Garantir o direito à educação, ao convívio em sociedade e ao trabalho são alguns dos objetivos do Dia Internacional da Síndrome de Down. Foto: DenKuvaiev/Getty Images
Em 2021, o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado neste domingo, 21 de março, propõe um tema fundamental para reflexão: “Nós Decidimos”. Descrita pela primeira vez há mais de um século e meio pelo médico britânico John Langdon Down, trata-se de uma condição genética provocada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia).
Em outras palavras, a pessoa com Síndrome de Down tem 47 cromossomos em vez de 46. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem aproximadamente 300 mil cidadãos com essa condição genética.
Apesar dos inúmeros desafios, a vida de uma pessoa com Síndrome de Down melhorou muito nos últimos anos. À época de Langdon Down, por exemplo, como explica o médico neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe, Anderson Nitsche, quem tinha essa condição era isolado. “Felizmente, com o passar dos anos, com a evolução da própria sociedade e do entendimento das questões humanísticas, o movimento em torno da Síndrome de Down incorporou muitos desses conceitos e isso tornou a vida dessas pessoas muito mais fácil, a partir do momento em que se começa a combater o preconceito”, reforça o especialista.
Combater o preconceito significa assegurar a garantia de direitos – à educação, à família e ao trabalho. Também é fundamental os estímulos para assegurar o pleno desenvolvimento. As crianças, os jovens e os adultos com Síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, como cardiopatias e problemas intestinais, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas. O médico lembra que é fundamental um acompanhamento especial dos meninos e meninas com essa condição. “Como há a possibilidade de apresentarem outros problemas de saúde, faz-se necessária uma avaliação mais detalhada do coração, do intestino e exames oftalmológicos”, ressalta Nitsche.
Segundo as Diretrizes de Atenção às Pessoas com Síndrome de Down do Ministério da Saúde, cerca de 75% das pessoas com a trissomia sofrem perda auditiva ao longo da vida. “O paciente com Síndrome de Down precisa fazer um exame um pouco mais detalhado que o Teste da Orelhinha, o BERA (também chamado de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Cerebral, trata-se de um procedimento que tem a finalidade de avaliar a atividade elétrica que ocorre em todo o sistema auditivo, desde a orelha interna até o córtex cerebral)”, completa o especialista.
O Pequeno Príncipe não conta com um ambulatório específico para Síndrome de Down, mas as 32 especialidades oferecidas na instituição atendem pacientes com a condição. “Temos atendimentos na cardiologia, neurologia, endocrinologia, pediatria, ou seja, é multidisciplinar. É um planejamento vir a ter um ambulatório específico”, finaliza Anderson Nitsche.
O médico neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe, Anderson Nitsche, traz informações importantes sobre a Síndrome de Down.
Vale a pena conferir:
Alguns filmes/livros contribuem com o entendimento da Síndrome de Down e estão acessíveis ao público. Confira: “Do Luto à Luta”
O documentário do cineasta Evaldo Mocarzel, lançado em 2006, é emocionante e informativo. Pai de Joana, que participou da novela “Páginas da Vida” (Rede Globo) e tem Síndrome de Down, o diretor mostra que a primeira grande dificuldade que a criança enfrenta é a aceitação dentro da própria família.
Mocarzel traz um olhar sensível sobre o tema, além de quebrar estereótipos e fugir da ideia de vitimizar quem tem Síndrome de Down. Longa-metragem mais que recomendado para especialistas, interessados no assunto e que convivem com a situação na família.
“O Filho Eterno”
O livro de Cristovão Tezza, lançado em 2007, venceu importantes prêmios – como o Jabuti e o Prêmio Portugal Telecom – e mostra os aprendizados e dificuldades de um pai com seu filho, que tem Síndrome de Down. O sucesso da obra do escritor catarinense, radicado em Curitiba, chegou ao cinema em 2016. O longa, protagonizado por Marcos Veras e Débora Falabella, foi rodado na capital paranaense. “Colegas”
Protagonizado por três jovens com Síndrome de Down (Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Breno Viola), o filme conta a história de amigos apaixonados por cinema, que vão em busca dos seus sonhos e fogem com o carro do jardineiro (Lima Duarte) da instituição em que vivem. Dirigido por Marcelo Galvão, o longa teve inspiração na vida do cineasta, que cresceu com um tio portador da condição genética.
À época do lançamento, Ariel foi protagonista de uma campanha na internet, que tinha por objetivo trazer Sean Penn ao Brasil para assistir ao filme. O garoto é fã do ator. Em 2013, ele conseguiu entregar uma cópia da produção ao artista nos EUA e ainda teve a oportunidade de passar algum tempo na companhia do astro.
A adolescência traz alterações corporais e emocionais significativas. Por isso, é fundamental que pais e cuidadores ofereçam apoio e compreendam essas mudanças
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário. Ao utilizar nosso site, você consente com todos os cookies de acordo com nossa Política de Cookies.