Galeria em Nova Iorque expõe obras de pacientes do Pequeno Príncipe
A exposição em Nova Iorque reúne cerca de 20 obras que foram selecionadas pelo galerista e curador da mostra, Sany Marques, que em uma visita ao Pequeno Príncipe se encantou com a causa e fez o convite para a exposição. Marques ressalta que um dos objetivos da mostra é divulgar este trabalho internacionalmente, gerando interesse em participar e apoiar as causas da saúde, educação e cultura infantojuvenil. “O trabalho feito no Pequeno Príncipe nos motiva a querer ajudar e fazer parte desse grupo de pessoas”, explica o curador.
Interatividade
A exposição em Nova Iorque possibilitará aos visitantes reinventar as pinturas produzidas pelos pacientes. Utilizando dois tablets os participantes poderão “misturar” as pinturas utilizando partes de diferentes artistas. A brincadeira poderá ser compartilhada no Facebook, por QRCode e e-mail. A ferramenta estará disponível em www.fazendoarte.pequenoprincipe.org.br
Estima-se que mil pacientes em tratamento no hospital tenham participado das 40 oficinas do projeto. “O internamento é um momento de apreensão e de receios, de afastamento do cotidiano da família, de enfrentamento de uma situação de estresse e de riscos. As ações artístico-culturais tornam-se, nesse contexto, um poderoso catalizador mantendo a criança e sua família envolvidas em atividades criativas e expressivas, cheias de vida e significado”, explica Cláudio Teixeira, coordenador do setor de Educação e Cultura do hospital.
O tempo de internamento das crianças e adolescentes foi transformado em uma oportunidade de aprendizagem, enriquecimento cultura e garantia de direitos, proporcionando o acesso a vivências que ampliam o repertório cultural e contribuem para a inclusão social. Maju Loyola, de 10 anos, foi uma das crianças que participou das oficinas e teve uma obra selecionada. A pequena artista aprova o projeto: “Eu achei tudo muito legal, a gente se distraía e nem lembrava que estava no hospital”, conta.
O projeto
As obras exibidas em Nova Iorque e Curitiba foram todas feitas pelas crianças e adolescentes participantes com a orientação e participação dos pais e oficineiros. Algumas das obras em gravura são fruto de trabalho coletivo entre vários dos jovens artistas. Na primeira etapa, o oficineiro Leandro Taques apresentou aos pacientes obras de fotógrafos consagrados, seus temas e abordagens seguido por noções básicas sobre o uso das máquinas fotográficas e seus recursos. Finalmente, escolhiam um tema a ser registrado e saíam hospital afora levando seu olhar para fazer as fotos. Na segunda fase, as atividades se iniciavam com a leitura de uma das obras ilustradas pela artista plástica e oficineira Márcia Széliga. Em seguida, as crianças eram estimuladas a registrar em desenho e pinturas com tinta acrílica as sensações, percepções e sonhos despertados pela história que ouviram/viram.
Por fim, as crianças participaram de oficinas de gravura conduzidas pela artista plástica Michele Behar. Os participantes foram introduzidos às muitas possibilidades artesanais de expressão em gravura, utilizando pedaços de isopor, de plástico, de legumes e outros materiais como matrizes para suas obras.
O projeto foi viabilizado pela Lei Rouanet e patrocinado pelas empresas Perkins, Gonvarri, Caetano Branco, Trutzschler, Slaviero, TVL Veículos, Tratormix e Unibraspe.
Exposição em Nova Iorque:
A exposição irá do dia 06/03 a 06/04 na Galeria Art At Format – 50 Wooster Street SoHo NY
Exposição em Curitiba:
A exposição irá do dia 06/03 a 12/03 na Praça do Bibinha, no Hospital Pequeno Príncipe – Rua Desembargador Motta, 1070, em horário comercial.
Vídeo:
Durante as oficinas educativas foi produzido um vídeo sobre o projeto Fazendo Arte. Veja