Esclerose múltipla em crianças e a importância do diagnóstico

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Esclerose múltipla em crianças e a importância do diagnóstico

Apesar de rara, a doença tende a apresentar mais surtos nessa fase do que em adultos
30/08/2024
esclerose múltipla em crianças
A esclerose múltipla em crianças pode ser diagnosticada por meio do exame de ressonância magnética.

A esclerose múltipla (EM) é uma condição neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central. A doença se manifesta por meio de surtos inflamatórios que lesionam progressivamente os neurônios. Segundo o Ministério da Saúde, atinge cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo. Apesar de rara, a esclerose múltipla em crianças tende a apresentar mais surtos do que em adultos. No entanto, os pequenos frequentemente respondem melhor ao tratamento, o que pode minimizar as sequelas em longo prazo.

O neurologista pediátrico Daniel Almeida do Valle, do Hospital Pequeno Príncipe, esclarece que os sintomas variam e podem incluir desde problemas de visão até paralisias e alterações de sensibilidade. “Cada região do cérebro tem uma correlação e uma função específica. Então, dependendo de onde inflamar, pode ter um sintoma. Por exemplo, inflamação no nervo do olho gera baixa visão. Já se inflama uma região responsável pela parte motora, pode ocasionar paralisia. Ou seja, é uma gama de sintomas”, explica o especialista.

Diagnóstico da esclerose múltipla

O diagnóstico geralmente envolve critérios clínicos que demonstram inflamações dispersas em diferentes regiões do cérebro e em momentos diversos. Além disso, uma das grandes ferramentas utilizadas é a ressonância magnética. Por meio desse exame, é possível detectar onde estão essas inflamações.

Causas e fatores de risco

As causas não são totalmente definidas. Porém, há evidências de que predisposição genética e infecções virais, como a mononucleose, podem desencadear a condição. Além disso, a incidência é maior em regiões menos ensolaradas e mais frias. “O que se sabe é que não é uma doença causada por um gene só. É o conjunto das situações que vão se somando e a pessoa acaba criando essa imunidade contra o sistema nervoso”, informa o neurologista pediátrico.

Tratamento da esclerose múltipla

Embora não haja cura para a EM, existem opções para controlar os surtos e minimizar os danos ao sistema nervoso central. Muitas vezes, o tratamento é caro, devido ao uso de medicamentos imunomoduladores. No entanto, é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) após confirmação diagnóstica.

Quando a inflamação gera alguma sequela, é importante também trabalhar com a reabilitação. Nesse caso, pode incluir terapias, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, essenciais para ajudar os pacientes a recuperarem funções perdidas e melhorarem sua qualidade de vida.

O suporte multidisciplinar é crucial, adaptando abordagens terapêuticas desenvolvidas para adultos às necessidades específicas das crianças afetadas pela doença. “Nosso trabalho é realizado para que esses pacientes tenham uma vida normal. E, assim, consigam ter funcionalidade, conquistar um emprego e sigam sem nenhum impacto ou prejuízo”, finaliza o neurologista pediátrico.

Serviço de Neurologia

O Serviço de Neurologia do Hospital Pequeno Príncipe é considerado um dos mais completos na área da pediatria. É formado pelo Ambulatório de Epilepsia, Ambulatório de Distúrbios de Movimento e Paralisia Cerebral, Ambulatório de Erros Inatos do Metabolismo, Ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem e Serviço de Eletroencefalografia. Além da esclerose múltipla, a especialidade atende e trata pacientes com doenças raras, problemas de memória, distúrbios dos movimentos, distúrbios do sono, crises convulsivas, entre outros.

 O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3: Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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