Heloisa Ihle Garcia Giamberardino: uma jornada de dedicação de cuidado à saúde

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Heloisa Ihle Garcia Giamberardino: uma jornada de dedicação de cuidado à saúde

“O Pequeno Príncipe representa a minha profissão, onde aprendi a ser médica de verdade. E essa é minha casa, pois desde o primeiro dia que cheguei foi amor à primeira vista. Poder escolher estar neste lugar é um privilégio.”
02/10/2023
Heloisa Ihle Garcia Giamberardino
Ao longo de quase 40 anos de dedicação ao Pequeno Príncipe, a médica Heloisa Ihle Garcia Giamberardino adquiriu valiosas experiências.

A médica Heloisa Ihle Garcia Giamberardino soube que queria seguir os passos de seu pai na medicina desde a infância. Com apenas 17 anos, ela ingressou na faculdade e, no quarto ano, seu coração foi conquistado pela pediatria. O amor pela área a levou a realizar um estágio no Hospital Pequeno Príncipe em 1984. E foi um encanto imediato pela dimensão da instituição exclusivamente pediátrica que a fez pensar: “Quero trabalhar aqui para o resto da minha vida.” Ao longo de quase 40 anos de dedicação, a profissional enfrentou diversos desafios, passou por três pandemias e adquiriu valiosas experiências. Atualmente, coordena o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe e o Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) do Hospital. Heloisa considera o Pequeno Príncipe sua segunda casa, onde aprendeu a ser uma verdadeira médica. Além disso, hoje pode ver sua filha seguindo seus passos na mesma instituição.

O sonho em ser médica e pediatra

“Sou natural de Campo Mourão (PR) e já pensava em ser médica desde criança, pois meu pai era médico e me incentivava a seguir essa área. Passei na Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná, ainda muito nova, com 17 anos. No quarto ano, já me apaixonei pela pediatria. E comecei a fazer estágio voluntário no Pequeno Príncipe. Fiz essa prova em 1984 e passei em primeiro lugar. Estudei muito, pois me falavam que se não entrasse no estágio não conseguia entrar na residência, e me dediquei demais para isso. Quando soube que tinha um hospital exclusivo de pediatria, me encantei. Como pode um hospital desse tamanho só para crianças? Pensei: ‘Quero trabalhar aqui para o resto da minha vida.’”

A realização em ser médica do Pequeno Príncipe

“Adorei muito o estágio e a forma que tudo era feito na instituição. Um hospital de crianças é muito diferente de um de adulto, tudo é mais lúdico. Ingressei em terceiro lugar na Residência em Pediatria e, em 1988, fui convidada a permanecer na instituição como pediatra. Na época, precisavam de um médico supervisor no Pronto-Atendimento (PA) SUS. E eu aceitei o desafio! Recebia os pacientes, encaminhava, organizava toda questão de vagas e trabalhava com os residentes. Aprendi muito, pois desde sempre atendemos casos muito variados e complexos. Já naquela época tínhamos várias especialidades, capacidade para realização de cirurgias – o Hospital já era muito avançado. Além de seis anos de dedicação no PA SUS, atuei também como médica plantonista na Emergência Convênios e Particular, mas parei quando engravidei, em 1996.”

O desafio das pandemias

“Já passei por três pandemias na minha vida. A primeira foi do HIV, depois a H1N1 e a mais recente, da COVID-19. Em 1994, o HIV explodiu no Brasil, e eu era chefe no PA SUS. Fui chamada para um programa no qual todos os hospitais tinham que fazer um treinamento. Naquela época, não tinha esse cuidado com uso de luvas, álcool, entre outras questões. E foi assim que percebi que teríamos que mudar muito nas condutas da instituição para preservar a segurança dos profissionais e pacientes. Após fazer uma especialização em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar, em 1996, fui chamada para assumir a coordenação do Serviço de Epidemiologia e  Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) do Hospital, que já existia, mas foi nesse momento que começou a se expandir.”

O cuidado em saúde por meio das vacinas

“Em 1999, tínhamos muitos casos de doenças infectocontagiosas e houve o crescimento das vacinas. Na época, fazíamos a aplicação de vacinas dentro do Hospital. E levei a possibilidade de abrirmos um centro de vacinas, pois sabia do aumento da procura por clínicas particulares e até mesmo acesso aos imunizantes que não eram disponibilizados na rede pública. Então, abrimos o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe em uma sala onde é o Laboratório de Análises Clínicas hoje. Mas não tinha estacionamento e era pequeno para nossa demanda. Até que surgiu a oportunidade de virmos para a casa que estamos hoje, com a estrutura perfeita para atender todos os públicos.”

A história que marcou e ensinou

“Quando ainda trabalhava no PA SUS, lembro de um surto grande de meningite meningocócica [infecção das membranas que recobrem o cérebro]. Recebíamos de oito a dez pacientes com essa doença, de forma grave. Lembro de um menino que chegou no tempo certo para diagnóstico e tratamento, mas a doença era tão fulminante que, infelizmente, perdeu os dedinhos da mão. Pensava: ‘Que doença triste, quando teremos vacina para isso?’ Quando surgiu, já fui logo vacinar a minha filha e indicar a todos. Eu vi as doenças acontecerem de fato, não é uma história contada. Por isso defendo e sempre defenderei as vacinas.”

“O Pequeno Príncipe representa a minha profissão, onde aprendi a ser médica de verdade. E essa é minha casa, pois desde o primeiro dia que cheguei foi amor à primeira vista. Poder escolher estar neste lugar é um privilégio.”

Um amor à primeira vista

“Ao olhar para trás, vejo que faria as mesmas escolhas. Não mudaria nada na minha trajetória. Vivenciei todo esse grande avanço da medicina. Passaram-se 40 anos, mas foram 40 anos de muito estudo, dedicação e aperfeiçoamento. E sempre tive o apoio e incentivo para isso. O Pequeno Príncipe representa a minha profissão, onde aprendi a ser médica de verdade. E essa é minha casa, pois desde o primeiro dia que cheguei foi amor à primeira vista. Poder escolher estar neste lugar é um privilégio. E para além da vida profissional, o Hospital representa também minha vida pessoal, já que nele conheci meu marido, minha filha é residente de pediatria aqui e tenho uma verdadeira família com os meus colegas de trabalho.”

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