Semana alerta para a importância da doação de medula óssea
Samuel Alves e Daniel Alves, de quatro anos, são irmãos gêmeos e foram diagnosticados com uma doença rara. A única chance de cura para os meninos seria um transplante de medula óssea (TMO). Infelizmente, ninguém da família era compatível, mas um doador não aparentado salvou a vida dos dois.
Histórias lindas como essa, vivenciada no Hospital Pequeno Príncipe, só são possíveis porque pessoas se cadastram para ser doadoras.
Por conta disso, o Ministério da Saúde lançou a Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, que começa hoje, dia 14, e se estende até o dia 21. Para doar, é preciso se cadastrar no Registro Nacional de Doares Voluntários de Medula Óssea (Redome) e manter os dados sempre atualizados.
Além disso, é importante que diferentes tipos de pessoas estejam dispostas a doar. “A nossa população brasileira é muito miscigenada. Nós somos feitos de várias raças e cores diferentes. Por isso, é importante que várias pessoas, de etnias distintas, cadastrem-se no Redome, para representar bem a população. Assim, maiores são as chances de encontrar um doador para quem precisa”, explicou a médica do Serviço de TMO do Pequeno Príncipe, Cilmara Kuawahara.
Para doar, é preciso ir até um hemocentro com um documento com foto em mãos. Após preencher um ficha com informações pessoais e assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, será retirada uma amostra de sangue. A partir dela, será feito um exame de histocompatibilidade (HLA), que identificará a característica genética do doador. As informações são enviadas para o Redome. Em seguida, os dados são cruzados com os de quem precisa de transplante. O doador só é acionado quando aparecer um paciente com a medula compatível.
TMO no Pequeno Príncipe
Desde 2011, o Hospital realiza transplantes de medula óssea. Em dezembro de 2016, o serviço mais do que triplicou as suas atividades. O número de leitos aumentou de três para dez e a instituição passou a ser um dos maiores centros pediátricos do país a realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, foram realizados 44 transplantes. Desde quando começou, 160 transplantes já foram feitos e muitas vidas foram transformadas.