Mesmo com o subfinanciamento verificado na área da saúde, a doação de parte do IR tem ajudado a construir histórias vitoriosas como a do Hospital Pequeno Príncipe, que destina até 70% da sua capacidade de atendimento ao SUS
O “acerto de contas com o leão” faz a diferença na vida de milhares de crianças e adolescentes atendidos pelo Pequeno Príncipe.
Apesar de ser uma ciência exata, a matemática também está sujeita a intervenções solidárias. Um fato curioso sobre essa observação diz respeito à rotina do maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe. A instituição, que completou 100 anos em outubro, dedica até 70% da sua capacidade de atendimento ao SUS e, em 2018, teve um deficit de R$ 25 milhões no seu orçamento por conta disso.
Na ponta do lápis, para assegurar seu equilíbrio financeiro e garantir o seu pleno funcionamento diante dessa conta preocupante, precisa captar pelo menos R$ 35 milhões – a diferença em relação ao deficit permite o investimento em pesquisas e modernização. É aí que o Pequeno Príncipe e outras organizações filantrópicas encontram suporte em cidadãos e empresas socialmente responsáveis, que são capazes de transformar realidades à sua volta e ajudar a vencer problemas como o subfinanciamento verificado na área da saúde.
O repasse de parte do IR é fundamental para os trabalhos da instituição em prol da saúde infantojuvenil.
No caso do Pequeno Príncipe, a doação de parte do Imposto de Renda por pessoas físicas e jurídicas garante não só a manutenção das suas atividades, como possibilita – por exemplo – o investimento em pesquisa, na capacitação de seus profissionais e também em tecnologia. No ano passado, o hospital, referência em procedimentos de média e alta complexidade, foi responsável por 305 mil atendimentos ambulatoriais, 900 mil exames, 21 mil cirurgias e 251 transplantes.
Para quem pensa em fazer o bem com o acerto de contas com o “leão”, vale lembrar que, até o dia 30 de dezembro, pessoas físicas podem, desde que declarem por formulário completo, destinar até 6% do IR em benefício de organizações filantrópicas e outras iniciativas. Para pessoas jurídicas, o percentual é de 9% da declaração por lucro real a seis projetos distintos, sendo 1% ao FIA.
Com um século de atividades, o Pequeno Príncipe é um centro pediátrico de referência: oferece mais de 30 especialidades. “A cada mil nascidos vivos, 14 crianças morrem no Brasil. Em São Paulo, o índice é de 10,9. Em Curitiba, esse número é 8,7. Sem dúvida alguma, a sensibilidade de cada cidadão, que tem a oportunidade de destinar parte do imposto para apoiar a saúde das crianças, foi essencial para garantir, por exemplo, que nós atingíssemos o menor índice de mortalidade hospitalar da nossa história em 2018, quando tivemos 0,59%, um maravilhoso resultado”, comenta a diretora executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.
Doa parte do IR significa salvar vidas.
Doação
De acordo com a Pesquisa Doação Brasil 2016, realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), apenas 2% do potencial de contribuição das pessoas físicas é efetivamente realizado, mas essa pequena fatia é essencial para os trabalhos de instituições como o Hospital Pequeno Príncipe, que utiliza a Renúncia Fiscal há mais de 15 anos e ajudou a propagar esse mecanismo para muitas empresas e cidadãos. Para auxiliar possíveis doadores, desenvolveu um site próprio –www.doepequenoprincipe.org.br – e conta ainda com o apoio de personalidades e empresários de destaque no cenário nacional. “A Renúncia Fiscal é um canal de compartilhamento e investimento da sociedade que passou a ser imprescindível para nós”, complementa a diretora executiva.
Atualmente, a instituição conta com o apoio de mais de 2,2 mil empresas e 15,5 mil pessoas físicas fazem doações ao Pequeno Príncipe, a maioria por meio da Renúncia Fiscal. Em 2018, esses recursos representaram 16% do total da receita (R$ 42 milhões).
Fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário, o empresário Miguel Krigsner diz que ficou extremamente sensibilizado ao saber que a capital paranaense tinha uma instituição do nível do Pequeno Príncipe. “Esse hospital que tem, dentro de todas as suas dificuldades, algo que é fundamental para esta área: o amor. Para o Grupo Boticário, fundamentalmente dentro da nossa filosofia, apoiar causas como esta – que a gente percebe o valor social que tem – faz parte da nossa genética”, completou.
Você precisa conhecer a história de Douglas Ramirez Martins
O apoio de toda sociedade garantiu que Douglas Ramirez Martins, 14 anos, ganhasse uma nova chance no Hospital Pequeno Príncipe. O menino veio de Porto Velho, Rondônia, para tratar a leucemia em Curitiba.
Lusmilla e o filho Douglas: história de gratidão e amor com o Pequeno Príncipe.
A mãe, Lusmilla Ramirez Quiroga, lembra que inicialmente foi complicado deixar a cidade para vir tão longe em busca do tratamento para o filho. Mesmo distante dos outros filhos e sem parentes no Paraná, ela se sente confiante, já que a instituição é referência no transplante de medula óssea. “Só agradeço a Deus por ele ter sido encaminhado para o Pequeno Príncipe.
Por todos os hospitais que já passei, aqui é muito diferente. É o melhor hospital que já fui. A equipe de enfermagem é nota dez, muito atenciosa. O tempo todo estão cuidando, as medicações vêm sempre no horário certinho, tudo bem cuidadoso mesmo. Não tenho do que reclamar”, fala a mãe.
Atendido pelo SUS, Douglas conta ainda com o acompanhamento escolar, um dos diferenciais do Pequeno Príncipe. “Aqui ele recebe a visita dos professores e até pediram para efetivar a matrícula lá na minha cidade, porque ele não está matriculado esse ano por causa do tratamento. Eles dão o suporte das aulas dele aqui no hospital e, quando retornar para a escola, não vai perder o ano. Nunca me cobraram nada, graças a Deus. Tudo que fazemos aqui no Pequeno Príncipe é pelo SUS”, completa Lusmilla.
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