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Doação de órgãos e tecidos: uma decisão que transforma vidas
Na véspera do seu aniversário de 5 anos, Pedro Henrique de Camargo recebeu o melhor dos presentes: a doação de um rim. O transplante foi realizado em 2019, apenas um mês após o menino entrar na fila para o procedimento. Neste Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, o Hospital Pequeno Príncipe evidencia o papel fundamental dessa ação, que salva milhares de vidas por ano.
Na primeira ecografia de Jéssica de Camargo, durante a gestação de Pedro, os rins dele já estavam dilatados, o que indicou uma gravidez de risco. Ao nascer, o garoto teve alterações na função renal e, com 2 meses, iniciou o acompanhamento no Pequeno Príncipe. Ao completar 1 ano, o menino começou a realizar a diálise peritoneal e, posteriormente, a hemodiálise, em um período que totalizou mais de três anos.
O transplante é a escolha mais adequada para crianças com doença renal crônica, como o caso de Pedro, porque oferece melhor qualidade de vida, crescimento e desenvolvimento cognitivo e social. “Várias doenças levam à perda progressiva da função renal. Quando os rins funcionam menos de 15% há necessidade de iniciar o que chamamos de terapia de substituição renal. Para fazer o transplante, o paciente precisa melhorar o funcionamento da bexiga e ter um peso mínimo de dez quilos”, destaca a nefrologista pediátrica Mariana Cunha, do Hospital Pequeno Príncipe.
Um presente de aniversário especial
Um mês depois da entrada na fila, Pedro já havia encontrado um rim. O transplante foi realizado um dia antes do aniversário de 5 anos do menino e marcou uma transformação na vida de toda a sua família. “Quando nos ligaram, deu um frio na barriga, e eu sabia que ia dar tudo certo. Ele nunca se queixou, mas na manhã anterior à notificação do transplante ele pediu por um rim”, lembra a mãe.
Após o transplante, a equipe médica constatou a evolução e desenvolvimento de Pedro como criança. “A doação trouxe a ele uma liberdade que não tem preço. Ele pode voltar à escola e a brincar sem se preocupar com cateter, pois não faz mais hemodiálise. Sempre usando as medicações e com todos os cuidados necessários, o menino tem uma vida praticamente normal”, conta o nefrologista pediátrico José Eduardo Claros Mercado, do Pequeno Príncipe.
A mãe do menino é extremamente grata por todo o cuidado dedicado ao seu filho. “O Pequeno Príncipe é nossa segunda casa. Sou incentivadora da doação, porque deu uma oportunidade de uma vida nova ao Pedro. Ele cresceu, engordou, ficou mais animado, tem vontade de comer, brincar e é uma criança muito mais feliz”, finaliza Jéssica.
Centro de referência
Há 33 anos, o Pequeno Príncipe realiza transplante de órgãos (coração, fígado e rim) e tecidos pediátricos, proporcionando mais vida e esperança a crianças e adolescentes. A instituição também conta com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), responsável por organizar rotinas e protocolos institucionais para viabilizar o processo de doação. Composta por uma equipe multiprofissional, a comissão atua para garantir agilidade e eficiência na doação de órgãos e tecidos, além de seguir os parâmetros éticos e morais que o processo requer.
Neste ano, até agosto, o Hospital realizou 183 transplantes de órgãos, consolidando a organização como um dos centros de referência para esse tipo de procedimento no país. “A doação de órgãos é um ato de amor ao próximo! Representa a vontade de doar parte de si, de forma incondicional. Todos os programas de transplantes do Pequeno Príncipe cumprem os valores éticos e morais estabelecidos pela instituição e corpo clínico. A cultura de doação de órgãos e tecidos deve estar presente na consciência da sociedade e, para tal, é fundamental a confiança nos serviços médicos transplantadores”, reitera o diretor-técnico do Pequeno Príncipe, o médico Donizetti Dimer Giamberardino Filho.