Hélcio Spitzer: o profissional que deixou São Paulo para conquistar um sonho

Sonhar move o ser humano, e foi um sonho que moveu Hélcio Spitzer a sair de São Paulo e vir para Curitiba atuar no Pequeno Príncipe. Há três anos na instituição, Hélcio é enfermeiro auditor no Setor do Faturamento e sente orgulho de fazer parte de um Hospital centenário. O enfermeiro já presenciou muitas histórias no Pequeno Príncipe e hoje também compartilha sua experiência na área de auditoria lecionando na Faculdades Pequeno Príncipe.

Nova jornada

“Eu morava em São Paulo e queria voltar Curitiba, então eu sempre olhava vagas de emprego para enfermeiro na capital. Um dia, achei uma no Hospital Pequeno Príncipe. Eu já estava formado e concluindo uma pós-graduação em Auditoria, mas a oportunidade era para alguém que já tivesse concluído a pós. Mesmo assim, mandei o currículo. Alguns dias depois, o Setor de Recursos Humanos entrou em contato comigo e marcamos a entrevista, que durou cerca de 3 horas. Uns dias depois, eles retornaram dizendo que eu tinha sido selecionado. Eu deixei tudo em São Paulo e vim trabalhar aqui. É claro que sinto muita saudade da minha família que ficou em São Paulo, mas vim atrás de um sonho.”

Contribuição profissional

“Depois que fui contratado  no Pequeno Príncipe como enfermeiro auditor, eu continuei minha pós-graduação e consegui finalizar essa etapa da minha vida. Hoje, além da minha função no Setor de Faturamento, eu também estou como professor da Faculdades Pequeno Príncipe, desenvolvo aulas práticas no curso de pós-graduação em Auditoria, e já tive a oportunidade de orientar alunos e participar da banca de avaliação. Parte da minha responsabilidade como enfermeiro auditor é orientar os novos colaboradores da instituição na Semana de Integração, realizar treinamentos com toda a equipe de enfermagem e trabalhar em conjunto com os colaboradores do Setor de Faturamento, para que os materiais e medicamentos tenham um custo adequado. Eu também faço parte da CIPA e Brigada de Incêndio. Percebo que aqui tive a oportunidade de aprender muito no Hospital, para além da minha função.”

Histórias que marcam

“Eu aprendi muito trabalhando no Hospital e vi histórias bem marcantes também. Já presenciei uma criança conversando com a mãe e dizendo que não queria ir embora, porque não teria uma comida tão saborosa quanto a do Hospital em casa. São momentos que ficaram na minha memória. Teve um dia, que eu estava chegando para trabalhar, era de manhã, o tempo estava frio, e tinha uma mãe com uma criança de colo na entrada histórica do César Pernetta. A mãe precisava de auxílio para localizar o guichê de atendimento e trocar a fralda do bebê. Eu me ofereci para ajudar e segurei a bolsa para fazer a troca. Quando ela começou, eu percebi que o bebê não usava fralda descartável, mas um pano, e uma esponja dentro, para absorver a urina. Conversando com a mãe, descobri que ela reutilizava o pano e a esponja. O fato me marcou tanto que eu não pude ser indiferente. Mandei mensagem para os moradores do prédio em que eu morava e arrecadei fraldas descartáveis, muitas pessoas ajudaram. Fiz a entrega das doações à mãe, queficou muito feliz e me agradeceu. Isso é algo que eu nunca vou esquecer.”

“A instituição fez 100 anos e eu sinto muito orgulho de fazer parte desta história. É muito gratificante, porque demonstra comprometimento de todos os envolvidos.”

Sentimento de gratidão

“A instituição fez 100 anos e eu sinto muito orgulho de fazer parte desta história. É muito gratificante, porque demonstra comprometimento de todos os envolvidos, não só o meu, mas de todos os outros colaboradores também. Não me vejo trabalhando em outro lugar. Enquanto eu puder ficar aqui, eu ficarei. Hoje sou muito feliz e tenho o coração cheio de gratidão.”

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