Ana Martins Costa: o cuidado por meio do sorriso e amor

A trajetória de vida de Ana Martins Costa começou em Coronel Murta, Minas Gerais. Mas, aos 19 anos, ela decidiu buscar novas oportunidades em Curitiba. O desejo por um futuro melhor a levou ao maior hospital exclusivamente pediátrico do país, local em que desempenha um papel fundamental há mais de 30 anos. No Hospital Pequeno Príncipe, Ana exerce a função de copeira e entrega as refeições aos pacientes sempre com amor, um largo sorriso e muita dedicação. Sua conexão com a instituição vai além do trabalho, pois sua filha recebeu tratamento especializado no Pequeno Príncipe logo ao nascer.

Da roça para Curitiba

“Sou mineira, nasci em Coronel Murta, Minas Gerais. É uma cidade bem pequena. Chamamos de região de Salinas. Lá eu trabalhava na roça, na parte da colheita. Era tudo mato, nós podíamos estudar apenas até a quarta série. E eu queria buscar algo novo. Então, quando tinha 19 anos, vim para Curitiba com uns tios, dois irmãos e minha mãe para trabalhar em casa de família. Mas queria um futuro para a minha vida.”

Chegada ao Hospital

“Fui em busca de algo para trabalhar, e comentaram comigo do Pequeno Príncipe – que até então eu não conhecia. Jamais imaginava trabalhar em um hospital. Fiz a ficha, a entrevista e, no mesmo dia, fui chamada. Entrei no dia 21 de setembro de 1992. O meu período de experiência foi no lactário e, depois disso, fui para a cozinha. Fiquei dois anos e meio lavando louças, como auxiliar de cozinha. Na sequência, fui para a copa e é onde estou até hoje. Atuo como copeira entregando as refeições aos pacientes.”

Conexão para além do trabalho

“Depois de dez anos no Pequeno Príncipe, tive a minha filha e fui mãe solo. Foi meu destino estar nessa instituição. Minha filha teve uma intercorrência durante o parto. Da maternidade, ela já foi encaminhada para atendimento no Hospital, direto para o Centro Cirúrgico. Lembro que cheguei desesperada, pois não entendia o que ela tinha. Mas fui tão bem acolhida, tive todo o suporte possível. Praticamente morei no Pequeno Príncipe com ela por muito tempo, e hoje ela ainda faz acompanhamento no Ambulatório de Ortopedia. Sou muito grata, pois ela é tudo para mim.”

Histórias que abraçam

“Além da história da minha filha, que foi o que mais marcou a minha vida ao longo desses anos no Pequeno Príncipe, tem muitas pessoas que eu considero uma família mesmo. Mães, pacientes, colegas. Até hoje tem pacientes que vêm aqui visitar e falam ‘moça, eu vou abraçar você’. Esse contato com as crianças é o que me chama atenção, pois tudo nelas é especial. O pequeno se torna grande perto delas.”

“O mesmo que eu recebi quando minha filha estava internada, eu retribuo com muito carinho todos os dias. Eu tenho amor no que faço. E enquanto eu puder trabalhar, quero inspirar amor assim.”

Amor incondicional

“O Hospital Pequeno Príncipe é muito maravilhoso. É um orgulho fazer parte! E sou grata em saber que o meu trabalho pode contribuir com outras crianças. O mesmo que eu recebi quando minha filha estava internada, eu retribuo com muito carinho todos os dias. Eu tenho amor no que faço. E enquanto eu puder trabalhar, quero inspirar amor assim.”

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