Ayrton Aranha: inspirado no cuidado e paixão pela cirurgia pediátrica

Ayrton Aranha sempre enxergou seu pediatra como um verdadeiro amigo, e foi essa relação que o inspirou a seguir a carreira médica e a pediatria. Desde 2006, ele se dedica ao Hospital Pequeno Príncipe e atua como cirurgião pediátrico nas áreas de urologia, transplante renal e oncologia cirúrgica. Sua trajetória é pautada pelo compromisso em oferecer o melhor cuidado aos seus pacientes, refletindo seu amor pela profissão.

A escolha pela medicina

“Embora eu tenha um tio médico, não tive uma influência direta para decidir por medicina. Sempre gostei da parte assistencial, de trabalhar com pessoas. Antes de optar por iniciar os estudos na área da saúde, cheguei a cursar dois anos e meio de Engenharia Eletrônica na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). Mas deixei para fazer Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e foi aí que iniciou minha trajetória.”

Influência pela pediatria

“Antes de decidir pela área cirúrgica, eu já pensava na pediatria. Desde criança, eu tinha essa afinidade por causa do meu próprio pediatra, que chegou a atuar no Pequeno Príncipe. Ele era alguém por quem eu tinha muita consideração e meu amigo de verdade. Foi uma inspiração para mim. Durante a faculdade, fui testando várias especialidades em estágios, e no quarto ano comecei a me envolver mais com a cirurgia pediátrica.”

Trajetória no Pequeno Príncipe

“Em 2006, vim para o Pequeno Príncipe para me especializar em urologia pediátrica. O médico Antônio Ernesto da Silveira foi fundamental, pois ele me convidou para vir para cá realizar uma especialização em urologia e atuar com ele. Mais tarde, a partir de 2015, eu comecei a me envolver com a cirurgia oncológica também. É uma área que eu gosto bastante. Exige uma abordagem multidisciplinar e um acompanhamento próximo, pois o paciente oncológico demanda muita atenção e cuidado.”

Histórias que marcaram

“Muitas histórias marcam a trajetória ao longo desses anos. Mas uma das mais impactantes foi a de uma menina com um tumor abdominal muito grande. Ela foi a primeira paciente no Paraná a passar por um procedimento chamado HIPEC, em que se coloca quimioterapia aquecida dentro da barriga. Ela ficou bem por um tempo, mas o tumor recidivou e, infelizmente, ela faleceu. A mãe dela ainda me manda mensagens até hoje. Esse caso me motivou muito a me envolver mais com a oncologia pediátrica.”

Evoluções constantes

“Houve grandes avanços no Pequeno Príncipe desde que entrei, especialmente na parte técnica. O material cirúrgico, as condições das salas de cirurgia, tudo melhorou bastante. Hoje, temos recursos para operar qualquer tipo de paciente, e essa busca constante por melhoria é algo que valorizo muito aqui. O Hospital continua focado em oferecer o melhor tratamento possível.”

“Para mim, o Pequeno Príncipe é um lugar onde eu posso fazer o que eu gosto e me dá condições para isso.”

Motivação para continuar

“O que me motiva é poder oferecer o melhor tratamento possível para o paciente. Fazer o que é correto, o que é melhor para as crianças, é o que traz paz de espírito. Isso envolve uma equipe comprometida e uma instituição que dá suporte para que isso aconteça.”

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