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Victor Horácio de Souza Costa Júnior: uma vida dedicada à causa da saúde infantojuvenil
Atuando no Pequeno Príncipe há mais de 20 anos, o vice-diretor técnico e coordenador de ensino, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, já viveu muitas histórias marcantes no maior hospital pediátrico do Brasil. Ele destaca o pioneirismo da instituição na formação de profissionais da saúde e a importância da constante busca em oferecer o que há de melhor na assistência como diferenciais que tornam a instituição única.
A trajetória no maior hospital pediátrico do país
“Eu fazia voluntariado no Pronto Atendimento do SUS aqui do Hospital, na época da faculdade, em 1996. Logo que me formei, iniciei a residência no Pequeno Príncipe e estou até hoje. Estar todo esse tempo na instituição é muito legal, porque passei por diferentes áreas. Comecei trabalhando na Infectologia, passei a fazer internações, plantão como supervisor no Pronto Atendimento do SUS e plantão na Emergência Convênios. Quando finalizei meu doutorado, em meados de 2011, assumi a coordenação do Programa de Residência em Pediatria Hospital Pequeno Príncipe.”
Momentos marcantes no Pequeno Príncipe
“Alguns momentos nessa minha trajetória no Hospital foram muito marcantes. O primeiro deles foi assumir a coordenação do Programa de Residência em Pediatria. Depois, o convite do Dr. Donizetti para ser vice-diretor técnico do Pequeno Príncipe, por conta de eu ter características vinculadas ao ensino, que complementam o cunho de formação médica do Hospital. O terceiro, foi um momento muito difícil: o fechamento do Pronto Atendimento do SUS em 2019, porque eu estava na linha de frente como porta-voz e, em toda nossa história, nunca tínhamos fechado o PA por tanto tempo. A pandemia do H1N1 também foi um momento muito marcante em minha trajetória, porque internamos mais de 300 crianças. Na época, a da Dra. Maria Cristina da Silveira me ajudou muito no atendimento dos pacientes. Todas as crianças evoluíram muito bem. Agora, estamos com o coronavírus, mas as crianças estão em isolamento social e isso está fazendo a diferença para que elas não peguem tanto esse vírus que conhecemos tão pouco ainda.”
O constante crescimento da instituição
“O Hospital não parou em sua evolução e isso faz toda a diferença. Na medida em que a pediatria foi crescendo, o Pequeno Príncipe se tornou uma especialidade de doenças mais complexas, acompanhou essa evolução, e isso faz a diferença para sermos reconhecidos como referência no atendimento de crianças. Temos muita sorte de contarmos com uma equipe que permite que os médicos estejam cada vez mais atualizados e utilizem novos recursos para diagnosticar doenças difíceis, que é o que aparece muito hoje. E, é exatamente visando o diagnóstico de doenças difíceis, que a Residência em Pediatria passou de 2 para 3 anos em todo o território nacional, e o Pequeno Príncipe fez parte do grupo pioneiro que iniciou esse processo.”
A satisfação em compartilhar conhecimento
“O Pequeno Príncipe é um hospital conveniado com várias universidades e as disciplinas de pediatria dessas faculdades são sempre elegidas como a melhor matéria do curso de Medicina. Isso é gratificante para nós enquanto médicos formadores e como instituição que valoriza o ensino. Além disso, o Pequeno Príncipe permite conciliar nossa carreira docente com a carreira de médico. Para falarmos de um assunto para os alunos, precisamos ter a experiência prática naquilo. Temos uma gama de pacientes muito diferentes e de casos complexos, o que faz com que possamos melhorar a cada dia nossa formação. É interessante ver que muitos residentes continuam aqui e, muitas vezes, são convidados a dar aulas até mesmo fora do estado. Ficamos muito gratos por ver que nossos egressos estão muito bem como pediatras e quando vemos que nossa residência em pediatria está cada vez mais concorrida. Durante a residência, percebemos o reconhecimento que o Hospital oferece para a formação médica, com estrutura adequada, recursos tecnológicos e práticas de humanização.”
Histórias inesquecíveis
“Eu tive alguns pacientes que me marcaram muito. Entre eles, dois pacientes que as mães estiveram presentes em vários momentos da minha vida, devido à consideração que possuem. Agora, com a pandemia do coronavírus, recebi mensagens das duas perguntando se está tudo bem comigo. Foram pacientes que me marcaram pela complexidade dos casos e por suas famílias, que apesar da perda de um filho, reconhecem o Pequeno Príncipe e veem no médico um apoio. Hoje, eu já atendo os filhos dos meus ex-pacientes. Em minha especialidade, vejo crianças muito graves e, quando eu abro a porta do consultório e vejo elas brincando, é muito gratificante.”
Um hospital de crianças centenário
“Para uma instituição como o Pequeno Príncipe, pediátrica, filantrópica e que tem uma missão de humanização, completar 100 anos é um mérito que eu não conheço outro hospital no mundo com características iguais. Isso é mérito de todos os profissionais que estão aqui com a missão de cuidar das crianças. Isso é o motor que faz o Pequeno Príncipe durar estes 100 anos e os muitos anos que estão por vir. Esse momento de pandemia que estamos vivendo é difícil, mas vai abrir uma nova visão de futuro para toda a sociedade, uma visão mais humana e solidária. Há uma frase que fala que ‘a partir de suas grandes dificuldades ou grandes decepções, metabolize e, a partir delas, faça acontecer grandes vitórias’.”