Após a realização do transplante de medula óssea, Livia faz acompanhamento no Hospital a cada três meses.
Ao completar 3 anos, em outubro de 2019, a pequena Livia Ferraz Korilo Pires recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda (LMA) no Hospital Pequeno Príncipe. A menina fez o tratamento, com excelente resposta, e permaneceu em remissão da doença por dez meses. Entretanto, após esse período, o câncer rescindiu, sendo necessário um novo tratamento quimioterápico e a realização do transplante de medula óssea. Neste 17 de setembro, Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, a instituição reforça a importância dessa nobre ação que pode salvar milhares de vidas.
“Foi um novo susto, um novo diagnóstico. E com ele veio a orientação do transplante de medula óssea, que também era uma informação nova, com a qual não tínhamos contato nenhum, pois até então não era o procedimento indicado para a Livia”, relata a mãe da menina, Anelise Ferraz Korilo, sobre a recidiva da LMA.
A médica Cilmara Cristina Kuwahara, que integra o Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Pequeno Príncipe, explica que algumas doenças têm como única opção de cura a realização do transplante de células-tronco hematopoiéticas, que podem ser obtidas por meio da doação de medula óssea vinda de um doador voluntário. Destacam-se as doenças não malignas, como imunodeficiências, aplasia de medula, erros inatos do metabolismo e doenças malignas como as leucemias, caso de Livia.
Logo após o internamento da menina, foi realizado o exame de histocompatibilidade (HLA) da paciente e de seus pais. Como Anelise estava grávida, apenas o pai, Rafael Pires, poderia ser um potencial doador, por apresentar 50% de compatibilidade. Assim, a pequena Livia foi inscrita na busca por um doador não aparentado compatível por meio do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
O transplante de medula óssea da Livia foi um dos 73 procedimentos realizados no Hospital em 2021.
Segundo dados do Redome, cerca de 650 pacientes se encontram em busca de um doador não aparentado, em meio a um cenário de mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados no Brasil. Em 2022, até o mês de julho, 190 procedimentos foram realizados em território nacional. Destes, 10 tiveram o Hospital Pequeno Príncipe como centro de transplante, num total de 29 considerando ainda os casos que contaram com doação de familiares.
Em fevereiro de 2021, apenas três meses após a recidiva da LMA, Livia já tinha encontrado um doador 100% compatível pelo Redome, e o procedimento de TMO foi realizado. A medula da menina pegou 17 dias depois do transplante, em uma semana marcada por fortes emoções. “Na mesma semana que a medula pegou, eu dei à luz a minha outra filha. Naquele fim de semana eu já estava em casa, e a Livia teve alta na segunda-feira, então chegamos praticamente juntas. Foi motivo de muita alegria, da vida voltando novamente a nós”, relata Anelise.
Atualmente Livia retorna ao Pequeno Príncipe para acompanhamento trimestral, mas já vive sem muitas restrições, com exceção da exposição a raios solares. “Ela já está com as vacinas liberadas e até retornou à escola. É lindo acompanhar como um ato tão simples, uma pequena coleta e cadastro de uma pessoa, pode transformar as nossas vidas. Graças à doadora da Livia, que só sabemos que é uma mulher, um novo mundo de possibilidades se abriu para a minha filha. Somos eternamente gratos”, finaliza a mãe.
Quem pode ser doador?
Para tornar-se um doador de medula óssea, alguns requisitos são necessários:
ter entre 18 e 35 anos para efetuar seu cadastro;
estar em bom estado geral de saúde;
não ter doença infecciosa ou incapacitante;
não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e
algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Se você cumpre as condições citadas, procure o Hemocentro do seu estado para mais informações e realização do cadastro. Se você já for doador, lembre-se de manter o seu cadastro atualizado no Redome.
Serviço de Transplante de Medula Óssea
O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Pequeno Príncipe iniciou sua história em 2011. Após ampliação em 2016, passou a contar com dez leitos exclusivos, consolidando a instituição como um dos maiores centros pediátricos para TMO no Brasil. Ao longo de sua trajetória, mais de 400 crianças e adolescentes tiveram a vida transformada pela realização do procedimento no Hospital. O sucesso se deve também à assistência ofertada pela equipe multidisciplinar. Médicos com formação em transplante pediátrico contam com o suporte de profissionais de outras especialidades para uma atuação de excelência. Somente em 2021, a instituição realizou 73 transplantes de medula óssea.
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