Nariz sangrando em crianças

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Nariz sangrando em crianças: quando se preocupar e o que fazer

Ar seco e infecções respiratórias estão entre as principais causas do sangramento nasal
04/11/2025
nariz sangrando
Ar seco, pequenos traumas no nariz e infecções respiratórias estão entre as causas mais frequentes do sangramento nasal.

Muitas famílias já devem ter se perguntado: por que o nariz do meu filho sangra? O Ministério da Saúde estima que 60% das pessoas terão sangramento nasal (epistaxe) pelo menos uma vez na vida. E a ocorrência é ainda mais comum em crianças menores de 10 anos. Na maioria das vezes, não indica problema sério e as causas são devido a fatores simples. Entretanto, episódios recorrentes ou intensos devem ser avaliados por um especialista.

O que causa epistaxe em crianças?

O ar seco, comum em climas frios, locais com aquecimento ou baixa umidade, resseca a mucosa do nariz, tornando os vasos sanguíneos mais frágeis e propensos a romper. Somam-se a isso os pequenos traumas provocados por coçar ou “cutucar” o nariz e as inflamações decorrentes de resfriados, rinite alérgica e outras infecções respiratórias, que deixam a mucosa mais sensível e suscetível a sangrar.

Nariz sangrando em crianças: o que fazer?

  1. Sentar a criança inclinada levemente para frente. Nunca deitar ou inclinar a cabeça para trás (isso faz o sangue ir para a garganta e aumenta o risco de engasgo ou vômito).
  2. Aplicar a pressão nasal: comprimir firmemente a parte mole do nariz (narinas) contra o septo, com o polegar e o indicador, de três a cinco minutos. A criança precisa respirar pela boca.
  3. Após cessar o sangramento, limpar o nariz com água gelada e colocar vaselina ou pomada que mantenha a mucosa lubrificada e hidratada.
  4. Se sangrar muito ou não parar após a compressão adequada, procure um serviço de emergência. Pode ser necessário cauterização, tamponamento nasal ou avaliação otorrinolaringológica.

O que NÃO fazer: inclinar a cabeça para trás; utilizar gelo na nuca (prática sem eficácia comprovada); apertar o osso do nariz — a maioria dos sangramentos é do plexo de Kiesselbach, que fica na parte anterior do septo, não no osso.

Quando o sangramento nasal é preocupante?

A maior parte das crianças pode apresentar sangramentos nasais em algum momento, mas há situações que exigem atenção. A otorrinolaringologista Juliana Benthien Cavichiolo, do Hospital Pequeno Príncipe, esclarece que é importante procurar atendimento médico quando o sangramento é intenso, frequente ou vem acompanhado de outros sinais, como sangramento na gengiva, hematomas ou manchas roxas pelo corpo.

“Nesses casos, pode ser necessária uma avaliação hematológica para investigar possíveis alterações no sangue. Outro ponto de alerta é o sangramento nasal unilateral em meninos adolescentes, que deve ser avaliado por um otorrinolaringologista para descartar o nasoangiofibroma, um tipo de tumor benigno típico dessa faixa etária. Nesses casos, a avaliação médica é indispensável e, em algumas situações, pode envolver também um hematologista”, reforça.

Além disso, a consulta com um pediatra ou um otorrinolaringologista é necessária nas seguintes situações:

  • episódios frequentes (mais de uma ou duas vezes por semana ou que impeçam atividades);
  • sangramentos muito volumosos ou que causem palidez, tontura ou confusão mental;
  • sangramento após trauma significativo ou suspeita de fratura facial;
  • sinais de problemas de coagulação;
  • quando vier acompanhado de outros sintomas, como dor no peito.

Como evitar o nariz sangrando em crianças?

Alguns cuidados simples ajudam a reduzir significativamente a frequência dos sangramentos nasais nas crianças. São eles:

  • manter a mucosa nasal hidratada: usar soro fisiológico de uma a três vezes ao dia em climas secos;
  • utilizar umidificador em ambientes com ar-condicionado ou aquecedor;
  • cortar unhas e orientar a criança a não “cutucar” o nariz; e
  • tratar rinite alérgica e infecções de vias aéreas

O Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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