Uma alteração genética, a presença de um cromossomo a mais ligado ao par de número 21, caracteriza a Síndrome de Down. Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 300 mil pessoas com essa anomalia, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com os estímulos corretos ainda na infância, muitas potencialidades podem ser desenvolvidas nos indivíduos com a trissomia 21.
Nesta terça-feira, 21, é lembrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data tem como finalidade dar visibilidade e reduzir o preconceito histórico que cerca o tema. Sabe-se que a anomalia ocorre independentemente da raça, nível cultural, social, ambiental ou econômico. Há uma maior probabilidade no caso das gestantes a partir dos 35 anos.
O diagnóstico da trissomia 21 pode ser obtido ainda na gestação, por meio de diversos exames clínicos, e é fundamental para melhorar a qualidade de vida. “Sabemos que os indivíduos com Down têm um déficit intelectual. Mas, por outro lado, também existem algumas doenças que podem acompanhar a síndrome, como por exemplo, a malformação cardíaca, o hipotireoidismo, problemas gástricos e perda auditiva. Tratar essas questões com antecedência auxilia no bem-estar dos meninos e meninas”, destaca o neurologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Alfredo Lörh.
Além disso, para a psicóloga da instituição, Ângela Bley, os estímulos são essenciais e devem ser feitos o quanto antes. “Ao contrário do que se pensa, não existem graus da Síndrome de Down, mas há crianças que foram estimuladas e aquelas que não receberam o acompanhamento correto. É essencial que os meninos e meninas com a anomalia se sintam seguros, capazes e aceitos no ambiente familiar”, aponta.
Devemos olhar as pessoas com a trissomia 21 em sua singularidade, para que possam ter um pleno desenvolvimento enquanto sujeito. “A criança com a anomalia tem a mesma necessidade que as demais. Ela precisa brincar, criar vínculos e ser valorizada. Devemos tomar cuidado para não fomentar as limitações, mas chamar atenção para as potencialidades”, afirma a psicóloga.
Vale a pena conferir
Alguns filmes contribuem com o entendimento da Síndrome de Down e estão acessíveis ao público, confira:
“Do Luto à Luta”
O documentário do cineasta Evaldo Mocarzel, lançado em 2006, é emocionante e informativo. Pai de Joana, que participou da novela “Páginas da Vida” (Rede Globo) e é portadora da Síndrome de Down, o diretor mostra que a primeira grande dificuldade que a criança enfrenta é a aceitação dentro da própria família.
Mocarzel traz um olhar sensível sobre o tema, além de quebrar estereótipos e fugir da ideia de vitimizar quem tem Síndrome de Down. Longa-metragem mais que recomendado para especialistas, interessados no assunto e que convivem com a situação na família.
“O Filho Eterno”
O livro de Cristovão Tezza, lançado em 2007, venceu importantes prêmios – como o Jabuti e o Prêmio Portugal Telecom – e mostra os aprendizados e dificuldades de um pai com seu filho, que tem Síndrome de Down. O sucesso da obra do escritor catarinense, radicado em Curitiba, chegou ao cinema em 2016. O longa, protagonizado por Marcos Veras e Débora Falabella, foi rodado na capital paranaense.
“Colegas”
Protagonizado por três jovens com Síndrome de Down (Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Breno Viola), o filme conta a história de amigos apaixonados por cinema, que vão em busca dos seus sonhos e fogem com o carro do jardineiro (Lima Duarte) da instituição em que vivem. Dirigido por Marcelo Galvão, o longa teve inspiração na vida do cineasta, que cresceu com um tio portador da anomalia genética.
À época do lançamento, Ariel foi protagonista de uma campanha na internet, que tinha por objetivo trazer Sean Penn ao Brasil para assistir ao filme. O garoto é fã do ator. Em 2013, ele conseguiu entregar uma cópia da produção ao artista nos EUA e ainda teve a oportunidade de passar algum tempo na companhia do astro.
Criar um ambiente onde a criança possa explorar diferentes interesses, sem pressão, mas com incentivo, é um passo importante para o desenvolvimento integral
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