Leonice Schmidt: a colaboradora que se dedica ao Hospital há mais de 27 anos

A técnica de enfermagem Leonice Schmidt veio do Rio Grande do Sul para Curitiba no início dos anos 1990, para acompanhar o marido. Ela já tinha experiência na área de saúde, prestando assistência a adultos. Ao chegar no Pequeno Príncipe, se deparou com o desafio de cuidar de crianças. Conheça um pouco mais sobre essa história repleta de superação e de muito aprendizado no maior hospital pediátrico do Brasil.

Incentivo para estudar

“Quando eu cheguei no Pequeno Príncipe, eu tinha até a 4ª série. Aqui, fui incentivada a estudar. Fiz supletivo e quando estava quase terminando a 8ª série, em meados dos anos de 1990, fui novamente motivada a continuar os estudos. Foi aí que fiz o auxiliar em enfermagem, no antigo RH. Depois engravidei, tive de deixar de estudar por um tempo, e, há três anos, me formei em técnica de enfermagem.”

Paixão no cuidado às crianças

“Quando comecei a trabalhar no Pequeno Príncipe, eu tinha muito medo por ser cuidados com criança. No primeiro dia, ao colocar o pé na porta do Hospital, deixei metade para dentro e a outra para fora e pensei: ‘tomara que não me chamem’, pois eu não sabia se teria condições de trabalhar com crianças. Eu tinha experiência mais com adultos. Mas hoje não troco! Os pequenos são mais verdadeiros, mais puros.”

Segunda casa

Posso dizer que o Pequeno Príncipe é a minha segunda casa. Adoro estar aqui. Nesses anos, sempre trabalhei no Posto 21 e tenho muito carinho por esse local. Apenas um mês, que cobri férias de uma colega em outro posto de enfermagem. Lembro que no passado, as medicações não vinham prontas da Farmácia. Eram preparadas no posto. Também cuidávamos de mais pacientes, pois não tínhamos a responsabilidade de registrar tudo no sistema. A tecnologia mudou nossa rotina na assistência, mas sabemos que é para o melhor.”

“O Pequeno Príncipe é um lugar muito especial para mim, com acolhimento familiar e profissional.”

Apoio nas horas boas e nas difíceis

“Meu marido teve câncer e adoeceu. Todos do Hospital me apoiaram muito, desde a chefia até o pessoal da CAC PP (Central de Atendimento ao Colaborador Pequeno Príncipe).  Percebo que a instituição está presente na minha vida nas horas boas e nas difíceis. Meu filho hoje tem 17 anos, mas teve 12 internações aqui. Logo que nasceu, já veio para a UTI do Pequeno Príncipe, passou por meningite viral, infecções recorrentes. Mas, hoje está superbem, com 17 anos e 1,85. O Pequeno Príncipe é um lugar muito especial para mim, com acolhimento familiar e profissional. Minha família não é daqui. Está toda no Rio Grande do Sul. E quando meu filho era pequeno contei muito com o apoio do Hospital. Ele ficou no Centro de Educação Infantil, aprendeu muito lá com as professoras, fomos muito bem acolhidos. Admiro o trabalho realizado. As crianças saem com um aprendizado maravilhoso.”

Vivências marcantes

“Todos esses anos de trabalho, nunca tive desentendimento com ninguém. Sou amiga dos médicos, em especial do dr. Vitor Palazzo, dr. Paulo Ramos e da dra. Maria Cristina da Silveira, inclusive com ela tenho uma história que nunca esqueço. Eu não conseguia puncionar um paciente e minha colega também não. A dra. Maria Cristina ficou sensibilizada e nos ajudou. Fizemos a medicação, ele melhorou e foi para casa bem. Outra história que lembro é com o dr. Paulo Liberalesso. Uma criança teve hemorragia e eu estava grávida na época. Comecei a passar mal e o dr. Paulo me orientou a sair da sala, quando voltei tudo estava resolvido e a minha admiração aumentou por ele.”

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