Pequeno Príncipe firma parceria para neutralizar as emissões de carbono
A instituição é o segundo hospital do Brasil, o primeiro pediátrico, a compensar as emissões de gases do efeito estufa com proteção de área na Grande Reserva Mata Atlântica
O Complexo Pequeno Príncipe firmou uma importante parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, para garantir a compensação de 822 toneladas de carbono emitidas pelo Hospital em 2019, ano base de cálculo para o projeto. Pioneiro em ações ambientais e de mitigação das emissões de carbono, a instituição se torna a segunda entidade de saúde do Brasil a neutralizar a emissão de gases do efeito estufa (GEE).
A assinatura dessa iniciativa vai compensar as emissões de carbono por meio da proteção e manejo de dez hectares (100 mil metros quadrados) de florestas nativas presentes na Reserva Natural das Águas, mantida pela SPVS no município de Antonina, litoral do Paraná. A área natural faz parte da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo desse bioma. O projeto também contribuirá para manutenção e incremento da biodiversidade local e geração de outros serviços essenciais à vida humana.
As emissões de GEE têm sido apontadas como uma das principais fontes de alterações climáticas do planeta – e, segundo a Health Care Without Harm (HCHW), o setor de saúde representa 4,4% das emissões globais. Ou seja, se o setor global de saúde fosse um país, seria o quinto maior poluidor do clima da Terra. “Muito mais do que compensar nossas emissões, queremos explicitar nosso compromisso com a saúde da biosfera, pois temos a missão de garantir um legado de sustentabilidade de vida à nossa sociedade. Temos uma relação muito íntima com a saúde, e conservar a natureza é um meio de garantir qualidade de vida à presente e às futuras gerações, e vamos fazer isso por meio deste projeto”, explica José Álvaro da Silva Carneiro, diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe.
A parceria com a SPVS levou em conta a metodologia própria desenvolvida pela instituição, que consiste em um padrão de compensação voluntária, sem geração de créditos de carbono comercializáveis, e tem como base conceitual a metodologia REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), o conceito de produção de natureza e programas de pagamento por serviços ecossistêmicos.
Para definir o tamanho da área necessária para a compensação, a SPVS possui um método de mensuração e monitoramento da biomassa de carbono montado em suas reservas naturais no litoral do Paraná, que estimou que a cada um hectare (dez mil metros quadrados) da Floresta Ombrófila Densa se compensa em média 152,9tC de carbono. Assim, a compensação é realizada por meio da proteção e manejo de alta qualidade de florestas nativas que já possuem um estoque de carbono consolidado.
Para o diretor-executivo da SPVS, Clóvis Borges, “o adequado entendimento sobre a relação entre as atividades humanas e a dependência dos recursos naturais ainda é um desafio para a maioria dos empreendimentos em todo o mundo”, frisa. “Por essa razão, parcerias pioneiras e exemplares como esta, com o Complexo Pequeno Príncipe, mostram-se como vetores de mudanças e geradores de modelos de como produzir futuro, um exemplo a seguir”, acrescenta.
O Complexo Pequeno Príncipe acredita que a sociedade precisa reconhecer os ensinamentos da pandemia e reagir revendo suas relações com a biosfera e os vulneráveis. “O Pequeno Príncipe quer evidenciar para a comunidade que é possível romper o paradigma entre saber o que se deve fazer e partir para a atitude objetiva de fazer acontecer”, conclui Carneiro.
Sustentabilidade A iniciativa de compensar carbono faz parte de uma estratégia do Pequeno Príncipe de valorização da sustentabilidade ambiental. Em 2013, quando o Hospital se tornou livre de mercúrio, implementou a gestão ambiental focando na redução do consumo de energia e água e na de geração de resíduos. “Mas nós percebemos que precisávamos e poderíamos fazer mais. Promovemos reciclagem dos restos orgânicos do Hospital. Só em 2020, foram 14 toneladas que transformamos em adubo orgânico e usamos o composto em nosso plantio de chás e em nossa estufa, onde mantemos plantas nativas e medicinais, sendo algumas ameaçadas de extinção. Na Região Norte de Curitiba, cuidamos de um bosque de oito hectares, um importante ‘hotspot’ urbano, na área onde faremos nossa expansão estrutural”, destaca o diretor corporativo do Complexo.
As ervas frescas de diferentes espécies, como capim-limão, erva-cidreira, hortelã e camomila, com adubação orgânica, resultante da reciclagem de resíduos do refeitório do Hospital, viram chás 100% naturais que são servidos aos pacientes. A iniciativa conseguiu reduzir o volume da destinação dos resíduos orgânicos ao aterro sanitário de Curitiba, o que contribui com a diminuição de emissão de gases do efeito estufa, e foi reconhecida pelo Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2020, concedido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Sobre a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) Desde 1984, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) realiza ações voltadas à proteção do patrimônio natural no Sul do país. É hoje considerada uma das mais representativas organizações especializadas no tema da conservação da biodiversidade no Brasil com foco no bioma Mata Atlântica, e suas atividades apresentam grande afinidade com a inovação e busca de atendimento a prioridades no campo da conservação.
A SPVS procura estabelecer uma agenda de maior proximidade da sociedade com o tema da conservação, explorando aspectos educativos e de sensibilização sobre a importância do patrimônio natural para o bem-estar e para a solidez e longevidade dos negócios. E desenvolve ainda atividades em parceria com instituições públicas e privadas, sempre visando à exploração de potenciais para mudanças de cenário e resultados em escala.
Sobre a Grande Reserva Mata Atlântica Um dos exemplos de maior relevância no conjunto de programas em desenvolvimento é a iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica, que incorpora o conceito de produção de natureza como estratégia, na qual a manutenção de grandes áreas naturais bem conservadas e com presença de espécies emblemáticas, cultura regional e paisagens únicas é um dos vetores para ações de desenvolvimento regional, com a geração de empregos e renda a partir de atividades de turismo de natureza aliado ao turismo cultural e histórico.
A Grande Reserva Mata Atlântica abrange um contínuo de dois milhões de hectares na porção leste do estado do Paraná, adentrando pela Serra do Mar e Planície Costeira pelos estados de Santa Catarina e São Paulo. É o maior e mais bem conservado remanescente do bioma Mata Atlântica do mundo, com a presença de espécies de topo de cadeia como a onça-pintada, anta, águias, além de espécies endêmicas, como o mico-leão-de-cara-preta e o papagaio-da-cara-roxa.
Iniciativa inovadora no contexto do futebol brasileiro visa a calcular, avaliar e mitigar as emissões de gases de efeito estufa associadas ao evento em Curitiba
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário. Ao utilizar nosso site, você consente com todos os cookies de acordo com nossa Política de Cookies.