Evelise Tissori Vargas: a primeira residente de Nefrologia do Hospital

Evelise Tissori Vargas teve seu despertar pela medicina ainda na infância. Natural de União da Vitória, formou-se pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e se especializou em pediatria e nefrologia no Hospital Pequeno Príncipe. A médica foi a primeira residente de nefrologia da instituição e se destacou em sua área desde o início. Hoje, atua também como preceptora, repassando seus aprendizados a demais profissionais. Apaixonada pelo cuidado infantil, ela enxerga que sua profissão vai além dos tratamentos, pois evolve carinho e empatia.

Encontro com a medicina

“Quando era criança, meu irmão sofreu um acidente na escola e precisou ir ao hospital. Ao visitá-lo, não me deixaram entrar no quarto, porque eu tinha apenas 9 anos e o estado dele podia me chocar. Foi nesse momento que eu decidi que queria ser médica, porque eu gostei muito de entrar em um hospital e não queria mais ser barrada. Na minha adolescência, saí da minha cidade natal, União da Vitória, e vim para Curitiba para estudar para o vestibular. Passei em Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e me formei em 1997.”

Escolha pela pediatria

“Até meu último ano na faculdade, meu desejo era seguir pela ginecologia obstétrica. Mas em um estágio de pediatria, em que eu estava em uma maternidade, me apaixonei pelas crianças. Quando os bebês nasciam, eu ia atrás para acompanhar os cuidados. Diziam para mim: ‘Nós vamos perder uma ginecologista e a pediatria vai ganhar uma pediatria.’ Então vim para o Pequeno Príncipe fazer minha residência. Primeiro, a de Pediatria e, dois anos depois, a de Nefrologia. Fui a primeira a completar a Residência de Nefrologia.”

Paixão pela preceptoria

“Na residência, é como se entrássemos com uma malinha vazia. Com o tempo, ela vai se enchendo com as coisas que você considera importante, que são modelos, exemplos e formas de tratar as pessoas. Quando eu fiz residência, convivi com muitos profissionais que ajudaram na minha formação profissional. Sinto que, por meio da preceptoria, contribuo para a formação dos residentes e, ao mesmo tempo, aprendo muito com eles, pois a troca é mútua.”

Além do cuidado médico

“O que mais me marca na medicina é o contato com as crianças. Atendê-las é uma experiência muito diferente de atender adultos, pois elas são extremamente honestas em seus sentimentos e reações. Tenho muitas histórias de pacientes que me marcaram, como uma menina que presenteei com um vestido, e ela gostou tanto que vinha para todas as sessões de hemodiálise o usando. Para mim, isso representa como os cuidados com os pacientes vão além da medicação ou do tratamento, é sobre carinho também.”

“O Pequeno Príncipe representa a base da minha formação como médica. Aqui, não só aprendi sobre a medicina, mas também sobre carinho e resiliência.”

Aprendizado constante

“Desde que comecei no Pequeno Príncipe, a evolução do Hospital tem sido impressionante. É evidente o crescimento em várias áreas, tanto técnicas quanto estruturais. Já tinha uma noção de que o Hospital se expandiria, pois é um local onde há muito investimento e esforço para melhorar, e cresci junto com ele. O Pequeno Príncipe representa a base da minha formação como médica. Aqui, não só aprendi sobre a medicina, mas também sobre carinho e resiliência.Cada dia é uma nova oportunidade de aprender e crescer, e isso é o que mais valorizo na minha trajetória.”

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