Rosemar de Almeida: uma jornada de evolução dentro do Hospital

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Rosemar de Almeida: uma jornada de evolução dentro do Hospital

“A mensagem que deixo para meus colegas é que tudo valeu a pena. O que fazemos com amor sempre vale a pena. O Pequeno Príncipe para mim é uma porta que se abriu, uma oportunidade que eu recebi quando precisei.”
09/12/2024
Rosemar de Almeida encerra uma trajetória de 26 anos no Pequeno Príncipe, que iniciou na lavanderia e evoluiu para a enfermagem.

Quando iniciou sua trajetória no Hospital Pequeno Príncipe, há 26 anos, Rosemar de Almeida não sabia que a instituição se tornaria um marco tão importante em sua vida pessoal e profissional. Ela evoluiu dentro do Hospital, pois iniciou como servente na lavanderia e se tornou técnica de enfermagem. Para Rosemar, o Pequeno Príncipe foi mais do que um lugar de trabalho, foi um espaço onde cresceu, aprendeu e encontrou um propósito. Agora, ao encerrar esse ciclo, reflete sobre sua jornada e deixa uma mensagem de gratidão e amor.

Um começo inesperado

“Não tinha planos de seguir para a enfermagem. Pensava que seria difícil, que não tinha o perfil e que não conseguiria lidar com as situações. Trabalhar em um hospital não estava nos meus planos. Quando estava desempregada, fui apresentada a uma oportunidade de trabalho no Pequeno Príncipe por um familiar que já trabalhava aqui. Assim, comecei no Setor de Lavanderia. No primeiro dia, achei que não ia voltar mais, que não ia passar nem pela experiência. Mas continuei.”

A descoberta da paixão pela enfermagem

“A profissão de técnica de enfermagem foi um plano de Deus em minha vida. Na época que eu estava na lavanderia, surgiu a oportunidade de fazer o curso gratuitamente. Fui atrás e consegui uma bolsa integral. Quando terminei, fiz a prova e vim trabalhar na Unidade de Internação – Posto 21. Descobri o quão maravilhoso é trabalhar na enfermagem. Peguei gosto pela profissão. Nas folgas, eu sentia falta daqui e das crianças.”

Pessoas especiais no caminho

“Nessa trajetória, conheci muitas pessoas que me marcaram. Ainda na lavanderia, eu tinha uma colega que eu chamava de Dona Maria. Ela me ensinou muito, e nos tornamos uma dupla. Quando tive a chance de fazer o curso técnico em enfermagem, ela me apoiou muito. Foi como uma mãe e conselheira para mim, me incentivando a seguir em frente. E quando fui para o Posto 21, alguém que foi muito especial para mim foi a enfermeira Giovana Cancelli. Ela me acolheu muito bem e foi um espelho, tanto como profissional quanto como pessoa.”

Vínculos com os pacientes

“Aprendi muito no trabalho e fui me apaixonando cada vez mais pela enfermagem. Tive pacientes que cuidei, que já casaram, tiveram filhos. Tenho muitas lembranças boas, como uma paciente que conheci com 3 meses, e criamos um vínculo. Até hoje ela me pede a bênção. Trabalhar com crianças é especial. Elas representam a vida, a alegria, a pureza. Não tem palavras para descrever. Elas são corajosas, fortes e nos ensinam muito todos os dias.”

“A mensagem que deixo para meus colegas é que tudo valeu a pena. O que fazemos com amor sempre vale a pena. O Pequeno Príncipe para mim é uma porta que se abriu, uma oportunidade que eu recebi quando precisei.”

O legado e a gratidão

“Tudo que vivi aqui foi um aprendizado que vou levar para a vida. Mudou muito, tanto na estrutura física quanto nos processos. Conheci muitas pessoas, equipes que passaram por aqui. A mensagem que deixo para meus colegas é que tudo valeu a pena. O que fazemos com amor sempre vale a pena. O Pequeno Príncipe para mim é uma porta que se abriu, uma oportunidade que eu recebi quando precisei. Hoje, estou encerrando esse ciclo, mas vou embora com o coração cheio de alegria e já sentindo saudade: 26 anos não são 26 dias – uma parte da minha vida está aqui dentro.”

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