O neuropediatra Alfredo Löhr Júnior foi o fundador do Serviço de Neurologia, que hoje conta com dez neurologistas e várias subáreas de atuação.
O Serviço de Neurologia do Pequeno Príncipe teve início em julho de 1983. Nestas quatro décadas, a especialidade foi estruturada e ampliada com o objetivo de promover saúde com equidade e de forma integrada. O serviço foi precursor em diversos tratamentos, especialmente voltados às doenças raras neurológicas e neuromusculares, e é considerado um dos mais completos no Brasil na área da pediatria. Somente em 2022, mais de cinco mil crianças e adolescentes foram atendidos, e 2.884 eletroencefalogramas e 44 eletroneuromiografias foram realizados.
O fundador e médico responsável pelo serviço, o neuropediatra Alfredo Löhr Júnior, relembra que quando chegou à instituição já existia o Serviço de Neurocirurgia, comandado pelo cirurgião Sérgio Machado, e um equipamento de encefalograma analógico. A neurologia ficou atrelada à neurocirurgia por alguns anos até passar a atuar com ambulatório e enfermaria independentes. “No início, eu tinha uns quatro pacientes e atendia pelo SUS e convênios. Me coloquei à disposição para casos de neurologia e tinha um bipe, que sempre que precisavam me chamavam, pois no início eu era o único médico dessa especialidade”, recorda.
Hoje, o Serviço de Neurologia conta com dez neurologistas, com formação em pediatria e que se dedicam às seguintes subáreas da neurologia: epilepsia, distúrbios de movimento e paralisia cerebral, doenças raras neurológicas (divididas em musculares, mitocondriais, erros inatos do metabolismo, degenerativas e genéticas), distúrbios neurocomportamentais e eletroencefalograma. A equipe de neurologistas (formada por: Alfredo Löhr Junior, Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos, Adriana Banzzatto, Anderson Nitsche, Daniel do Valle, Elisabete Auersvald, Marilis Tissot, Michelle Zeny, Monica Spinosa e Rafaela Grochoski) atua de forma integrada com as demais 34 especialidades médicas e com serviços multiprofissionais para propiciar melhor qualidade de vida dos pacientes.
À medida que o Hospital foi expandindo-se e recebendo mais pacientes que demandam atendimentos de alta complexidade, consequentemente, aumentaram as complicações neurológicas, as quais necessitam de avaliação e acompanhamento contínuo. “Com isso, percebemos o crescimento e a valorização da especialidade como um todo. A neurologia tem uma grande demanda da família, pois os diagnósticos são, em sua maioria, difíceis e perduram por toda a vida. Por isso, requer muita atenção, tempo e cuidado do médico especialista que acompanha cada caso”, esclarece a neuropediatra responsável pelo Ambulatório de Doenças Raras Neurológicas e preceptora da Residência de Neurologia Infantil, Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos.
Há mais de 20 anos, o serviço conta com a formação de especialistas por meio da Residência em Neurologia Infantil.
Programa de Residência Médica
Com o seu compromisso de disseminar conhecimento e contribuir com a formação de profissionais para a área da saúde infantojuvenil, a instituição implantou o Programa de Residência em Neurologia há mais de 20 anos. No início, o programa recebia um residente a cada dois anos. Hoje, são quatro especialistas por ano. A Residência em Neurologia Infantil do Hospital Pequeno Príncipe é um dos processos seletivos mais concorridos do país nessa área.
O neuropediatra Alfredo Löhr Júnior reforça também como a formação de profissionais foi uma grande aliada para o serviço transformar a vida de milhares de crianças e adolescentes. “Graças a todos os médicos e demais profissionais, ao longo desses 40 anos, o Serviço de Neurologia é um dos grandes serviços do Brasil, um centro de referência, principalmente para crianças e adolescentes com doenças raras. Conseguimos atender e resolver todas as questões que vêm até nós. É gratificante ver que muitos neuropediatras que estão conosco hoje iniciaram aqui como residentes”, diz.
O Serviço de Neurologia foi precursor em diversos tratamentos, especialmente voltados às doenças raras neurológicas.
Diferenciais do Serviço de Neurologia
Em relação aos marcos da especialidade durante os 40 anos, a neuropediatra Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos destaca as novas tecnologias que permitiram diagnósticos ainda mais assertivos por meio de exames genéticos, que impactaram especialmente as doenças neurológicas, genéticas e raras. “A partir do momento que conseguimos dar nome às doenças, foi possível conseguir também novos tratamentos, por exemplo, a terapia de reposição enzimática e a terapia gênica”, explica.
O avanço em diagnósticos permitiu também a sobrevida de pacientes. Por exemplo, o Hospital Pequeno Príncipe foi o primeiro do Brasil a fazer o diagnóstico da encefalite do receptor antinmda (distúrbio grave que gera alterações comportamentais, convulsões e transtorno de movimento), que até então não tinha tratamento e as crianças iam a óbito, mas hoje têm a chance de uma vida com qualidade. “A genética chegou para responder muitas perguntas que, antigamente, ficavam em aberto na neurologia”, finaliza.
Parte da equipe do Serviço de Neurologia em celebração ao centenário da instituição, em 2019.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).
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