Educação e Cultura: setor do Pequeno Príncipe completa 20 anos

Notícias

Setor de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe completa 20 anos de formalização

Instituição oferece atendimento educacional aos pacientes internados desde os anos 1980
02/03/2022
educação e cultura
Pioneiro na educação hospitalar, o Pequeno Príncipe garante o direito à educação e à cultura desde a década de 1980 e formalizou o Educ em 2002.

Já imaginou uma escola que não tem salas de aula ou horários fixos, na qual a cada minuto um corredor, um setor ou um leito se tornam locais de aprendizagem? Esse é o Hospital Pequeno Príncipe, que além de promover saúde integral com excelência técnico-científica também garante o direito à educação e à cultura desde a década de 1980 e que formalizou o Setor de Educação e Cultura (Educ) em 2002. Nesta quarta, dia 2 de março, o Educ completa 20 anos, e o Pequeno Príncipe tem muito a comemorar.

O pioneirismo na educação hospitalar é uma marca registrada do Pequeno Príncipe, que foi o primeiro hospital do Paraná a assinar, em 1988, um convênio com a Secretaria Municipal da Educação, que passou a ceder professores da rede de ensino para atender os pacientes em tratamento na instituição. Isso faz com que as crianças e adolescentes possam continuar com sua educação formal sem perder o ano letivo ou ficarem com seus conteúdos atrasados. Em 2007, foi estabelecido um convênio também com a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), e, desde então, professoras e pedagogas do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH) atuam no Educ.

Atendimento individualizado e personalizado

educação e cultura
Vitor Prust, paciente atendido pelo Setor de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe.

O Setor de Educação e Cultura também valoriza as necessidades, potencialidades e desejos de cada paciente, fazendo com que cada um tenha um atendimento personalizado. Esse é o caso de Vitor Prust, do Serviço de Transplante de Medula Óssea, que perdeu a visão e precisou de novos estímulos durante o processo de sua educação, e um deles foi a música. O interesse surgiu com apresentações de piano que aconteciam na Praça do Bibinha do Hospital, tornando a curiosidade pelas canções uma maneira de aprendizado.

Hoje, aos 14 anos, Vitor aprendeu a ler partituras em braile e toca teclado. “A equipe do Setor de Educação e Cultura foi imprescindível para o tratamento dele. Além das atividades práticas e dos conteúdos didáticos que a escola encaminhava para ele, a gente percebia também que cada profissional que estava ali presente fazia de tudo para que meu filho se sentisse bem. Então as atividades eram bem direcionadas conforme o estado de saúde e o ânimo dele, sempre de uma maneira respeitosa. Tudo isso fez muita diferença na vida dele e durante o período de internamento”, ressalta Janira Prust, mãe do Vitor.

Entre as iniciativas do Setor de Educação e Cultura também se destacam a presença dos pais em todos os momentos, o incentivo à leitura, a realização de oficinas de arte e cultura, e o estímulo à saúde. “O tempo todo a criança está aqui pensando no tratamento, no cuidado e na cura, e quando eles estão com a gente isso muda. É uma janela aberta para o que está lá fora, para o mundo, para a vida”, fala o coordenador do setor, Claudio Teixeira.

Coronavírus

Com pandemia da COVID-19, a preocupação com a continuação dos estudos formais dos pacientes incentivou o atendimento a distância e uma articulação ainda mais cuidadosa entre família e escola de origem. Na parte cultural, todas as ações foram adaptadas para os meios virtuais, de acordo com as suas particularidades: contações de histórias foram feitas todas as semanas; aulas de musicalização foram voluntariamente oferecidas por uma escola de música; aulas de jardinagem viraram apresentações sobre plantas nativas e plantas alimentares não convencionais. Tudo por videochamada, até que, aos poucos, as atividades culturais presenciais começaram a ser retomadas. Um projeto de música e teatro percorreu os ambulatórios e jardins do Pequeno Príncipe no final de 2021, atendendo aos pacientes ambulatoriais e seus familiares. Neste ano, a biblioteca do quinto andar voltou a funcionar para empréstimos e leitura no local. A biblioteca ambulante também voltou a circular pelas enfermarias, com o empréstimo de livros para as crianças e os adolescentes internados, bem como às suas famílias.

Educação e cultura: parte do DNA do Pequeno Príncipe

educação e cultura
O Setor de Educação e Cultura também valoriza as necessidades, potencialidades e desejos de cada paciente.

Ao longo dos anos, o Setor de Educação e Cultura conseguiu aperfeiçoar cada vez mais seus serviços. Além do poder público, parcerias com arte-educadores e grupos culturais diversificaram o planejamento de atividades – fazendo da promoção à saúde uma prática ainda mais ampla. Já foram milhares de crianças e adolescentes do Paraná e de todo o Brasil atendidos e dezenas de projetos educacionais e culturais ofertados.

O coordenador do setor não consegue imaginar o Pequeno Príncipe sem o trabalho do Educ, que, segundo ele, tornou-se parte do DNA da instituição. “É um ganho que espero e acredito que realmente vai permanecer, vai se sedimentar, solidificar, porque é um caminho sem volta. Não basta cuidar da doença, há que se estimular a saúde. E para isso, educação e cultura são fundamentais. É vida pulsando, é o que move a gente, é o que mobiliza forças internas, é o que nos faz vibrar por dentro, e isso já é um tanto de saúde. Se a gente está motivado, está feliz, o tratamento dá mais certo, as crianças ficam mais receptivas às intervenções clínicas e as acolhem de uma maneira mais tranquila. Tudo tende a correr melhor”, completa Teixeira.

Acompanhe também as redes sociais do Hospital Pequeno Príncipe (FacebookInstagram, LinkedIn, X, YouTube e TikTok) e fique por dentro de informações de qualidade!

+ Notícias

24/05/2025

Alergias alimentares e doenças eosinofílicas: especialistas discutem avanços e desafios em encontro internacional

Profissionais do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos debateram avanços no diagnóstico, tratamento e qualidade de vida de crianças
24/05/2025

Criança 2025 começa com agenda intensa, troca de saberes e foco em inovação e cuidado humanizado

Mais de 3 mil participantes marcam presença no primeiro dia do V Congresso Internacional de Especialidades em Pediatria, consolidando o evento como referência nacional em saúde infantojuvenil
24/05/2025

Abertura oficial do Criança 2025 celebra compromisso com o futuro da infância e adolescência

Com uma programação científica robusta e uma proposta de promover a saúde integral, o congresso se consolida como um dos maiores do Brasil
23/05/2025

Cursos pré-congresso do Criança 2025: veja alguns destaques

Evento reforça o compromisso com a qualificação em saúde infantojuvenil e promoveu debates sobre vacinação, saúde mental, uso de telas, TEA e espiritualidade na infância
21/05/2025

Violência digital contra crianças e adolescentes: saiba mais

Hospital Pequeno Príncipe orienta sobre uso excessivo de telas, sinais de alerta de problemas no ambiente digital e como agir
20/05/2025

Pequeno Príncipe é reconhecido como Hospital de Excelência

A certificação é concedida pelo Ministério da Saúde a instituições que cumprem critérios técnicos rigorosos
Ver mais