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Vilma Pinheiro: a profissional que realizou o sonho de ser enfermeira no Pequeno Príncipe
“O que você quer ser quando crescer?” Sempre, ao ser questionada sobre o futuro, a colaboradora Vilma Pinheiro dizia que tinha o sonho de cursar Enfermagem e cuidar de crianças. Ao sair de sua cidade natal no norte do Paraná, encontrou a oportunidade de atuar no Pequeno Príncipe como servente de limpeza. Com muita dedicação e comprometimento, a profissional agarrou as oportunidades e tornou-se enfermeira no maior hospital pediátrico do Brasil.
Um sonho perfeito
“Na minha cidade, os serviços disponíveis para contratação eram, basicamente, em fábrica de costura ou de calçado. Mas não me via em nenhum desses ramos. Queria muito trabalhar na área da saúde e cuidar de crianças. Sempre sonhava com mais. Na época, eu era recém-casada e meu irmão morava em Curitiba. Nas férias, ele voltou para nossa cidade e disse que seria muito bom se mudássemos também. Quando cheguei na capital, conheci a Dona Maria, que morava no mesmo bairro que eu. Na época, ela trabalhava como supervisora da limpeza no Pequeno Príncipe e me orientou a fazer meu currículo. Nem sabia direito o que escrever nele, porque em Tapejara eu trabalhava como diarista. Nunca tinha me inscrito para uma vaga formalmente assim. Mas, depois da entrevista com a psicóloga no RH – que ficava no lugar onde é o Santander hoje – deu tudo certo e entrei no meu primeiro emprego registrada, como servente de limpeza.”
Acreditar e realizar
“Depois de atuar durante oito meses no setor de Higienização, fui para a Copa. Na época, eu atendia o quarto andar, onde era a antiga sala das Irmãs. Como tinha o sonho de trabalhar na assistência ao paciente, me voluntariei para um estágio na área da enfermagem, no qual eu só observava. Me via nisso. Me senti realizada! Não desperdiço as oportunidades e, em meio a isso, pude voltar a estudar. O Hospital me deu a chance de fazer o curso para auxiliar de enfermagem. Trabalhava 12 horas e estudava à noite. Terminei e já emendei o técnico. Até que pude fazer a graduação em Enfermagem na Faculdades Pequeno Príncipe, também graças à instituição, que disponibilizou o desconto por meio do Programa Valorizando Talentos. Finalmente, realizei meu sonho de criança, me tornei enfermeira!”
“Esse lugar é mágico e considero a minha casa. Aqui, realizei todos os meus sonhos e isso é meu maior presente.”
Orgulho de pertencer
“Comecei minha trajetória na enfermagem no Posto 21 e é onde estou hoje. Mas, de lá para cá passei por todos os postos, além da UTI da Cardiologia e UTI Neonatal. Agradeço eternamente ao Hospital Pequeno Príncipe por todas as oportunidades que tive. Esse lugar é mágico e considero a minha casa. Aqui, realizei todos os meus sonhos e isso é meu maior presente. Sou muito feliz com minha profissão e digo que só saio daqui quando tiver que me aposentar. Mesmo estando há 24 anos, sei que tenho muito o que aprender diariamente.”
Cuidado que não se mede
“Tantas histórias me marcaram nesses anos… Uma delas, foi da paciente Daiane, que eu atendi quando estava na enfermaria da Cardiologia. Ela era um bebê e tinha a mãe muito nova, então ajudávamos a cuidar com muito amor e carinho. Lembro que ia embora, mas minha cabeça ficava aqui, pensando nela. Atendi a Dai durante todos os anos que esteve internada. Ela faleceu um dia depois que eu fiquei cuidando. Marcou muito minha trajetória na enfermagem. Outra história que me recordo foi de uma paciente que não mamava de jeito nenhum na mamadeira e comecei a dar no copinho e ela amou! Como ela ficou desde recém-nascida e até completar 4 meses, me apeguei muito. Quando foi embora, fiquei preocupada de como seria esse cuidado fora daqui. Mas, deu tudo certo e ela nem precisou mais fazer tratamento no Hospital!”
Um amor sem fim
“O centenário foi tão emocionante. Fico muito feliz e grata em fazer parte dessa história. Tenho muito orgulho. E olha, não é só porque eu trabalho aqui, mas digo para todos que esse Hospital é de primeiro mundo. Confio, admiro e indico para quem me perguntar. Além disso, é muito bom esse contato com os familiares, pacientes e demais colaboradores. Aprendo muito. Deixo um pouco de mim e levo um pouco de cada um comigo.”
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