Prevenção é o melhor remédio para evitar casos de intoxicação medicamentosa e outros acidentes domésticos nas férias escolares - Hospital Pequeno Príncipe

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Prevenção é o melhor remédio para evitar casos de intoxicação medicamentosa e outros acidentes domésticos nas férias escolares

Com as crianças em casa, é preciso que pais e responsáveis adotem medidas especiais para coibir incidentes graves
23/01/2019

As férias escolares exigem dos pais e responsáveis atenção redobrada à rotina das crianças em casa. De acordo com dados da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações (DVVZI), da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), diariamente, de 5 a 6 crianças vão parar no hospital por causa da intoxicação medicamentosa.

Com a curiosidade típica da idade, esses produtos – se não devidamente guardados – podem ser um chamariz aos meninos e meninas. O perigo, inclusive, pode se esconder em remédios como o paracetamol. “A gente acha que só os medicamentos de tarja preta vão fazer muito mal às crianças se elas engolirem. Mas esses medicamentos mais comuns, que todo mundo tem em casa, também causam grandes estragos”, explica o médico intensivista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Eduardo Gubert.

Entre 2017 e 2018, os três centros de intoxicação em atividade no Paraná receberam 4.199 telefonemas, dos quais 35,6% de Curitiba e região metropolitana. Os casos são frequentes e exigem atenção redobrada das famílias e cuidadores. Por isso, evite deixar esses produtos em balcões, pias ou na cabeceira da cama. Cuidado também com gavetas, armários e bolsas que sejam de fácil acesso à garotada.

Ainda segundo a pesquisa da DVVZI, na classificação das faixas etárias, os adolescentes de 15 a 19 anos foram os que mais se intoxicaram com medicamentos no Paraná. Mas, diferentemente das crianças, boa parte dos casos desta faixa etária não são considerados acidentais. Já quando se considera o grupo de recém-nascidos até os 9 anos (quando a maioria dos casos é considerado acidental), a incidência é maior no grupo de 1 a 4 anos: 813 crianças.

Acidentes domésticos
Além da intoxicação medicamentosa, também chama a atenção no período de recesso escolar o aumento dos casos de outros acidentes domésticos. De acordo com levantamentos do Ministério da Saúde, no Brasil, anualmente, pelo menos 4,5 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas em virtude de incidentes como intoxicações, sufocações, quedas e queimaduras.

No Hospital Pequeno Príncipe, as ocorrências mais comuns são as quedas de locais como cama e sofá, além da ingestão de objetos, entre eles moedas e baterias. Para a retirada da maioria desses utensílios, são necessárias intervenções cirúrgicas e com aplicação de anestesia geral. “As baterias são muito perigosas, pois têm uma substância química que corrói o organismo”, alerta o pediatra da instituição, Nilton Kiesel.  “Todos os acidentes podem ser evitados com ações educativas e preventivas”, reitera o profissional.
** Com informações da Tribuna do Paraná

Dicas para prevenir acidentes com as crianças em casa

Banheiro
Durante o banho, as crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto, já que o banheiro é um ambiente propício para quedas e afogamentos. Também é necessário cuidar com a temperatura da água para  evitar queimaduras. Aparelhos como lâminas de barbear, tesouras e secadores devem ser mantidos fora do alcance dos meninos e meninas.

Cozinha
É preciso tomar cuidado com as comidas e bebidas quentes para evitar queimaduras e escaldamentos. As crianças não devem ficar próximas do fogão e micro-ondas, em decorrência das altas temperaturas. É importante que o acesso ao gás e à porta do forno estejam protegidos. Além disso, objetos pontiagudos, como facas e tesouras, e também sacolas plásticas devem ser mantidos fora do alcance das crianças, com o objetivo de impedir cortes e sufocamentos.


Jardim e área de lazer

Cuidar com o acesso às lajes e sacadas é fundamental, já que as quedas desses locais são quase sempre fatais. Também é necessário atenção especial a alguns tipos de plantas, que podem ser tóxicas. Além disso, as piscinas e baldes merecem cuidado extra, já que o risco de afogamentos é muito grande. Algumas brincadeiras, como soltar pipas, também devem ser orientadas, sempre em locais abertos e longe dos fios elétricos.

Quarto da criança
É preciso saber escolher os móveis adequados, de preferência os com cantos arredondados. Os berços devem ser certificados e contar com grades de proteção, além disso não devem ter travesseiros, para evitar sufocamentos. Beliches e móveis muito altos não são indicados, pois facilitam as quedas.

Sala

Colocar portões de segurança no topo e pé das escadas é essencial para evitar quedas, além disso, as tomadas devem sempre estar com protetores e os fios não podem ser desencapados. A escolha dos móveis com cantos arredondados também é fundamental. Objetos atraentes e perigosos, como vidros e itens pontiagudos, devem ser mantidos fora do alcance das crianças.

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