Antônio Ernesto da Silveira: responsável pelo primeiro transplante de rim

Atuando no Pequeno Príncipe em prol da saúde de meninos e meninas há mais de 50 anos, o cirurgião pediátrico e urologista Antonio Ernesto da Silveira criou importantes serviços médicos no maior hospital pediátrico do país. Além disso, o profissional também acompanhou a chegada da presidente voluntária da Associação Hospitalar, Ety Gonçalves Forte, e o crescimento da instituição referência em pediatria.

A chegada no Pequeno Príncipe

“Eu cheguei aqui no Pequeno Príncipe em 1962, faz tempo… Vim como acadêmico, estava no terceiro ano de Medicina e gostava muito de cirurgia pediátrica. Para melhor aperfeiçoamento, um professor me encaminhou a São Paulo e fiquei lá por um ano aprendendo. Quando retornei a Curitiba, voltei como professor tanto aqui, como no Hospital de Clínicas. Fiz muitos atendimentos em postos de saúde, até que mais tarde fui contratado pela universidade como instrutor de ensino e iniciei minha carreira no magistério.”

A chegada de Ety Forte na instituição

“A Dona Ety era uma jovem que veio de São Paulo casada com o Luiz, que era arquiteto. Chegando aqui, ela conheceu uma família que a trouxe para o Pequeno Príncipe e, no mesmo instante, a Dona Ety se apaixonou por tudo isso. Ela possui muitas histórias fantásticas, algumas com folclore e contos, mas tanto a mim quanto ao Dr. Sabagga e a todos aqui, a Ety sempre proporcionou tudo e fez com que essa estrutura crescesse e chegasse aonde chegou.”

A criação de importantes serviços no maior hospital pediátrico do Brasil

“Primeiro, organizamos a residência médica e depois conseguimos com o Dr. Plínio, que é outro nome memorável e que se deve muito nesta organização, construir uma UTI. Na parte de cirurgia pediátrica, criamos a Urologia Pediátrica, o Transplante Renal e depois o Transplante Hepático. Mais tarde, fiquei por mais de 20 anos como coordenador de ensino e consegui criar as áreas de sub especializações em pediatria que hoje são estruturas extremamente reconhecidas e que também fizeram com que o Hospital crescesse no sentido de conteúdo filosófico e de conhecimento. Também fundei o Congresso Criança, juntamente com a diretora Ety Cristina, e coordenei quatro edições deste evento, que é sempre um sucesso e coloca o Hospital a um conhecimento de nível nacional.”

“O que levo em meu coração daqui para frente, sem pressa de ir, é todo o reconhecimento, graças a possibilidade de trabalhar aqui.”

Os inúmeros momentos marcantes

“O transplante foi um marco muito importante, mas tem muitos outros momentos que também me marcaram…  Quando eu tinha meus 45 anos, fui para os Estados Unidos, fiquei cinco meses lá e foi uma experiência muito importante por diversos fatores. Primeiro, para o conhecimento em ver o maior cirurgião do mundo e, segundo, eu aprendi a ser modesto e a lembrar que segunda opinião médica é uma coisa maravilhosa. Aqui no Hospital, o que tenho de mais importante é o reconhecimento dos colegas. Tenho muitas placas e homenagens em meu escritório. No Centro Cirúrgico, colocaram uma placa em agradecimento a mim e isto é o reconhecimento de meu trabalho. O que levo em meu coração daqui para frente, sem pressa de ir, é todo este reconhecimento, graças a possibilidade de trabalhar aqui. Sou um homem que Deus deu mais do que eu poderia querer.”

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