em crianças?

  • Febre elevada
  • Coriza
  • Dor de cabeça e no corpo
  • Dor de garganta
  • Tosse
  • Olhos irritados
  • Há casos com dor de ouvido

Desses, a tosse é o último sintoma que deve desaparecer ao longo do processo infeccioso. Caso haja sintomas, é preciso procurar um pediatra para confirmar o diagnóstico, por meio da testagem do vírus, para o encaminhamento do tratamento — que varia de acordo com a gravidade do caso.

O que fazer em caso de confirmação da influenza em crianças?

Ao receber um teste positivo para influenza, é importante seguir alguns cuidados essenciais, conforme orienta o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe:

  • isolamento: conte cinco dias a partir do início dos sintomas ou da confirmação do diagnóstico, pois é o período de maior contágio do vírus. Além disso, mantenha o repouso e evite a circulação em ambientes públicos, bem como o contato com pessoas imunossuprimidas;
  • tratamento: o antiviral Oseltamivir (Tamiflu) pode ser indicado e deve ser iniciado o quanto antes. Com o tratamento adequado, a febre geralmente desaparece em até 48 horas;
  • sinais de alerta: a febre persistente após 48 horas de tratamento pode indicar uma infecção bacteriana secundária. Nesse caso, é fundamental buscar avaliação médica.

Vacinação como forma de prevenção

O infectologista pediátrico explica que a vacinação contra a influenza é a principal forma de prevenção. “Ao ser vacinado, você evita desenvolver formas graves da doença. E ao ter quadros de gripe, eles serão infinitamente mais leves”, ressalta Victor Horácio.

Em Curitiba, a vacina está disponível para toda a população a partir dos 6 meses de idade. Os endereços e horários estão disponíveis no site Imuniza Já Curitiba. Desde o início de 2025, foram confirmados 10.635 casos e 523 óbitos por síndrome respiratória aguda (SRAG) hospitalizado no Paraná. Desses, 991 casos e 85 óbitos por influenza, sendo que dentre as mortes apenas nove eram de pessoas vacinadas contra a gripe.

Além da vacinação, manter hábitos saudáveis é fundamental. Entre eles, seguir uma alimentação adequada, ter uma rotina de exercícios físicos e sono regulado, bem como evitar aglomerações em ambientes fechados e mal ventilados.

Quais são os tipos e riscos da influenza?

Existem diferentes tipos de gripe causados por vírus distintos, sendo a influenza A o mais comum, com subtipos H1N1 e H3N2. O H3N2 é um dos principais responsáveis, com alta transmissibilidade por meio de gotículas expelidas ao tossir ou espirrar. Os sintomas costumam durar cerca de cinco dias, mas a pessoa pode continuar transmitindo o vírus por até 14 dias, com maior risco de complicações.

Já o H1N1, conhecido como gripe suína, atinge principalmente o nariz, a garganta e os pulmões. Em casos graves, pode haver comprometimento da oxigenação, sendo necessário acompanhamento médico rigoroso e, em alguns casos, uso de aparelhos respiratórios.

Quando não tratada adequadamente, a infecção pode evoluir para complicações graves, como a pneumonia, especialmente em grupos de risco, como as crianças. “São complicações frequentes desse vírus a pneumonia e, dependendo do grupo afetado, pode ser causa de mortalidade”, alerta o infectologista pediátrico.

O Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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