Acompanhe os conteúdos também nas redes sociais do Pequeno Príncipe e fique por dentro de informações de qualidade – Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e YouTube
Mário César Vieira: o médico que implantou o Serviço de Gastroenterologia no Hospital
Curioso e impulsionado pela vontade de ajudar outras pessoas, o médico Mário César Vieira escolheu a medicina como profissão e ingressou na faculdade aos 16 anos. Sem saber dos desafios e surpresas que a carreira médica lhe reservava, o profissional encontrou seu propósito de vida nessa área. O pediatra se especializou em gastroenterologia pediátrica e foi o responsável por desenvolver, há 30 anos, a especialidade no Pequeno Príncipe.
Escolha pela medicina
“Sempre fui muito curioso e queria uma profissão que atendesse à minha curiosidade pelo desconhecido. Além disso, queria ter a oportunidade de ajudar as pessoas. Aos 16 anos entrei no curso de graduação de Medicina, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Aos 22 anos já estava formado e iniciei a residência médica em pediatria no Hospital de Clínicas da UFPR. Desde essa época já percebia as dificuldades em encaminhar pacientes que necessitavam de atendimento médico especializado. Analisando minha trajetória hoje, vejo que fiz a escolha certa. Sempre digo para os mais jovens que, para escolher uma profissão ou especialidade, o primeiro passo é saber com o que você realmente gostaria de trabalhar, tendo em mente que esta atividade vai fazer parte de sua vida ao longo das próximas décadas. Fazer algo que te deixa feliz vai naturalmente permitir que estude com mais prazer e vai deixá-lo mais bem preparado. Como consequência, um profissional melhor preparado vai ser mais reconhecido e valorizado. E, também, não deve esquecer de cuidar de sua qualidade de vida e saúde, dando atenção à família e amigos, e não deixando de praticar atividades de esporte e lazer. A medicina, assim como as outras profissões, é um desafio novo todos os dias. Mas se eu pudesse voltar aos meus 16 anos e alguém me perguntasse se eu faria medicina mesmo, eu diria que sim.”
Formação e chegada ao Pequeno Príncipe
“Na época em que me formei, os hospitais da região não tinham serviços de gastroenterologia pediátrica. Isso me incentivou a estudar e buscar formação na área. Fiz um estágio inicial no Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, por um tempo, e depois me mudei para a Inglaterra, onde fiz pós-graduação em Gastroenterologia Pediátrica, no St. Bartholomew´s Medical College, da Universidade de Londres. Tive a oportunidade de trabalhar com importantes nomes da medicina e me aprimorar profissionalmente. Quando voltei ao Brasil, em 1994, fui convidado pelo médico César Sabbaga, diretor-clínico do Pequeno Príncipe na época, para atuar no Hospital. Meu objetivo era implantar a especialidade de gastroenterologia pediátrica com alto padrão de atendimento. Em menos de um ano, começamos a realizar procedimentos diagnósticos e a organizar instalações adequadas para atendimento ambulatorial. E, em fevereiro de 1999, estabelecemos nossa unidade de endoscopia, aumentando a capacidade de realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Ao longo dos anos, concluí meu mestrado e doutorado em Medicina Interna também pela UFPR e fiz parte da criação do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia Pediátrica no Hospital Pequeno Príncipe, formando especialistas que atuam em diversas partes do Brasil.”
“O Pequeno Príncipe é o lugar onde passei grande parte do meu tempo nos últimos anos e é minha segunda casa.”
Histórias no Pequeno Príncipe
“O Pequeno Príncipe é o lugar onde passei grande parte do meu tempo nos últimos anos. Vi a transformação da instituição nas últimas três décadas. O Hospital é minha segunda casa. Além de poder contribuir diariamente para o atendimento das crianças e adolescentes em diversos setores da instituição, tenho muitos colegas e amigos aqui. O trabalho que realizamos é feito em conjunto para oferecer o melhor atendimento aos nossos pacientes. Ao longo da minha trajetória no Pequeno Príncipe, muitas histórias me marcaram, porque atendo pacientes todos os dias. Não consigo dizer qual foi mais marcante para mim, pois todas são. Tem alguns pacientes que ficam tão agradecidos que trazem panos de prato de presente, cocada que a mãe faz em casa, tudo para nos presentear. É muito gratificante perceber o reconhecimento por parte dos pacientes e familiares.”
Atuação no Serviço de Gastroenterologia e Endoscopia Pediátrica
“O Pequeno Príncipe é referência na área da gastroenterologia e endoscopia pediátrica. Hoje contamos com seis especialistas na equipe, atuando no serviço com comprometimento e dedicação. Nestes anos de atuação, publicamos dezenas de artigos em revistas científicas e capítulos de livros nacionais e internacionais, e participamos de centenas de congressos, seminários e simpósios no Brasil e no exterior. Já fizemos muito pelas crianças, mas o trabalho ainda está longe de ser concluído. Eu atuo para desenvolver um serviço que não só ofereça atendimento médico a crianças com distúrbios gastrointestinais, mas que também contribua para o desenvolvimento científico. Como médico pediatra, preciso ter a competência técnica, mas também preciso ter compreensão e empatia por cada criança e adolescente que atendo, para que eles superem as dificuldades que enfrentam, principalmente por conta das doenças, e usem todo o seu potencial de desenvolvimento e crescimento. Sou grato por fazer parte da comunidade internacional de gastroenterologia e endoscopia pediátrica, porque posso fazer a diferença na vida dos pacientes que atendo.”
- Veja também – Mais histórias inspiradoras como a de Mário César Vieira