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Alessandra da Silva Amorim: do milagre à missão de transformar vidas

Por meio de sua coragem e fé inabaláveis, a enfermeira Alessandra da Silva Amorim transformou desafios em vitórias. Natural do Acre, ela enfrentou uma luta difícil ao descobrir que sua filha estava com leucemia. A esperança parecia perder-se, mas a vida trouxe uma reviravolta inesperada. Ao buscar tratamento em Curitiba, no Hospital Pequeno Príncipe, Alessandra viu sua filha ser diagnosticada e curada, uma experiência que, segundo ela, considera um verdadeiro milagre. Essa jornada lhe proporcionou uma nova oportunidade de vida. A acolhida que ela e sua família receberam e a assistência de qualidade que encontraram foram fatores fundamentais que a fizeram decidir permanecer em Curitiba. Hoje, ela é parte da equipe do Pequeno Príncipe e, como enfermeira, testemunha diariamente a transformação que um atendimento de excelência pode fazer na vida das pessoas.
Chegada a Curitiba: um plano divino
“Sou natural de Rio Branco, município do Acre. E quando as pessoas me perguntam como cheguei em Curitiba, sempre digo que foi plano divino. Em 2022, minha filha foi diagnosticada com leucemia, depois de ter tido uma crise alérgica muito grave. Naquele momento de desespero, me veio o Pequeno Príncipe na cabeça. Já tinha ouvido falar muito bem do Hospital como referência em tratamento oncológico pediátrico, a nível nacional. Lá no Acre, enfrentamos muitas dificuldades na saúde. E, baseado nas experiências que eu, como profissional da saúde, vi tantas crianças enfrentando, não queria isso para minha filha. Como mãe, pensei que queria dar um tratamento digno para ela. Assim, com uma mão na frente e outra atrás, abri mão de tudo que eu tinha lá e vim para Curitiba. Deixei trabalho, casa, família… tudo. Sem saber onde ficaríamos, sem condições financeiras. Mas Deus foi abrindo as portas por meio de várias pessoas que nos ajudaram.”
Primeiro atendimento no Pequeno Príncipe
“Um primo de uma colega nossa nos aceitou receber na casa deles até nos estabilizar. Viemos sem saber se ia ser uma semana, um mês ou um ano. No mesmo dia, compramos a passagem, e ele me ligou e falou: ‘Olha, minha casa está de portas abertas para receber vocês. O quarto está arrumado, a cama está pronta. A geladeira já está cheia de frutas e lanche para sua filha.’ Eu só conseguia chorar de tanta emoção. Ao chegar em Curitiba, fomos muito acolhidos. No Hospital Pequeno Príncipe, entramos pela Emergência SUS. Na primeira consulta, a médica avaliou minha filha e falou: ‘Mãe, a gente vai começar tudo do zero. Se tiver qualquer sinal de leucemia, faremos exames mais aprofundados.’”
A espera e a fé: 15 dias de oração
“No Hospital Pequeno Príncipe, a minha filha fez exames de sangue, imagem… e voltamos à tarde. A médica disse que não tinha nenhuma notícia ruim para me dar. Afinal, não havia dado alteração nos exames – nem nos de sangue nem nos de imagem. Então, ela complementou que não poderia dar alta ainda, pois leucemia é um diagnóstico sério, e pediu para esperarmos 15 dias e repetir todos os exames novamente. Lembro que foram 15 dias de oração. Lá no Acre, tínhamos feito exame em três laboratórios, e todos confirmaram leucemia. No dia da consulta, a médica ainda refez o exame, porque achava que podia ser erro. Mas confirmou: ‘Infelizmente são células para leucemia mesmo.’ Se eu não tivesse tomado a decisão de trazê-la pra cá, ela teria iniciado quimioterapia no Acre.”
O milagre
“Então, quando viemos pra cá, e os exames não deram nada, eu pensei que já tinha sido feito um milagre na vida da minha filha. Voltamos após os 15 dias. Repetimos todos os exames. Na consulta, a médica disse: ‘Mãe, não deu nada de alterado. Vejo aqui os exames que você trouxe do Acre, mas o que eu posso te dizer é que, se um dia sua filha teve leucemia, hoje ela não tem mais.’ Ela disse que já tinha visto de tudo nesse Hospital, inclusive muitos milagres. E que minha filha estava recebendo alta, pois estava cheia de saúde. Chorei muito, muito. Claro que ficamos em alerta para qualquer sintoma, mas naquele momento ela estava curada.”
Decisão de permanecer em Curitiba
“Depois disso tudo, tive a certeza de que não voltaríamos mais para o Acre. Tudo tem um propósito. Além disso, nós já pensávamos em sair do Acre, pois buscávamos qualidade de vida, segurança, educação de qualidade – coisas que lá, infelizmente, não tem. A saúde era triste. Tinha dia que faltava dipirona, seringa, de tudo. O clima também pesa: ou é verão ou é inverno, ou seja, são seis meses de calor escaldante, até 40 graus. Depois, vem a chuva, que alaga tudo. Por isso, pensava em sair do Acre, mas nunca pensei em vir pra Curitiba. E quando olhei para tudo isso, saúde, segurança, educação, qualidade de vida, eu disse: ‘É aqui que eu vou ficar. Não volto mais.’”
Escolha pela enfermagem
“Bom, voltando um pouco para minha história lá atrás. No bairro onde eu morava na adolescência, tinha uma enfermeira que era muito conhecida. Lembro como se fosse hoje que chamavam de ‘Maria Enfermeira’. Começou aí a despertar meu interesse pela enfermagem. Comecei com o técnico de enfermagem para ver se era isso mesmo que eu queria. Afinal, uma coisa é o que a gente idealiza, outra é vivenciar na prática. Me encantei e entrei na faculdade de Enfermagem. No Acre, meu primeiro trabalho foi na área da maternidade. Trabalhei cinco anos em sala de parto, fazendo assistência ao recém-nascido. Mesmo sem ser mãe ainda, aquilo já me encantava. Depois, fui trabalhar na UPA, na emergência pediátrica. Sempre gostei da pediatria e estive envolvida com crianças desde o início. Elas são um ser muito verdadeiro, espontâneo e com um coração puro e ingênuo.”
Alívio da dor
“O que eu mais gosto da enfermagem, no geral, é essa sensação de ver a pessoa bem, ou seja, de tirar o paciente da crise. Na urgência e emergência, é ver a pessoa desfalecendo com hipoglicemia, você aplica a glicose, e ela desperta. É isso que me encanta: ver o benefício imediato, o alívio da dor e do desconforto. Além disso, com a experiência, aprendemos que muitas vezes o que o paciente quer é ser cuidado, ouvido e acolhido. E nosso papel também é esse: ser alguém pra enxergar a dor que não aparece.”
Objetivo alcançado
“Lembro da primeira vez que entrei no Hospital Pequeno Príncipe. Foi pela Praça do Bibinha, ali na recepção do Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea. Depois que tudo passou, passou a ser um sonho e até uma honra conseguir um emprego na instituição. Afinal, é o Hospital que salvou minha filha – onde fomos acolhidos e recebi a melhor notícia da minha vida. E chegou um dia que aconteceu, recebi a ligação para fazer a prova, a entrevista e, depois, fui convocada para trabalhar. Então, em junho de 2023, entrei como enfermeira na Emergência Convênios e Particular, onde estou desde então.”
Acalentar corações
“Lembro claramente do primeiro caso de paliativo que acompanhei – uma criança de cerca de 3 anos chegando ao fim de sua vida. A mãe estava devastada, o pai chorava intensamente, e foi doloroso ver a angústia deles. A médica explicou que já não havia mais o que fazer e que estavam ali para proporcionar conforto nos últimos momentos da criança. A mãe pediu que não realizassem nenhum procedimento invasivo, apenas mantivessem o oxigênio. A mãe segurou a filha, a beijou e disse que a amava demais para vê-la sofrer daquele jeito. Pouco depois, a criança partiu. E ali eu entendi, mais do que nunca, que a missão que pedi a Deus foi atendida: estar ali para acalmar e acalentar o coração de mães que chegam sem chão, assim como um dia eu cheguei.”
Realização profissional
“Vim de um lugar onde faltava tudo, para trabalhar num Hospital de primeiro mundo. Aqui, o paciente é assistido com tudo que precisa. Às vezes, eu falo com a equipe: ‘Vocês sabiam que lá no Acre faltava dipirona pra criança convulsionando?” A criança era alérgica a paracetamol, e não tinha dipirona! E eles se espantam. Hoje, entendo o que é realmente uma equipe multiprofissional. Afinal, no Hospital Pequeno Príncipe, tem de tudo – todas as especialidades, exames e estrutura em um só lugar. Na Emergência, as crianças fazem tomografia na hora. Se precisar de parecer, o neurologista vai avaliar. Se precisar de fisioterapeuta respiratório, também tem. Hoje, entendo o que é assistência de verdade.”
“O Hospital Pequeno Príncipe tem um significado muito grande na minha vida. Vai além do profissional. Sou grata antes mesmo de ser profissional, porque foi ali que recebi o diagnóstico de cura da minha filha.”
Significado do Pequeno Príncipe
“O Hospital Pequeno Príncipe tem um significado muito grande na minha vida. Vai além do profissional. Sou grata antes mesmo de ser profissional, porque foi ali que recebi o diagnóstico de cura da minha filha. Toda vez que passo ali pela Praça do Bibinha ou quando subo pra bater o ponto, olho lá de cima para baixo e penso: ‘Um dia, eu estava sentada ali como mãe de paciente. Hoje, estou aqui como profissional.’ Se fosse eu planejando vir trabalhar aqui, talvez nunca tivesse acontecido. A palavra é: gratidão. É muito gratificante fazer parte dessa e estar na porta de entrada, no coração do Hospital, que é a Emergência Convênios e Particular.”
Para além do Hospital
“Fora do Hospital, eu sou mãe. Mãe que tenta estar presente, mesmo com os turnos difíceis. Às vezes, minha filha passa o dia na creche, e eu tô na aula ou tô no trabalho à noite. Mas eu tento compensar, às vezes, ficando um dia a mais com ela em casa. Frequento a igreja, sou grata. A minha equipe hoje é minha família em Curitiba. Tem dias que bate a saudade – não do que eu vivi lá, mas das pessoas que deixei no Acre: minha mãe, meus irmãos, meus amigos, os colegas dos hospitais onde trabalhei por mais de dez anos.”