Hábitos incentivados ainda na infância têm impacto também no futuro

Neste Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, lembrado em 11 de outubro, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância do incentivo e apoio familiar na prevenção da doença. Segundo o Ministério da Saúde, há cerca de 7,2 milhões de crianças e adolescentes com obesidade no Brasil. Essa realidade é decorrente de uma série de fatores, como a propensão genética e individual, a mudança nos hábitos alimentares e a redução da atividade física.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) indica que 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos estão com excesso de peso e 3% estão obesas. A obesidade na infância pode trazer uma série de complicações que refletem também na vida adulta, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, alterações ortopédicas (a exemplos de desvios de coluna e de joelho), apneia do sono e traumas psicológicos.

De acordo com a endocrinologista pediátrica Gabriela de Carvalho Kraemer, do Hospital Pequeno Príncipe, com a ausência das atividades presenciais nas escolas e as mudanças de rotina devido às restrições impostas pela pandemia, o número de casos da doença em meninos e meninas aumentou. “O psicológico das crianças foi afetado e, hoje, elas passam bastante tempo em frente às telas (computador, televisão e celular). Muitas não querem voltar às aulas presenciais devido à mudança de rotina e à acomodação do período em casa”, enfatiza a médica.

O apoio e exemplo familiar são fundamentais na adoção de um estilo de vida saudável desde a Primeira Infância. “Os pais e responsáveis são a principal referência para a criança. Por isso, as atitudes precisam servir como um modelo. É importante que a família priorize o consumo de alimentos preparados em casa e com menos gordura, estimule que os filhos saiam da frente das telas, incentive a prática de exercícios físicos e mantenha uma rotina de horários para as diferentes atividades”, acrescenta.