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Dagmar Ferreira: um sonho realizado em cada costura
Vinda de Ibaiti, no norte do Paraná, Dagmar Ferreira mudou-se para Curitiba acompanhando o esposo na busca por emprego. Inspirada pela mãe e pelas avós, aprimorou sua habilidade na costura e chegou ao Pequeno Príncipe em 2013 – realizando o sonho de trabalhar com o que ama em uma grande instituição. Ao longo de 10 anos atuando no Hospital, entre botões, linhas e tecidos, arrematou em cada ponto um pouco de seu amor e carinho pelo ofício.
Uma habilidade bem familiar
“Eu já sabia manusear um pouco a máquina de costura. Minha mãe tinha uma maquininha de pedalar e, às vezes, eu mexia. Fazia pequenos ajustes, mas não sabia fazer roupas, por exemplo. Em 2009, minha irmã ficou sabendo de um curso de costura em uma escola perto de onde trabalhava, e me avisou que as matrículas estavam abertas. Comecei o curso de modista e peguei bem rápido as técnicas, até porque a costura já estava no sangue – minhas duas avós eram costureiras também. Depois fiz o curso de costura industrial e, assim, apareceu a primeira oportunidade para começar a trabalhar nessa área.”
Encontro com o Pequeno Príncipe
“Depois de algumas experiências ruins trabalhando com costura, em 2013, fiquei desempregada. Cadastrei meu currículo e, para minha alegria, o Hospital me encontrou. Me ofereceram uma proposta de emprego, mas estranhei porque nem imaginava que poderia ter um setor no Hospital dedicado à costura. A primeira coisa que pensei foi: ‘Mas eu não sou enfermeira, deve ser um engano’. Não conhecia muito o Hospital, tinha tido um único contato com a instituição até então. Fiz a entrevista, me explicaram sobre a vaga e fiquei surpresa com a oportunidade. Era meu sonho trabalhar com costura industrial em um lugar como o Pequeno Príncipe: grande e com um propósito nobre. Naquele mesmo dia, quando cheguei em casa, me ligaram para avisar que eu seria contratada. Fiquei muito feliz, e desde esse dia já se passaram 10 anos.”
Costura com um propósito
“Nós não temos contato direto com os pacientes e seus familiares. Mas um dia, chegou um pedido para a equipe da Costura: um menino, que fez transplante de coração, estava recebendo alta e precisava de pijamas quentinhos para o frio, mas a família não tinha condições para comprar. Fizemos todas as peças e ficaram lindas. Um tempo depois, já recuperado, ele veio com a mãe nos visitar e ficamos muito felizes. Também teve outro paciente que ganhou roupinhas, mas não conseguiu usar nenhuma. Ele tinha uma má formação na cabeça, por conta de uma doença, e não conseguia vestir as camisetas. Eu e uma colega fizemos ajustes nas peças e a mãe ficou muito grata pela nossa ajuda. Foi um momento emocionante, porque percebi como nosso trabalho tem um propósito maior.”
“Sempre digo que estar aqui é a realização de um sonho. Amo o que faço e cada dia é uma conquista, com muitos aprendizados.”
Um sonho realizado
“Sempre digo que estar aqui é a realização de um sonho. Amo o que faço e cada dia é uma conquista, com muitos aprendizados. Só tenho gratidão. Às vezes paro para pensar em tudo que vivi e conquistei nesses anos e fico imaginando: ‘Meu Deus, como eu sou feliz no meu trabalho!’. Me dou bem com todas as pessoas aqui e aprendo um pouquinho com cada colega, pois cada um tem uma história de vida – e saber disso, conhecer as pessoas que passam por aqui, nos faz amadurecer muito. Fazer parte dessa história centenária que o Hospital tem é gratificante. Com certeza a Dagmar de hoje é bem diferente daquela de 10 anos atrás.”
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