Sandra Melek: dedicação e paixão pela terapia intensiva

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Sandra Melek: dedicação e paixão pela terapia intensiva

“E os pacientes e pais que saem daqui são muito agradecidos, e isso proporciona muita satisfação para nós. É uma honra fazer parte dessa instituição! O Hospital para mim é minha casa; muitas vezes passo mais tempo aqui do que com a minha família”
22/04/2024
Sandra Melek
A médica Sandra Melek começou a carreira no Hospital Pequeno Príncipe como estagiária e hoje é coordenadora da UTI Geral e UTI Cirúrgica.

A escolha da médica Sandra Melek pela pediatria foi motivada pelo amor à criança e pela vontade de ajudar. Sua história se entrelaçou com a do Hospital Pequeno Príncipe quando iniciou a sua vida acadêmica na medicina e teve na instituição o seu primeiro contato com a especialidade pediátrica. Desde então, a dedicação ao cuidado intensivo dos pequenos pacientes moldou sua carreira. Ao longo de quatro décadas, a médica enfrentou desafios e evoluiu junto com a instituição – que passou de uma para quatro unidades de terapia intensiva (UTIs). A profissional, que começou a carreira como estagiária, hoje é coordenadora da UTI Geral e UTI Cirúrgica e atua na busca pela excelência e compromisso pela vida.

O início no Pequeno Príncipe

“Sou de Maringá e vim para Curitiba fazer cursinho para a faculdade de Medicina. Sempre gostei de desafios e tinha o desejo de ajudar também. Então, foi um fator importante para minha decisão. Fui a primeira médica da família e acabei inspirando outras mulheres, como irmã e sobrinha. Fiz a faculdade na PUCPR e meu primeiro contato com crianças foi em um estágio no último ano, no Pequeno Príncipe. E, assim, percebi que era com os pequenos que eu queria atuar. Então, em 1985, iniciei a minha residência de pediatria no Hospital.”

A escolha pela terapia intensiva

“Não existiam residências de terapia intensiva aqui em Curitiba. E ainda estava engatinhando a residência da especialidade no Pequeno Príncipe, no entanto já existia a nossa UTI pediátrica. O médico Ismar Strachman me convidou para participar do grupo. Entrei como plantonista, em 1987, e nunca mais saí. Com o tempo, fiz a prova de título de especialista, pois quando você trabalha por muito tempo em uma UTI há essa possibilidade.”

Crescimento e reconhecimento

“No começo não tinha essa separação de unidades de terapia intensiva como é hoje, era uma só. Então, essa já foi uma grande diferença ao longo desses anos. Cresceu muito o serviço dentro do Pequeno Príncipe. E é isso que proporciona o suporte para que aconteçam cirurgias grandes. A alta complexidade só acontece porque existe terapia intensiva. Ao longo desses anos, percebi também um grande fluxo de crianças do Brasil inteiro vindo para cá. O Hospital tornou-se reconhecido nacionalmente, e recebemos pacientes de todos os lugares.”

Trajetória no Pequeno Príncipe

“Em 2023, tive o convite para fazer parte da coordenação da UTI Geral e UTI Cirúrgica. Além disso, desde setembro de 2022, sou médica diarista, ou seja, passo todos os dias orientando a equipe sobre cada paciente. A minha dedicação exclusiva é ao Pequeno Príncipe! Aqui, vivencio trocas entre as equipes que são muito produtivas – é uma parceria imensa entre todas as especialidades e equipes multidisciplinares.”

Aprendizados constantes

“O maior desafio em trabalhar na terapia intensiva é, antes de tudo, vencer a própria ansiedade. Isso porque temos uma ansiedade muito grande de cura. É preciso ter calma, prudência, e agir no momento certo.  O time tem que ser adequado, a vigilância é contínua. E, unido a tudo isso, temos que vencer a ansiedade e estar sempre atualizados. A atualização é um pouco difícil quando se trabalha muito. Mas ficar um ano sem estudar medicina, por exemplo, torna você totalmente defasado.”

Desafio e superação

“Há dez anos, recebi o diagnóstico de câncer de mama. Fiz cirurgia, radioterapia, quimioterapia. Lidei com a perda de cabelo, de energia, de parte do corpo. Parei praticamente por dois anos para fazer o tratamento e me curar. Até então não tinha histórico de câncer de mama, mas na família do meu pai tinha muito câncer de tudo que possa imaginar. Hoje eu tô curada, trabalhando com muita energia. A minha vida é a CDC – antes do câncer e depois do câncer. Hoje tenho mais empatia e me coloco ainda mais no lugar do paciente. Costumo dizer que quem tem um câncer e continua com a vida igual, depois, não aprendeu nada.”

Amor pela profissão

“Gosto muito de ver resultado. Então, quando uma criança sai com qualidade de vida, nossa, isso é gratificante. Isso traz um bálsamo para nós, que lidamos com questões muito tristes, agudas e crônicas também. Existe aquele mito de que quem entra na UTI vem para morrer, mas não é assim, a medicina evoluiu muito. E os pacientes e pais que saem daqui são muito agradecidos, e isso proporciona muita satisfação para nós. É uma honra fazer parte dessa instituição! O Hospital para mim é minha casa; muitas vezes passo mais tempo aqui do que com a minha família.”

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